segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Avaliação bidimensional da postura de atletas de alto rendimento



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RESUMO: As modifi cações estruturais podem ser mensuradas a partir da avaliação postural, pois esta possibilita melhor entendimento

sobre os desequilíbrios osteomioarticulares do aparelho locomotor. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar os

desvios posturais de atletas de duas diferentes modalidades praticadas no Centro de Treinamento de Alto Rendimento da Região

Norte. Participaram do estudo 15 indivíduos, sendo 6 praticantes da modalidade tênis de mesa (TM) e 9 mulheres praticantes da modalidade ginástica rítmica (GR). Para avaliação da postura foi utilizada uma câmera digital (SONY®, DSC-S600) em 3 posições:

vista anterior

vista posterior

perfi l lateral direito, sendo os dados processados no software SAPO.

Os valores médios do ângulo Q da GR são maiores que TM, bem como a inclinação anterior torácica da coluna da GR é maior que TM, diferente da assimetria do ombro do grupo TM, que apresentou valores maiores que GR. Situação contrária foi observada para a assimetria de quadril. Desta forma, os atletas estudados não apresentaram valores diferentes dos habituais e o protocolo com a redução dos pontos anatômicos, demonstra boa relação para as variáveis analisadas.



domingo, 30 de dezembro de 2007

Academias investem em aulas ao ar livre no verão



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Academias investem em aulas ao ar livre no verão.

As academias cariocas estão mandando seus professores para a rua. Mas eles não estão sendo demitidos. As atividades outdoor, aquelas praticadas ao ar livre, são uma tendência do fitness que deve ganhar força nesse verão.

 As academias estão invadindo várias paisagens e incluindo em seus pacotes aulas de mergulho, corrida de aventura, trekking, escalada, triatlo, wakeboard, remo, futevôlei, vôlei de praia, surf e também algumas modalidades esportivas pouco convencionais, como o performance beach, exercício praticado na praia em que o aluno corre com um pára-quedas preso às costas.

 Na maior parte dos estabelecimentos, as atividades ao ar livre são acompanhadas por treinamentos indoor. Assim, o aluno mantém a atividade que pratica dentro da academia durante a semana, mas tem a oportunidade de fazer exercícios em espaços abertos nos fins de semana e feriados, quando "excursões" são organizadas pelos professores.
 

Isso é comum nos chamados "esportes radicais", como trekking, escalada e triatlo, por exemplo. Graças a essa combinação de exercícios, os alunos ganham força para enfrentar as corridas com uma série especial de musculação, praticam escalada na parede móvel, treinam mergulho com scuba e surf na piscina e se preparam para as caminhadas e trilhas num aparelho chamado "step".

O professor de educação física Rodrigo Valentim, da Cia. Athletica, explica que os interessados precisam de cerca de um mês de trabalho indoor para poderem começar a participar dos eventos externos. "A maior limitação para a prática dessas atividades ao ar livre é o nível de condicionamento físico. Por isso, o aluno precisa de um tempo para se preparar antes de sair da academia. Ao contrário do que se costuma pensar, a idade não é um fator de limitação, já fiz rapel com criança de 10 anos", esclarece o profissional. 

Foto: Divulgação
No 'performance beach', o esforço é dobrado: alunos correm na areia fofa com pára-quedas (Foto: Divulgação)

Na modalidade performance beach, no entanto, as atividades são exclusivamente outdoor. As aulas consistem num circuito com três estações: aquecimento, corridas com pára-quedas e trabalhos com cones. Nesse exercício, a resistência muscular e aeróbia do aluno é trabalhada, já que ele é obrigado a se locomover em alta velocidade puxando um pára-quedas inflado de ar, o que garante um gasto calórico elevado e uma melhora do condicionamento cardiorrespiratório.

"Os músculos dos membros inferiores são mais trabalhados do que os dos superiores. O ideal é que o aluno pratique o exercício pelo menos duas vezes por semana, fazendo também trabalho indoor, de musculação, para ganhar força muscular", explica o professor de educação física Bruno Lima, da A! Body Tech.

As atividades outdoor são muito procuradas por pessoas que buscam qualidade de vida e contato com a natureza. Segundo o professor de educação física e oficial da marinha Luiz Carlos de Carvalho, que dá aula de mergulho na academia Physical, os alunos dessas modalidades esportivas não se preocupam apenas com a estética.

"As pessoas adeptas às atividades outdoor buscam, sobretudo, qualidade de vida. Como as atividades são desenvolvidas em grupo, os alunos fazem amizade. Além disso, no mergulho, ao terem contato com o mar, as pessoas trabalham a mente, se acalmam e combatem o stress", diz Luiz Carlos.

Confira abaixo algumas academias que oferecem aulas ao ar livre:

 Physical

A academia fica na Tijuca, na Zona Norte, e terá aulas de mergulho e festival de triatlo neste verão. O curso completo de mergulho, com direito a certificado, custa R$ 620. Já o festival de triatlo terá inscrição de R$ 15. Para outras informações, ligar para 2214-3873 ou 2567-2423.

 A! Body Tech

Com filiais na Gávea, Copacabana, Ipanema, Botafogo, Leblon, na Zona Sul, e na Tijuca (Zona Norte), no Cachambi (subúrbio) e na Barra da Tijuca (Zona Oeste), o espaço oferece aulas de surf, performance beach e de alguns esportes de aventura, como triatlo e rapel. O preço das atividades está incluído no pacote da academia, que tem valores diferentes para cada filial. Para contatar a central de atendimento da rede, ligar para 2274-2246, ramal 121.

 Estação do Corpo

Localizada na Lagoa, Zona Sul da cidade, a academia tem um programa para o verão que inclui aulas de wakeboard, remo, surf, futevôlei, vôlei de praia e mergulho. Todas as atividades custam R$ 70, com exceção do curso de mergulho que tem preço de R$ 690, incluindo certificado. Outras informações pelo telefone 2108-3901.

 Cia. Athletica

Funciona na Barra da Tijuca, no shopping New York City Center, na Zona Oeste. A Cia. Athletica oferece aulas de triatlo, trekking, corrida, corrida de aventura, escalada, aquatro, triatlo e duatlo. As atividades acontecem em finais de semana alternados, a partir de janeiro, e os preços variam de R$ 30 a R$ 200. Mais informações pelo número 3505-0000.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Saúde em CAMPO



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Saúde em CAMPO.

 jogador recebe a bola e, ágil, entorta o zagueiro, deixando-o pra trás. Depois pára, toca para o companheiro e corre em direção ao gol rival, escapando da marcação. Já na grande área, ganha de presente um cruzamento. A bola viaja e gentilmente pousa em seu peito. Antes que ela caia na grama o jogador mira, dispara o chute e... pra fora! A bola mergulha na arquibancada. Se a torcida não pôde comemorar, ao menos o corpo dele vibra e lhe agradece pelo esforço. Não é preciso ser profissional para disputar partidas assim e, com o devido condicionamento físico, conquistar uma série de benefícios para a saúde.

Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, idealizaram uma competição, digamos, científica entre futebol e corrida. Para isso selecionaram 37 homens de 20 a 40 anos que não praticavam esses esportes regularmente. Catorze deles jogaram bola uma hora por dia, de duas a três vezes por semana. Os restantes foram divididos em dois grupos — um de corredores que se exercitaram na mesma freqüência e um outro que não fez nenhuma atividade. Depois de três meses os cientistas observaram que os futebolistas, com exceção dos goleiros, perderam mais peso e obtiveram mais massa muscular do que os praticantes da corrida. O que explica tanta vantagem? Os movimentos que o jogador é obrigado a fazer. Ele dá um pique, caminha, salta para cabecear a bola e corre para tirá-la do oponente.

"Esportes como o futebol, que trabalham com resistência e velocidade, são mais completos que exercícios isolados", afirma o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. "O bate-bola exige corridas intensas, aceleração, desaceleração, uma variação de deslocamentos e isso faz gastar muita energia", diz o ortopedista Ricardo Cury, da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. O futebol também fortalece as articulações, desenvolve a coordenação motora e estimula a produção de células ósseas. Um bom motivo para as mulheres, mais suscetíveis à osteoporose, aderirem ao esporte.

"Com freqüência e intensidade adequadas à idade, a atividade aumenta a capacidade de receber oxigênio e economiza o trabalho cardíaco", conta o delegado da Sociedade Brasileira de Cardiologia Serafim Borges, que é médico do Flamengo, no Rio de Janeiro. Sem falar que melhoraria a circulação sangüínea periférica e até diminuiria a resistência à insulina. Mas calma antes de pisar no campo. Os especialistas reforçam que as benesses do esporte mais popular do Brasil só aparecem de fato quando o indivíduo se prepara para jogar. E é sobre isso que falaremos no segundo tempo desta reportagem.

Uma mudança brusca de direção, um contra-ataque, a força concentrada num chute — se por um lado ações imprevisíveis como essas conferem ganhos ao organismo, por outro trazem à tona os riscos típicos do esporte. Isso não quer dizer que é preciso tirar seu time de campo. "O futebol tem uma característica de explosão. Ou seja, enquanto se joga não é possível mensurar o esforço físico", diz o médico do esporte e traumatologista Samir Salim Daher, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. "E, por ser um esporte de contato, as chances de lesão em choques com outros jogadores sempre existem", completa Ricardo Cury.

O recado é deixar de ser um mero atleta de final de semana. "Jogar bola uma vez por semana e não fazer mais nada nos outros dias traz poucos benefícios e aumenta demais os riscos", lembra Paulo Zogaib, que também trabalha com a equipe do time paulistano Palmeiras.

Se para os profissionais os problemas são quase inevitáveis, o que dizer dos amadores? A lista de encrencas encontradas dentro das quatro linhas do campo abrange desde as distensões musculares até as rupturas de tendão e as fraturas. E haja coração! Doenças cardíacas que não se manifestam no dia-a-dia podem dar as caras na hora das jogadas, já que o órgão é sobrecarregado.

Para ficar longe da reserva passe por um bom check-up com o médico. Você pode até jogar só aos domingos, desde que durante a semana realize outras atividades, como a própria corrida e a musculação. Outra opção é bater uma bolinha duas vezes por semana e ir à academia com a mesma freqüência. "O ideal é praticar, no mínimo, 30 minutos de exercícios físicos três vezes por semana", lembra Serafim Borges. "E mesmo a quem queira jogar como recreação, mas pensando também na saúde, está indicada a preparação muscular, com ênfase nos membros inferiores, como pernas, coxas e panturrilhas", determina o professor de educação física Cassiano Neiva, da Universidade Estadual Paulista.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Fisioterapia nos esportes



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Fisioterapia nos esportes.



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Dra Daniela Souto
Email: danisouto@gmail.com
Msn: dani_souto@hotmail.com
http://www.chakalat.net
http://www.danielasouto.net

A área desportiva é, sem dúvida alguma, uma das especializações que mais crescem na área da fisioterapia. Hoje em dia, o esporte movimenta milhões de dólares e o cuidado com o atleta se tornou ferramenta de grande valia para clubes e agremiações.

Conseqüentemente, o investimento em profissionais altamente qualificados e especializados é inevitável. Atualmente, o fisioterapeuta da área desportiva deve ter conhecimento nas três áreas de atuação fisioterapêutica: primária, secundária e terciária.

Na fase primária, que envolve a prevenção de lesões, o fisioterapeuta deve ter conhecimento específico em Anatomia e Histologia Esportiva, Fisiologia do Exercício, bem como a Biomecânica e a Cinesiologia Desportiva, nas quais se estudam movimentos e forças atuantes nas estruturas osteomioarticulares do corpo humano; além de conhecimentos básicos de Farmacologia e Nutrição Esportiva, os quais são essenciais para conseguir identificar fatores que possam contribuir para trabalho preventivo.

O estudo das principais lesões esportivas e suas respectivas etiologias se torna imprescindível, tanto para um trabalho na fase primária, como na secundária, a qual atua no tratamento das afecções esportivas. Na fase terciária, objetiva-se a manutenção da performance atlética e a prevenção de recidivas de lesões. O uso de técnicas adequadas, aprimoramento tecnológico e a busca de conhecimentos científicos aliados à prática clínica devem ser os objetivos do fisioterapeuta atuante na área desportiva.

Assim sendo, o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisioterapia Desportiva da Unimep (um dos mais antigos, em funcionamento desde 1986) permanece como excelência no meio desportivo atual. A cada ano, são incorporados à sua grade curricular módulos importantes que suprem a necessidade do fisioterapeuta que ingressará em exigente e competitivo mercado de trabalho.

Nosso corpo docente é dotado de renomados professores, todos mestres ou doutores na área específica de cada módulo. Também como diferencial em nosso curso, o discente tem a oportunidade de estágio prático em Fisioterapia Desportiva, além de atuar no atendimento a atletas nos jogos regionais e abertos, por meio de um convênio firmado entre a Unimep e a Prefeitura Municipal de Piracicaba.

[vb]Sérgio Henrique Borin[/b] é coordenador do Curso de Especialização em Fisioterapia Desportiva da Unimep. E-mail: atendimentopos@unimep.br.



Aprenda a evitar lesões nos joelhos



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Aprenda a evitar lesões nos joelhos.

 

Você faz exercícios físicos para manter a saúde e, por descuido, acaba sendo obrigado a largar sua atividade favorita. O que parece profecia de mau agouro é muito mais comum do que você imagina. "Preocupados em alcançar um corpo mais forte e definido, muitos alunos acabam esquecendo os exercícios para fortalecer áreas de suporte e amortecimento, como os joelhos", explica Fabiana Pereira, da assessoria esportiva TPM, em São Paulo.

"Como toda articulação, essa é uma área muito sensível" , afirma a treinadora. Por que isso acontece? Na maioria dos casos, graças à falta de acompanhamento profissional na hora do treino. Por mais simples que pareça, cada exercício exige atenção máxima quando realizado, um cuidado que não só aumenta o rendimento como evita lesões.

No caso específico dos joelhos, explica Fabiana, temos uma articulação feita para flexionar e estender. "Não devemos fazer movimentos laterais, como as mudanças de direção muito bruscas típicas do futebol, daí o grande número de jogadores machucados" , diz.

Machucou, e agora?

Todos esses conselhos são ótimos para prevenir problemas. Mas e quando o estrago foi está feito? Atletas que praticam esportes para uma melhor qualidade de vida, e não profissionalmente, alcançam 100% de recuperação.

Para que isso aconteça, no entanto, é preciso evitar qualquer movimento que envolva impacto na fase de tratamento. Além do fortalecimento muscular, sempre importante, nada de fazer mudanças bruscas de direção, hiperextensão e hiperflexão.

Assim, você se livra de preocupações como a ruptura dos ligamentos anteriores e posteriores, o desgaste da cartilagem e rupturas do menisco (uma pequena membrana que faz parte da articulação).

Os músculos são responsáveis por grande parte da absorção do impacto recebido pelo corpo, protegendo articulações e ossos. As lesões começam quando eles estão frágeis ou recebem mais impacto do que suportam , explica Fabiana.

Enquanto estiver sentindo dores fortes, é melhor descansar até porque é difícil demais agüentar qualquer estímulo. Assim que o desconforto for aliviando, aposte nos exercícios de baixo impacto. "Recomendo os exercícios na piscina, porque a água ameniza os choques durante a movimentação, e a bicicleta" , diz Fabiana. Ela só pede atenção quanto ao ajuste do selim, posicionado de modo que você nunca estique completamente os joelhos enquanto pedala.

E ainda bem! dá para reconhecer que existe algo errado antes de transformar seus joelhos numa fonte de sofrimento. "Sem dúvida, temos que prestar atenção na dor. Mas, quando ela aparece, é sinal de que o problema já avançou muito" , afirma a treinadora.

Por isso, sempre que for começar um treino novo, peça o acompanhamento de um instrutor e pergunte à vontade. Você só tem a ganhar com isso. "Os outros dois segredos para preservar os joelhos são manter o peso ideal e escolher uma atividade compatível com a estrutura do seu corpo" , encerra a professora.

Lembre-se!

Caso você observe que existe algum problema nos seus joelhos, não deixe de procurar um fisioterapeuta.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Principais Lesões Decorrentes da Prática Do Handebol



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Principais Lesões Decorrentes da Prática Do Handebol.

BIOMECÂNICA
O handebol é um esporte rápido, explosivo e de contato, cujos movimentos não são contínuos, cíclicos ou repetitivos.

O atleta deve subir o mais alto possível, mantendo equilíbrio e estabilidade, lançar longe ou próximo com força e precisão, modificar formações de ataque e defesa, além de atuar na resistência contra forças disruptivas principalmente dos oponentes. O atleta do handebol não pode somente se concentrar na execução do gesto ou habilidade, pois muitas vezes deve tomar decisões rápidas . Mudanças de movimento pela brusca alteração das condições de jogo, na maioria das vezes proporcionada pelos oponentes, têm como objetivo principal causar a falha do atleta na execução de seu movimento.

Isso exige do indivíduo um maior trabalho proprioceptivo e neuromuscular para atuação harmônica de todos os grupos musculares e articulações.

A compreensão de como as forças operam e a detecção de aspectos que podem ser aprimorados ou corrigidos não é tarefa simples, devendo ser estudada com métodos e critério.

Os gestos ou habilidades devem ser bem estudados para possibilitar uma melhor compreensão da eficiência do movimento e melhora de desempenho, além de permitir a atuação na prevenção e tratamento de muitas das lesões específicas do esporte.
A análise das habilidades e gestos esportivos específicos do esporte pode ser realizada da seguinte maneira: determinar os objetivos do gesto esportivo, observar as características especiais de cada posição bem como seus gestos específicos, estudar desempenhos excelentes dessa habilidade para comparação, dividir o gesto a ser estudado em fases, dividir cada fase em elementos-chave e entender as razões mecânicas de elemento-chave.

FATORES CAUSADORES DE LESÕES NO HANDEBOL
A incidência das lesões estão diretamente relacionadas a fatores relacionados abaixo:

  • Fatores pessoais: idade, sexo, agilidade, coordenação, flexibilidade, composição muscular, lesões pregressas, técnica, personalidade, imprudência e equilíbrio emocional.
  • Fatores da modalidade: capacitação do treinador, contato com oponentes e colegas no esporte coletivo, gesto esportivo específico ou de execução na especialidade, regras, equipamentos e características da competição.
  • Fatores ambientais: tipo de piso e temperatura.

FISIOTERAPIA ESPORTIVA
Hoje, mais do nunca, é necessário para o treinador e o preparador físico reconhecer a parte vital que a fisioterapia desempenha na condução bem sucedida dos programas esportivos. No transcorrer dos últimos anos aumentaram muito o número de estudos sobre fisioterapia esportiva. Como resultado, surgiu na literatura científica conhecimento novo acerca da melhor maneira de reabilitar as equipes atléticas e de aprimorar a aptidão para a saúde.

No esporte de competição existem treinos todos os dias e jogos periodicamente, tendo o atleta pouco tempo para descansar. Esta sobrecarga causa um desgaste muito grande no corpo do atleta, desgaste este repetitivo, causador de dores e lesões de todos os gêneros, o que acaba prejudicando o desempenho do atleta.

O trabalho de fisioterapia esportiva torna-se bastante diferente dos outros, pois tudo tem que muito rápido e funcionalmente mais efetivo, pois o atleta mais do que qualquer outro indivíduo precisará executar todas as funções do seu corpo, músculos, ossos e articulações, no máximo de potência e amplitude para execução perfeita de todos os movimentos.

Dentro da fisioterapia do esporte é também importante a integração do trabalho proprioceptivo com o treinamento do atleta através da reeducação dos atos motores específicos da modalidade. Além disso, o fisioterapeuta através da avaliação clínica e funcional individualizada do atleta, pode colaborar com o treinamento, orientando os indivíduos e respectivos treinadores quanto aos possíveis desequilíbrios musculares presentes e desempenho biomecânico do handebol.

PREVENÇÃO
O aspecto preventivo no tratamento das lesões esportivas reveste-se de muita importância quer se discuta atividade física de alto desempenho quer como mero coadjuvante de outros tipos de tratamento. A necessidade de aumentar a longevidade do atleta, diminuir o tempo de afastamento, evitar o estresse gerado por uma lesão e a diminuição dos custos médicos faz com que os aspectos preventivos devam ser encarados como prioridade cada vez mais pelos profissionais que trabalham com medicina esportiva.

Com a finalidade de atuar preventivamente a fisioterapia precisa redirecionar seu foco de atenção, atualmente centrado nas lesões já instaladas, para situações com potencial risco de lesão para o sistema músculo esquelético. As situações esportivas expõem ao mesmo tempo, sobrecargas posturais, forças excessivas e repetividade. Depois de evidenciados esses riscos podem ser controlados através de projetos de intervenção do fisioterapeuta, voltados para a situação funcional dos indivíduos lesionados, com a finalidade de eliminar ou minimizar estes riscos. Além disso, o fisioterapeuta que trabalha com equipes de alto nível se depara com outros incentivos para tornar seu trabalho mais rápido e intensivo, a pressão, seja ela de treinadores, patrocinadores, diretoria e principalmente dos atletas.

A prevenção das lesões na prática do handebol não é um objetivo fácil de ser realizado e requer aprofundamento no estudo da modalidade, identificação dos fatores etiológicos das lesões para a aplicação das medidas preventivas.

AS LESÕES
Estudos mostraram que a s lesões tem maior  incidência durante o jogo em comparação com o treino, no entanto, o maior número absoluto da maioria das lesões, acontece durante o treinamento, quando há maior tempo de exposição do atleta. Esse fenômeno pode ser explicado pela maior intensidade, disputa e velocidade do jogo em relação ao treino, embora o tempo em que o atleta esta em treinamento seja maior. Observa-se também um maior número de lesões em treinamento de categorias menores, cujos atletas estão em desenvolvimento de melhor técnica, coordenação e força.

MECANISMO DE LESÃO
Dentre as causas diretas de lesão destacam-se o contato com o oponente e o contato com o solo.e na maioria dos casos não houve violação das regras do jogo. O contato com a bola assim como o contato com o oponente e até mesmo com o próprio colega, poderá resultar em lesões traumáticas de todos os segmentos do corpo do atleta, citando-se como exemplo olhos, boca, nariz, genitais, o que não e freqüente, quando o jogo é disputado dentro de um mínimo de qualidade técnica. Já as lesões do aparelho músculoesquelético apresentam maior incidência.

O contato com a bola, que pode atingir altas velocidades, é responsável pela maior parte das lesões no punho, mãos e dedos, demonstrando a importância e a necessidade de se aplicarem as técnicas de passe e recepção além do treinamento adequado da habilidade do bloqueio da bola por parte dos defensores e do goleiro.
No bloqueio da bola, pode-se ter como resultado: entorses de tornozelo (no retorno do salto), lesões capsuloligamentares e tendíneas, sem deixar de lado as fraturas e luxações. Além dessas lesões resultantes de trauma agudo não podemos deixar de salientar as lesões por impacto cumulativo, sendo as mais freqüentes as epicondilites do cotovelo do goleiro resultantes de traumas repetitivos em extensão.

Grande parte das lesões ocorrem durante jogadas ofensivas, 1/3 das quais ocorrem durante o contra-ataque, momento de grande velocidade e força do jogo. Foi observado que quanto mais alto o nível técnico do atleta, maior a gravidade da lesão, provavelmente pela maior intensidade e velocidade do jogo. No entanto, há uma maior quantidade de lesões durante o treino no grupo tecnicamente inferior.

Por ser um esporte de arremesso, onde o braço de arremesso é freqüentemente bloqueado, expondo as articulações dos ombros e dos cotovelos a freqüentes lesões.



Lesões que mais acometem o atleta de voleibol de praia masculino de alto nível



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Lesões que mais acometem o atleta de voleibol de praia masculino de alto nível.

O Voleibol nasceu aproximadamente em 1895, numa das Associações Cristãs de Moços do Estado de Massachussets nos Estados Unidos da América, criado pelo recreador do local chamado Willian Morgan.

Já o Voleibol de Praia apareceu na década de 20 nas praias da Califórnia e chegou ao Brasil aproximadamente nos anos 50. Hoje o Voleibol de Praia é um esporte olímpico e é bastante organizado com um Circuito brasileiro e um Circuito mundial. Devido ao potencial rigor do jogo e a intensa carga de treinamentos,lesões agudas e crônicas são esperadas. Além da reabilitação das lesões, no esporte de alto-nível, segundo FONTANA (1999), o fisioterapeuta deve atuar na prevenção das lesões e na potencialização máxima das funções do atleta para manter o desempenho do atleta no seu auge. Por isso modalidades como a crioterapia, os alongamentos além da observação de desequilíbrios do sistema osteo-mio-articular e erros biomecânicos dos gestos desportivos, são recursos bastante importantes para evitar todo e qualquer tipo de lesão. Segundo PERA E BRINNER (1996), verificar e avaliar a freqüência de lesões

é o primeiro passo num objetivo de reduzir as lesões nos atletas. E segundo BRINNER e BENJAMIN (1999), a familiarização com as lesões mais comuns no voleibol podem facilitar o diagnóstico, tratamento e reabilitação, além de promover a prevenção.

OBJETIVOS

Este estudo teve como objetivo principal verificar quais as lesões que mais acometem o atleta de voleibol de praia masculino de alto-nível. Além deste objetivo este estudo também visionou verificar o fundamento que gerou as lesões e o mecanismo de trauma, bem como observar se o atleta realiza algumas modalidades preventivas e se ele realizou tratamento (se realizou, qual?) para a lesão descrita.

METODOLOGIA

Tipo de Pesquisa

Esta pesquisa, segundo RUDIO (1986), se caracterizou de natureza descritiva de campo, pois procurou descobrir os fenômenos e causas, descrevendo-os, classificando-os e interpretando-os. Nela os atletas de voleibol de praia masculino de alto-nível, relataram suas experiências com lesões durante a Temporada 2000, além do mecanismo de lesão, e verificação de conhecimentos sobre prevenção e reabilitação.

População e Amostra

A população constituiu-se dos atletas de voleibol de praia masculino profissionais participantes da Etapa Catarinense do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, realizada entre os dias 22 e 26 de novembro de 2000, em Balneário Camboriú.

A amostra foi do tipo não-probabilística acidental, segundo RUDIO (1986), pois os atletas foram entrevistados ao acaso, no período pré e pós-jogo.

Para a realização da pesquisa foi entregue um ofício para o responsável pela organização da etapa, o qual autorizou a utilização dos dados. Quanto à amostra obteve-se um total de 32 atletas profissionais de voleibol de praia entrevistados.

Coleta de Dados

Instrumentação

O instrumento utilizado para obter as informações necessárias à realização da pesquisa foi um questionário com variáveis fechadas e abertas à atletas que tiveram, ou não, lesões durante a temporada, para obter-se o máximo de informações de ambos.

Procedimento

Cada atleta submetido a pesquisa foi devidamente entrevistado, onde o mesmo respondia oralmente ao pesquisador, que preenchia os dados no questionário.

Tratamento Estatístico

Para atender os objetivos da pesquisa, após a tabulação dos dados, estes foram submetidos à estatística descritiva mediante cálculo de freqüência simples, média, desvio padrão e percentual.

ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÂO DOS RESULTADOS

Dentro desta pesquisa observamos um número bastante alto de atletas lesionados. Dos 32 atletas pesquisados, 22 apresentaram problemas com lesões durante a temporada 2000, isso equivale a 68,75% dos entrevistados. Consideramos lesão, todo e qualquer problema ortopédico diagnosticado pela comissão médica, que prejudique ou afaste o atleta dos jogos ou treinamentos (PERA e BRINNER, 1996).

Outro dado importante foi a diferenciação das lesões entre insidiosas e agudas, o número de lesões insidiosas chega a 18 o que equivale à 81,8% das lesões reportadas na pesquisa, e o de lesões agudas foi de 4, ou seja, 18,2% das lesões. Este alto índice de lesões insidiosas é perfeitamente normal segundo BRINNER e BENJAMIN (1999), que relatam que estas lesões geralmente variam de aproximadamente 50% à cerca de 80% do total das lesões dentro do voleibol de alto-nível. O local que apresentou maior número de lesões insidiosas dentro de nossa pesquisa foi a articulação do joelho com 8 lesões ao todo, seguido da região lombar com 6 lesões, e da articulação do ombro também com 6 lesões. O cotovelo apareceu com apenas uma lesão. Verificando mais especificamente as lesões observamos que as lombalgias de qualquer origem obtiveram o primeiro lugar em número de referências com 6 casos, seguidas do joelho do saltador ou "jumper´s knee" com 5 casos, e da lesão tendinosa do manguito rotador com 4 casos.

Essa maioria de lesões no joelho segundo BRINNER e BENJAMIN (1999), se dá porque a atividade de salto é praticamente integral dentro do voleibol, fazendo com que o joelho seja a articulação que possua uma sobrecarga maior, e por conseqüência sendo o maior local de lesões e degenerações, tanto para a subida dos saltos, quanto para o impacto da queda. As lesões no joelho no voleibol de praia geralmente incomodam o atleta quando a etapa do campeonato é jogada em quadras inadequadas, com o piso rígido, o que promove a recidiva de lesões antigas. O que prova isso é mais um número obtido na nossa pesquisa, que afirma que dos atletas com problemas na articulação no joelho que vieram do voleibol de quadra, 80% apresentam lesões que os acompanham desde aquela época.

As lesões na região lombar têm basicamente a mesma etiologia das lesões do joelho, geralmente, também aparecem quando o atleta se depara com quadras inadequadas e diferentes das quais ele está acostumado a treinar. Conforme citado por Capello apud ABENHAIN et al. (2000) em uma pesquisa realizada com bombeiros e pessoas comuns, pessoas adaptadas a exercícios de alto-impacto têm menor tendência a ter lombalgias por terem força isométrica e resistência maiores que o normal, além de flexibilidade mais bem trabalhada, ao contrário de pessoas acostumadas a impactos menores. Este fato explica as lombalgias apresentadas pelos atletas que costumam treinar em quadras fofas em praias e que durante o Circuito deparam-se com quadras montadas sobre gramados e superfícies asfálticas em etapas realizadas em cidades longe do litoral.

As lesões de ombro, geralmente no tendão do supraespinhoso, têm justificativa, segundo TEITZ, et al. (1997), no desalinhamento articular causado pelo desequilíbrio de forças entre rotadores externos, mais fracos e pouco trabalhados, e os rotadores internos, fortes e bem trabalhados. Esse desequilíbrio causa uma anteriorização e superiorização do úmero dentro da glenoumeral. Na hora de um ataque, onde há uma explosão de força dos rotadores internos, os rotadores externos realizam uma contração excêntrica para a desaceleração final do ataque, o que provoca um stress tênsil nos tendões do manguito rotador, que com o uso repetitivo acaba sendo acometido.

Também foi observado um pequeno número de lesões agudas nesta pesquisa (Uma contratura de Tríceps Sural, um estiramento de Isquiotibiais, uma entorse de tornozelo e uma fratura de falange proximal do dedo mínimo), perfeitamente explicável por alguns fatores. As entorses de tornozelos tão vistas em pesquisas realizadas com voleibol de quadra, tem incidência bastante reduzida na nossa pesquisa com apenas 1 caso reportado. Isso se dá provavelmente pela pouca resistência mecânica oferecida pelo solo à inversão do pé, mecanismo este mais comum deste tipo de lesão, além disso, outro fator importante é o pequeno número de atletas na quadra, o que diminui o risco de choques entre eles. Já as lesões de ordem muscular como as contraturas e os estiramentos, aparecem como as principais lesões agudas dentro do voleibol de praia. Isso talvez se deva ao treino inadequado de flexibilidade dos atletas, pois embora dados também da nossa pesquisa mostrem que quase 100% dos atletas realiza um trabalho de alongamento no pré-jogo, poucos tem supervisão sobre estes alongamentos. O mecanismo preponderante nas lesões agudas mostradas na nossa pesquisa é o deslocamento na quadra, isso se deve principalmente às irregularidades da quadra de areia.

Outros dados obtidos na nossa pesquisa retratam uma realidade dentro do voleibol de praia. Devido a falta de supervisão (poucos atletas têm uma comissão técnica que acompanhe-os durante o circuito) os atletas deixam de realizar, ou realizam de forma indevida algumas medidas preventivas importantíssimas para a manutenção da melhor forma física 100% do atleta. No pré-jogo ACHOUR (1998), recomenda uma atividade de flexionamento para o melhor condicionamento muscular e menor risco de lesões nas atividades de alto-impacto. Neste estudo, 93,7% dos atletas realizam o alongamento, porém o que se observa é a ausência de supervisão nestas atividades. Já no pós-jogo CANAVAN (2001) afirma que, os exercícios de baixo-impacto, se realizados, são os maiores responsáveis pela eliminação de boa parte dos resíduos provenientes da contração muscular como creatinase e ácido lático, por exemplo. Esses exercícios associados aos alongamentos leves, sem atingir a amplitude máxima forçada, para o estímulo muscular à volta ao seu comprimento normal, são as melhores medidas a serem tomadas no pós-atividade de alto-impacto. O que observou-se também é que apenas 13% dos atletas realiza exercícios de baixo-impacto no pós-jogo, isso se dá a total falta de conhecimento de métodos preventivos dos atletas. Finalizando, 38% dos atletas faz apenas repouso no pós-jogo imediato. Essa atitude segundo DANTAS (1995), mantém todos os resíduos provenientes da atividade muscular presentes, os quais provocam dores musculares, bem como, mantém o músculo sob-tensão em comprimento diminuído, o que propicia a formação de processos lesivos como contraturas lombares crônicas.

Outra medida preventiva para, principalmente, evitar recidivas de lesões, ou evitar a formação de lesões crônicas é a crioterapia. Esta segundo RODRIGUES (1995), reduz o metabolismo local e diminui a chance da criação de processos inflamatórios nas articulações bem como, diminui a necessidade de nutrição das áreas anteriormente lesionadas, o que diminui as chances de recidivas.

Nossa pesquisa aferiu que 75%, ou seja, a maioria absoluta dos atletas realiza a crioterapia no pós-jogo, sendo que grande parte dos atletas realiza para evitar a progressão de qualquer dor articular. Esse tipo de atitude diminui a chance de qualquer tipo de recidiva bem como o aparecimento de novas lesões, o que mostra um certo "conhecimento preventivo" por parte dos atletas.

A Fisioterapia foi a modalidade de tratamento mais citada pelos atletas para resolução destas lesões, com 14 citações, seguida pelo tratamento clínico com 9 e pela Quiropraxia, também modalidade fisioterapêutica, com 1 citação. Esse número alto de procura da Fisioterapia só aumenta a necessidade de um profissional fisioterapeuta que acompanhe o Circuito para melhor suporte aos atletas. Por outro lado observou-se que 7 atletas não realizaram tipo algum de tratamento, o que aumenta a chance de recidivas e faz com que a lesão se torne crônica, e acompanhe o atleta por muito mais tempo do que o normal.

CONCLUSÕES

Depois de todos os dados apresentados e discutidos algumas conclusões podem ser tiradas desta pesquisa.

A primeira grande conclusão que tiramos desta pesquisa, é que a incidência de lesões dentro do voleibol de praia de alto-nível é bastante grande como a de qualquer outro esporte de competição.

O índice de lesões crônicas, ou insidiosas, envolvendo principalmente joelho, região lombar e ombro respectivamente, é muito maior dentro do voleibol de praia, do que o índice de lesões agudas. Esse alto número de lesões crônicas está intimamente ligado com a presença de quadras inadequadas para a prática do voleibol dentro do Circuito. Os pisos rígidos são altamente lesivos a atletas que estão acostumados a treinar e jogar em pisos suaves. Outro fator importante é o uso repetitivo, pois os atletas de voleibol de praia às vezes chegam a jogar 5 partidas por dia, um número elevado para qualquer tipo de esporte.

Já, o número baixo de lesões agudas está provavelmente ligado à menor resistência do solo aos impactos, principalmente quando se fala em entorse de tornozelo a lesão aguda com maior incidência dentro do voleibol de quadra em todas as pesquisas relacionadas anteriormente. Outro fator a ser considerado é a diminuição do número atletas dentro da quadra, o que reduz o risco de choque entre eles.

Quanto às medidas preventivas, observamos que quase que 93,7% dos atletas realizam o alongamento antes das partidas como uma forma de se preparar para o jogo e evitar o risco de lesão. Isso, provavelmente, predispõe ao baixo índice de lesões agudas musculares dentro do índice geral de lesões. Por outro lado, esse tipo de lesão aparece como 50% de todas as lesões agudas o que leva a crer que a falta de supervisão nestes alongamentos poderia ser um fator etiológico importante.

Por outro lado no pós-jogo, poucos atletas preocupam-se em prevenir-se de lesões, sendo que boa parte apenas repousa, o que favorece o aparecimento de lesões crônicas principalmente na região lombar, e de dores musculares relacionadas com a presença de resíduos da atividade muscular contínua de alto-impacto.

Dentro da crioterapia no pós-jogo, a maioria dos atletas realiza e têm consciência dos seus efeitos preventivos, o que ajuda na diminuição da recidiva de lesões antigas e no aparecimento de novas lesões.

E por último, porém não menos importante, verificamos que a modalidade de tratamento mais procurada pelos atletas para tratar-se foi à fisioterapia, o que mostra a importância deste profissional dentro deste esporte de alto-nível.

Dr. Fábio Sprada de Menezes, Fisioterapeuta graduado na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC


domingo, 23 de dezembro de 2007

Como ocorre um estiramento?



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Como ocorre um estiramento?.

As juntas de seu corpo são sustentadas por ligamentos, que são bandas fortes feitas de tecidos conectivos que conectam um osso ao outro. Quando você estica ou rompe um ligamento, o resultado pode ser um simples estiramento, um rompimento parcial ou um rompimento total.

As áreas de seu corpo que são mais vulneráveis a estiramentos são os seus tornozelos, joelhos e pulsos. Um tornozelo estirado pode ocorrer quando você torcer o seu pé para dentro. Isso pode colocar uma pressão extrema nos ligamentos externos de seu tornozelo e causar um estiramento. Um joelho estirado pode resultar de uma torção ou de um golpe . Os estiramentos no pulso geralmente ocorrem quando você sofre uma queda.

Você deve consultar um cirurgião-ortopedista no caso de qualquer estiramento. O tratamento geralmente indicado para um estiramento comum é "R. G. C. E." - repouso, gelo, compressão e elevação. Entretanto, se o seu ligamento estiver rasgado, você pode precisar de cirurgia para reparar a lesão.

www.iof.com.br
 


Sedentarismo na terceira idade



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Sedentarismo na terceira idade.

Uma pesquisa feita em Campinas, no interior de São Paulo, revelou um alto grau de sedentarismo na terceira idade. De 426 indivíduos entrevistados com mais de 60 anos de idade, 296 (70,9%) não praticavam nenhum exercício físico.

A constatação é da fisioterapeuta Maria Paula Zaitune, em estudo apresentado como dissertação de mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com a orientação da professora Marilisa Berti Barros, da Faculdade de Ciências Médicas.

A pesquisa identificou ainda que há uma maior prevalência de sedentarismo entre os idosos fumantes. "Os fumantes apresentaram sete vezes mais chances de serem sedentários do que os idosos que não fumavam", disse Maria Paula à Agência FAPESP. Das pessoas que afirmaram não praticar exercícios, 93,8% também responderam sim à pergunta sobre consumo de tabaco que constava no questionário.

Os dados analisados mostram também uma forte associação entre sintomas depressivos ou ansiedade com a falta de atividade física. A prevalência de sedentarismo também foi maior entre os idosos (84,9%) que apresentaram algum grau de alteração emocional. "Sugere-se que esse estado de humor entre os idosos possa inviabilizar ainda mais a prática de atividade física no lazer", diz a pesquisadora.

Os principais exercícios praticados pelo grupo que representa os demais 29,1% foram caminhada, ginástica e musculação e, em seguida, natação e hidroginástica.

O levantamento verificou ainda a prevalência de idosos com hipertensão arterial na cidade. "Quase 52% dos indivíduos analisados apresentaram pressão alta. É importante ressaltar também que muitos idosos não sabiam que a prática de exercícios físicos pode ajudar, e muito, na prevenção e no controle da hipertensão arterial", afirma a pesquisadora.

Os dados da pesquisa, que envolveu a aplicação de questionários entre os 426 idosos participantes da análise, derivam de um estudo de base populacional para avaliar a qualidade dos serviços de saúde. Conhecido como Inquérito da Saúde do Estado de São Paulo (ISA-SP), o questionário também foi aplicado em outras regiões do Estado por diferentes instituições de ensino e pesquisa. 

Fonte: FAPESP


domingo, 16 de dezembro de 2007

Entorse do joelho em esportes de contato



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Entorse do joelho em esportes de contato.

Uma das lesões mais encontradas nos praticantes de esportes de contato é o entorse do joelho, uma articulação que suporta o peso do corpo e ao mesmo tempo serve de apoio para mudanças bruscas de direção no gesto esportivo (golpe, drible, ataque, taquear).


Em geral, o peso está apoiado sobre o joelho, com o pé preso ou aderido no piso, e o joelho é forçado para dentro, com lesão das estruturas internas (mediais), podendo haver um componente de rotação, o que agrava o quadro.


Dependendo da força e da continuidade do movimento, vários graus de lesão podem ser originados, desde apenas a lesão do ligamento colateral medial, uma estrutura periférica e que é a primeira a estabilizar este movimento, passando pelo menisco medial, uma estrutura já dentro da articulação até chegar no ligamento cruzado anterior, o eixo central da articulação e que, quando lesado, origina um inchaço importante do joelho que pode ser acompanhado de um estalo audível.







Ligamento Colateral Medial: é uma estrutura fora da articulação e portanto, quando lesado, pode se regenerar pela cicatrização espontânea e fisioterapia, retornando o atleta à atividade após um período de 3 a 6 semanas, dependendo do grau de lesão do ligamento.

Menisco Medial: já é uma lesão mais grave, que afeta uma estrutura dentro da articulação, levando a um derrame (inchaço da articulação), necessitando de uma avaliação mais criteriosa, muitas vezes complementada através de ressonância magnética do joelho, e que pode, dependendo da lesão, necessitar de uma artroscopia (pequena cirurgia) para o seu tratamento, com um tempo de retorno variando de 2 a 3 meses.

Ligamento Cruzado Anterior: é uma lesão grave, que gera uma instabilidade do joelho em movimentos de rotação e mudança de direção, o que, em muitas situações exige o tratamento cirúrgico para a sua correção, reconstruindo o ligamento lesado com o uso de um enxerto vizinho (tendão patelar, tendão do semitendíneo, etc), afastando o atleta por mais de 6 meses de suas atividades.

Uma boa maneira de prevenir os traumas na articulação é manter uma musculatura bem condicionada, forte e alongada, evitar praticar esportes em excessiva fadiga e em pisos muito aderentes.

De qualquer modo, se houver alguma lesão, a mesma deve ser avaliada e tratada precocemente, para o reestabelecimento integral do atleta antes do retorno à atividade física, pois muitas vezes encontramos lesões que são agravadas ou que levam a lesões secundárias decorrente de um não tratamento ou tratamento inadequado.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Exercícios regulares geram vários benefícios para o bebê



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Exercícios regulares geram vários benefícios para o bebê.

Maior a cada mês que passa, o volume da barriga não pode ser encarado como um convite ao sedentarismo. A grávida que evita praticar uma atividade física não sabe o que está perdendo para ela e seu filho. Desde que se tome os devidos cuidados, os exercícios regulares só trazem benefícios para o bebê e parturiente. Entre outras vantagens, os especialistas citam o fortalecimento da musculatura, a sensação de bem-estar para a futura mamãe e a diminuição dos riscos dela sofrer com estresse e depressão.

A ginecologista e obstetra Mara Rúbia Moreira Rios afirma que o mais adequado para as grávidas são ocupações de menor impacto, principalmente aquelas feitas na água, a exemplo da hidroginástica. Estas são ainda mais recomendadas para as gestantes desacostumadas a realizar qualquer exercício físico de maneira mais regular. Atividades que visem uma maior resistência muscular melhoram o desempenho num futuro parto normal, já que os músculos da região pélvica e abdominal são bastante solicitados na hora do nascimento. "Atualmente, os próprios médicos têm uma mentalidade muito mais aberta para os proveitos que o condicionamento físico proporciona às gestantes", declara a médica.

O ritmo e o tipo de atividade dependerão do estágio da gravidez. A sobrecarrega é tão desaconselhada quanto ficar sedentária. O uso de roupas leves em ambientes climatizados e a hidratação constante são cuidados que não podem ser esquecidos. A prática não deve estar dissociada de uma alimentação balanceada, cujo efeito imediato é evitar o ganho de peso desnecessário.

Aos 34 anos de idade, a juíza Karla Barnuevo está grávida do terceiro filho. Ela havia abandonado as atividades físicas um ano antes, mas no terceiro mês de gestação decidiu voltar à malhação. Após consultar seu obstetra passou a malhar durante 30 minutos diários na Contours Express, no bairro da Graça, uma academia que só atende mulheres. "Todos os exercícios foram adaptados à atual condição dela. Além disso, ela passou por uma avaliação física preliminar", explica a franqueadora da unidade, Tissiana Rusch.

Como cuidados, Barnuevo, que optou pela cesariana, evita se exceder nas atividades aeróbicas, para não aumentar sua freqüência cardíaca, mas se esforça nas atividades musculares. "Me sinto muito mais disposta do que antes. A flacidez do corpo diminuiu bastante", afirma a juíza, que é sempre acompanhada por um instrutor na academia.



sábado, 8 de dezembro de 2007

IMPORTÂNCIA DO TREINO SENSÓRIO-MOTOR NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM ATLETAS



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre IMPORTÂNCIA DO TREINO SENSÓRIO-MOTOR NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM ATLETAS.

fisioterapia esportiva: IMPORTÂNCIA DO TREINO SENSÓRIO-MOTOR NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM ATLETAS

Olá amigos,

Com este artigo pretendo introduzir algumas bases da fisiologia do sistema sensório-motor e mostrar o quanto este pode ser importante na prevenção de lesões músculo-esqueléticas.

Em 1997, os participantes do congresso Foundation of Sports Medicine Education and Research adotaram o termo "sistema sensório-motor" para descrever as integrações centrais, sensoriais e motoras e as estruturas envolvidas na manutenção da integridade das articulações durante os movimentos corporais e nas manutenções de postura. Com o passar do tempo alguns termos passaram a ser utilizados (erroneamente) por profissionais da saúde, do esporte e até mesmo por alguns atletas para designar o tal "sistema sensório-motor". Podemos citar entre estes termos: "propriocepção", "controle neuromuscular", etc. Na realidade, propriocepcão e controle neuromuscular são partes do todo que é o sistema sensório-motor. Ainda neste artigo vamos tentar explicar o que cada um destes termos significa.

Há alguns anos, o conceito de que bastava ter um músculo bem alongado e forte era o suficiente para prevenir lesões, vem sendo substituído por uma idéia diferente que defende a prevenção de lesões baseada na melhora funcional das articulações e dos músculos não isoladamente, mas em conjunto. Isto ocorre como conseqüência da melhora dos mecanismos de controle neuromuscular.

O controle neuromuscular, por sua vez, pode ser definido como o controle da ativação inconsciente de estabilizadores dinâmicos (músculos) ocorrendo em preparação ou resposta a uma carga ou movimento impostos a uma articulação com o objetivo de restaurar ou manter a estabilidade articular normal. Podemos utilizar o seguinte exemplo: durante uma entorse em inversão de tornozelo, espera-se que os músculos fibulares atuem impedindo que ocorra uma lesão ligamentar lateral do tornozelo.

Didaticamente os componentes responsáveis pela estabilidade articular são divididos em dois grupos: estáticos e dinâmicos. Ligamentos, cápsula articular, cartilagem, fi br ocartilagem e geometria óssea de uma articulação seriam exemplos de componentes estáticos (passivos). A contribuição dinâmica seria composta pelos músculos por meio dos mecanismos de feedback e feedforward.

O controle neuromuscular depende da integração adequada dos inputs sensitivos (visuais, vestibulares e somatosensoriais), e das eferências motoras. Ou seja, é preciso que haja integração entre as informações que a articulação manda para os níveis mais centrais do nosso sistema nervoso (medula espinhal, tronco cere br al e córtex) e os comandos que estes níveis mandam para os músculos na tentativa de manter a articulação estável. A informação so br e o estado das estruturas articulares é denominada de propriocepcão.

O termo proriocepção foi cunhado por Sherrington em 1906 e vem do latim recepção e própria. A propriocepcão pode ser dividida em cinestesia (percepção do movimento) e senso de posição articular.

Os responsáveis pela captação e transmissão da informação proprioceptiva são os mecanoreceptores que podem ser encontrados na cápsula articular, retináculo, ligamentos, pele, músculos e tendões. Dentre eles podemos citar: corpúsculos de Pacini, órgãos tendinosos de Golgi, fusos musculares, terminações nervosas de Rufini e terminações nervosas livres.

As informações derivadas dos mecanoreceptores são processadas em três níveis: em nível espinhal (responsável pela estabilização dinâmica da musculatura); nível cerebelar (responsável pelo equilí br io e postura) e nível cortical (responsável pela contração voluntária). Qualquer déficit na chegada (aferência), processamento ou comando (eferência) pode resultar em posturas inadequadas ou desequilí br ios, podendo ser fatores causais de lesões.

Para melhorar a propriocepcão por meio do controle neuromuscular, o programa de exercícios deve atingir os três níveis de processamento no sistema nervoso central. Reflexos espinhais podem ser ativados como resposta a mudanças br uscas na posição articular. Exercícios posturais podem melhorar a função motora em nível do tronco cere br al. Padrões motores repetidos são úteis em melhorar o controle neuromuscular e o mecanismo de feedforward. O feedforward se refere à teoria de que movimentos rápidos podem ser controlados por eventos previamente encontrados no sistema neuromuscular preparando o movimento .

A repetição de tarefas permite ao córtex cere br al determinar o padrão mais efetivo para a tarefa e diminuir o tempo de reação. O tempo de reação indica que a atividade motora não pode ser tomada somente em resposta ao estimulo ambiental para prevenir lesão. A programação motora, um estoque de comandos musculares que permite a iniciação da atividade, deve ocorrer. No enfoque da prevenção de lesões, isto é muito importante, pois a ausência de um padrão de movimento efetivo pode ser determinante no surgimento de lesões. Um atleta que realiza um gesto esportivo com um padrão equivocado ou menos econômico está com certeza mais suscetível ao aparecimento de lesões (por so br ecarga ou não) que um atleta com um padrão de movimento correto e econômico.

Inicialmente os exercícios proprioceptivos ou de controle neuromuscular foram introduzidos nos programas de reabilitação de lesões, por exemplo nas lesões ligamentares, pelo fato dos ligamentos serem sede de mecanoreceptores, o que sugere que, uma lesão nessas estruturas poderia acarretar um déficit proprioceptivo. Com o passar do tempo tais exercícios foram introduzidos no treinamento dos atletas com o intuito de prevenir lesões.

Vários estudos na literatura especializada mostram que o treinamento sensóriomotor tem um efeito positivo na prevenção de lesões do tornozelo em diversos esportes. Esta melhora pode ocorrer por conta de dois fatores. Primeiro, com o treinamento sensóriomotor há uma melhora no equilí br io postural do atleta. Segundo, há uma melhora dos mecanismos reflexos dos músculos que cruzam as articulações, e este parece ser o principal fator na prevenção de lesões.

O programa de treinamento sensóriomotor visando à prevenção de lesões articulares deve ser realizado de forma especifica para o esporte em questão, pois cada esporte possui características próprias e as lesões que acometem mais os atletas variam entre os esportes, homens e mulheres, faixas etárias e até mesmo entre cada posição no mesmo esporte.

O programa deve, ainda, ser realizado de forma progressiva (assim como qualquer outro tipo de treinamento) e deve focalizar alguns aspectos, como: flexibilidade, agilidade, força, treino de gesto esportivo e pliometria. A literatura mostra que os exercícios devem ser realizados no começo da temporada com maior freqüência, mas durante o ano todo devem ser realizados pelo uma vez por semana.

Alongamento e fortalecimento devem ser realizados de maneira progressiva e respeitando as necessidades e os limites do atleta.

Exercícios de agilidade devem ser feitos principalmente por atletas que realizam mudanças br uscas de direção (basquete, handebol, tênis, etc), e, de preferência de uma forma que possa simular o gesto esportivo do atleta. Este tipo de exercício é utilizado para permitir que o atleta se adapte as mudanças rápidas de direção, aceleração e desaceleração. Estes tipos de movimentos costumam ser causadores de lesões articulares e musculares nos atletas. Para a execução do exercício podem ser utilizados cones, marcadores no solo, etc. À medida que o atleta começa a executar os exercícios de forma mais adequada, as habilidades necessárias para o esporte podem ser incluídas no exercício.

Exercícios de equilí br io podem ser realizados em todos os atletas e consistem em fazer com o atleta realize alguma tarefa mantendo o equilí br io sem alterar a base de suporte. Podem ser executados exercícios de equilí br io em apoio unipodal ou bipodal, com ou sem o auxilio da visão, no solo estável ou instável e com a utilização de gesto esportivo.

Alguns e xercícios podem ser realizados com aparelhos específicos e de alto custo como no caso dos isocinéticos, em que um dos mem br os do atleta é posicionado em um determinado ângulo e então se pede a ele que posicione o mem br o contralateral na mesma angulação sem auxilio da visão. A melhora na cinestesia também pode ser feita iniciando o movimento no mem br o do atleta partindo de varias posições. Isso pode ser feito também manualmente, sem o auxilio de equipamentos especializados.

Exercícios pliométricos também podem ser realizados para a melhora do controle neuromuscular podendo desta forma prevenir a incidência de lesões. Estes exercícios, em que uma pré-carga excêntrica é seguida por uma vigorosa contração concêntrica também têm sido investigados para prevenção de lesões. Supõe-se que a pliometria melhora a estabilização articular e potencializa a contração muscular. Este é um importante exemplo de exercício que estimula o controle neuromuscular nos níveis espinhais e de tronco cere br ais e pode ser utilizado em MMII e MMSS e nos programas de reabilitação, recomendo a leitura dos artigos de João Coutinho e John Cissik neste site para o melhor entendimento da aplicação da pliometria.

As fases finais de qualquer programa de reabilitação, prevenção ou condicionamento devem incluir atividades que imitam aquelas vivenciadas pelos atletas no esporte. Este tipo de especificidade melhora mecanismos de feedforward e funções motoras conscientes ou inconscientes.

Para o próximo mês, a seção de fisioterapia esportiva trará outro artigo relevante para o conhecimento dos profissionais envolvidos com o esporte.

Até a próxima !!!



Pliometria: avaliação



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Pliometria: avaliação.

No outro artigo apresentei os aspectos gerais da pliometria. Neste pretendo abordar os aspectos iniciais para o treinamento da mesma. Como em todo início de treinamento, primeiro é necessário saber a condição física atual do nosso atleta. A partir de uma avaliação inicial é que podemos dar a direção correta do treinamento e corrigir os pontos fracos. Para o treinamento da pliometria diversos métodos de avaliação são possíveis: squat jump; salto com contra-movimento; cálculo da altura ótima de queda (Q); dispositivo de Abalakov, entre outros (1) .

Provas de avaliação

Os dois testes que utilizo para avaliar são o Squat jump (SJ) e o Counter-movement jump (CMJ). Estes testes me permitem obter informações críticas além de serem rápidos e de fácil execução. Para a mensuração dos saltos recomendo a utilização de uma plataforma de salto eletrônica - como o JUMP TEST® – pois é bastante prática e precisa, podendo ser utilizada no próprio ambiente de treinamento. Hoje em dia o custo para se obter uma ferramenta tecnológica como essa não é tão alto.

Squat jump: desde a posição de flexão dos joelhos a 90º e as mãos apoiadas na cintura, se realiza um salto vertical máximo. O valor do SJ está relacionado ao nível de força concêntrica das pernas.

Counter-movement jump: desde a posição em pé com as mãos na cintura, se realiza um salto vertical máximo (flexionando e estendendo rapidamente o quadril e os joelhos). O valor do CMJ está relacionado com a capacidade reativa do sujeito, isto é, a capacidade do CAE.

Análise dos resultados

Em função da ação de contra-movimento do CMJ, que põe à prova a capacidade reativa do sujeito, estima-se que um atleta bem treinado pode obter uma diferença em torno de 25% em relação ao SJ (2) . Assim, os dados obtidos desses testes permitem direcionar a seqüência de treinamento. Na tabela 01 abaixo segue um exemplo de resultados obtidos nestes testes por atletas juvenis:

atleta

SJ (cm)

CMJ (cm)

Diferença (%)

João

40

42

5%

Pedro

30

36

20%

Luiz

40

48

20%

José

30

31

4%

Tabela 01 adaptado de Anselmi, 2006 (1) .

A partir desses dados podemos concluir que:

  1. João tem muita força, porém muito pouca força reativa.
  2. Pedro não é muito forte, mas possui uma excelente força reativa.
  3. Luiz é forte e tem excelente força reativa.
  4. José é fraco em ambas as capacidades.

Desta forma estão identificadas as fraquezas e qualidades de cada atleta. Para o aumento da força nas pernas podem ser utilizados exercícios como agachamento, afundo e subida no banco (ver a seção vídeos). Exercícios específicos para a capacidade reativa serão discutidos mais profundamente no próximo artigo.

Até mais!



PLIOMETRIA: Exercícios com bola medicinal!



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre PLIOMETRIA: Exercícios com bola medicinal!.




As bolas medicinais são uma importante ferramenta para o treinamento da potência no esporte. Podem ser utilizadas tanto para o treinamento da força como no treinamento pliométrico. Na verdade, o treinamento pliométrico dos membros superiooes fica limitado sem a sua utilização. Existe hoje no mercado bolas medicinais totalmente de borracha que quicam no solo e podem ser arremesadas contra a parede, com seu peso variando de 1kg até 5kg. Essas bolas são muito versáteis e possibilitam uma série de exercícios pliométricos, pois aproveitando o "rebote" da bola é possível utilizar o ciclo alongamento-encurtamento (CAE) .

Leia mais:

Exercícios podem reverter efeitos do estresse no esporte
Educação Física e atividades esportivas: qual sua preferência?
A Representatividade da Educação Física e do Esporte
Exercícios Abdominais com bolas de medicine ball


Ao contrário dos exercícios de força, sendo o método de "musculação" o mais conhecido e difundido no meio esportivo e social, o treinamento para o aumento da potência é o objetivo para a maioria das modalidades esportivas. Para isso é necessário que o exercício exija elevada velocidade de contração muscular e a aplicação de grande quantidade de força num curto período de tempo – conhecidos como exercícios balísticos (por exemplo: saltos, laçamentos e rebotes)
Os exercícios com bolas medicinais permite aos treinadores e preparadores físicos executar exercícios que praticamente imitam o gesto esportivo (princípio da especificidade). Pegando o tênis, que é minha especialidade como exemplo, executar movimentos de forehand e backhand com "pesos de musculação" é muito limitado. Além do movimento ser executado com menor velocidade, pois o atleta deve desacelerar o movimento para não lançar o peso, não é possível utilizar o CAE, pois para o tenista não existe uma ação de "rebote" (lançar => receber => lançar imediatamente) do peso, o que acontece quando você lança a bola medicinal na parede ou para outra pessoa. Claro que isto é apenas um exemplo, muito modalidades já se valem do benefícios do treinamento com bolas medicinais, como: atletismo, basquete, handebol, basebol e volei só para citar alguns.
Utilizando o medicinebol (MB) no treinamento
As bolas medicinais tem seu lugar no treinamento esportivo incorporadas dentro do plano de treinamento de força do atleta. Não se deve substituir de nenhuma forma todos os exercícios de força por exercícios apenas de bola medicinal, pelo contrário, as bolas devem ser utilizadas como exercícios específicos aos gestos das modalidades, cobrindo assim a "lacuna" dos exercícios tradicionais de força. Talvez o melhor período para sua utilização seja após a formação da base da força (período preparatório geral) como meio de treinar potência. A ideia é que quanto mais força seu atleta consegue produzir, mais ele consegue converter em potência específica da modalidade.
RecomendaÇÕes gerais antes de comeÇar
  • Façar um bom aquecimento com alongamentos dinâmicos antes de começar.
  • O exercícios devem ser treinados de forma geral no início da sessão de treinamento, antes do treino anaeróbico/aeróbico mais intenso do dia, num estado ausente de fadiga.
  • Concentrar na velocidade de execução do movimento sem sacrificar a técnica .
  • Não utilize bolas muitos pesadas que diminuam a velocidade de execução do exercício.
Cito agora alguns exemplos de exercícios com bolas medicinais que acho de grande utilidade para o treinamento de atletas de diversas modalidades:
lanÇamento acima da cabeÇa:
1. posição inicial: começe de frente para uma parede, com os pes paralelos segurando o MB com ambas as mão acima da cabeça.
2. arremesse o MB na parede, executando o movimento para trás e para frente rapidamente e com toda força.
 
lanÇamento lateral na parede
1. posição inicial: fique de lado para a parece, posicionando a perna contrária do lançamento a frente. Procure ficar próximo da parede, algo como 1m de distância.
2. faça uma torção do tronco rapidamente e lançe o MB com toda a força na parede. Lance o MB simultaneamente com ambas as mãos.
3. pegue o "rebote" da bola na parede e execute uma nova repetição de forma contínua, usando assim a força da bola pra forçar a ação excêntrica do tronco.

lanÇamento no chÃo
1. posição inicial: de pé, pés paralelos segurando o MB com ambas as mãos e joelhos um semi-flexionados
2. leve o MB para trás da cabeça e arremesse a bola com toda força no chão, a frente do corpo.
3. pegue o "rebote" da bola e imediatamente execute uma nova repetição

agachar e lanÇar
1. posição inicial: de pé, pés paralelos segurando o MB com os braços abaixados
2. faça o movimento de agachamento, colocando o MB no meio das pernas
3. execute um salto explosivo finalizando o movimento lançando o MB o mais alto possível



rotação quadril (oblíquos)
1. posição inicial: deitado no chão, com as pernas levantadas e o joelhos flexionados
2. prenda o MB no meio das pernas
3. mantendo essa posição, faça um giro das pernas de um lado para o outro. Evite levantar o quadril no momento do giro.



Principais lesões do Voleibol



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Principais lesões do Voleibol.




Introdução
    Peterson & Renstron (1995) afirmam que mais de 50% das lesões nos atletas acontecem por má elaboração na prescrição do treinamento (ACHOUR JÚNIOR, 1997). A prescrição inadequada das sessões vem reduzindo a longevidade competitiva dos desportistas (FILIN & VOLKOV, 1998). O procedimento denominado "saltos" das cargas, é comum nos desportos da atualidade, ocasionando uma redução na carreira atlética do competidor porque o organismo não tem mais reservas de adaptação para assimilar as novas cargas de treino e os resultados nas competições pioram ou estabilizam, resultando no sucesso desportivo por 1 a 2 anos com essa maneira de prescrever o treino (ZAKHAROV, 1992). NOGUEIRA (2002) informa que o treino exagerado prejudica a saúde dos atletas, física e emocionalmente, predispondo estes desportistas à lesões.

Leia mais:

    SIMPLÍCIO (1996) escreve que muitas das contusões no voleibol acontecem por esforços repetitivos. Observamos este fato no ombro do sacador ou do cortador (HALL, 1993)., nos membros inferiores provenientes dos sucessivos saltos dos voleibolistas nas sessões ou nos jogos (RODACKI et al., 1997) e em outras situações. VÍVOLO et al. (1994) observaram no 7º Jogos Regionais do Litoral, em São Paulo, 1976. As lesões nos voleibolistas se localizaram 50% nos membros inferiores (VÍVOLO et al, 1994). Isto acontece porque os saltos proporcionam um elevado estresse nos membros inferiores na fase de impulsão e na etapa de queda (HOLTHE et al., 1998). Para BRINER JUNIOR & KACMAR (1997) os saltos do voleibol correspondem a 63% das lesões. Ocorrendo também nas ações defensivas, no levantamento, na recepção e no saque em suspensão (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999). Entretanto, existem poucos estudos sobre lesões no atleta de voleibol (GHIROTOCC & GONÇALVES, 1997), mas esta revisão vai identificar as principais contusões dos voleibolistas e conseguirá indicar exercícios que podem reduzir algumas dessas lesões.
    A NATIONAL ATHLETIC TRAINERS` ASSOCIATION (2002) indica exercícios de flexibilidade e de força para minimizar lesões no atleta de voleibol. As sessões de força para os membros superiores previnem o ombro de lesões, principalmente na cortada (SMITH et al., 1992) e no saque Viagem. MARCELO FREITAS (comunicação pessoal, julho de 1995) informa que a passagem sobre a barreira no atletismo, expõe o desportista a um certo risco de lesão nos membros inferiores por causa do esforço do impulso para a passagem sobre a barreira e no impacto da queda após a passagem da barreira. No voleibol, o perigo de contusão também é grande na fase de impulsão do salto e na queda do salto. MARCELO FREITAS (comunicação pessoal, julho de 1995) prescreve um treino alternado para seus barreiristas terem menos chance de lesão, um dia eles treinam passagem sobre barreiras e outro dia não, conseguindo bons resultados na performance e na redução das contusões. Os pesquisadores do voleibol deveriam investigar se a prescrição alternada de saltos nas sessões, um dia sim e o outro não, é eficaz para os atletas do voleibol, na performance e na redução das lesões.
    A proposta do estudo é identificar as principais lesões no atleta de voleibol e recomendar exercícios que minimizem este acontecimento.

Lesões no tornozelo dos atletas de voleibol
    As lesões no tornozelo ocorrem em 15 a 60% nos voleibolistas, principalmente quando tocam no solo após um salto (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). As contusões mais comuns após o bloqueio acontecem por supinação e no ataque por inversão (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999). Segundo CHIAPPA (2001) as lesões mais comuns no tornozelo acontecem por entorse (entorse: distensão articular que ocasiona lesão no tornozelo). Podendo ser por um simples estiramento - espessamento do tendão até uma ruptura do ligamento (CHIAPPA, 2001). GHIROTOCC & GONÇALVES (1997) informam que a entorse de tornozelo acontece uma vez por ano em voleibolistas.
    As lesões no tornozelo nos atletas de voleibol também ocorrem por causa de instabilidade, ruptura de ligamento, dor o tornozelo e outras (CHIAPPA, 2001). As contusões no tornozelo dos atletas de voleibol acontecem com mais freqüência no sexo feminino, dos 15 a 19 anos, no masculino, dos 30 a 39 anos (GERBERICH et at., 1987). Sendo que muitas das lesões no tornozelo estão associadas com interrupção da prática do voleibol (GHIROTOCC & GONÇALVES, 1997).
    GROSS & MARTINI (1999) informam que a instabilidade do tornozelo e a entorse são comuns em voleibolistas porque esta modalidade é muito intensa e possui longa duração, colaborando com essas contusões. Um dos motivos da instabilidade do tornozelo são as várias entorses ocorridas nos desportistas do voleibol proveniente do impacto da queda do salto principalmente (GROSS & MARTINI, 1999). AAGAARD et al. (1997) escreveram que as lesões no tornozelo dos jogadores de quadra tem uma freqüência de 22%, enquanto nos desportistas do vôlei na areia competido em dupla, acontece 2%. Para AAGARD et al. (1997) o principal motivo de todas as contusões dos voleibolistas no tornozelo, é o uso excessivo (overuse) desses componentes anatômicos durante sessões e jogos.
    Para prevenirmos as lesões no tornozelo de qualquer modalidade, recomenda-se o uso de um suporte (tornozeleira) no tornozelo para dar mais estabilidade nesta região anatômica quando usamos o tênis (THACKER et al., 1999). O tênis deve ser de solado baixo para a tornozeleira ter mais eficácia (SITLER & HORODYSKI, 1996). Tênis de solado alto possibilita maiores chances de lesão no tornozelo. Para THACKER et al. (1999), sessões de agilidade e flexibilidade reduzem as lesões no tornozelo. A AMERICAN VOLLEYBAL COACHES ASSOCIATION (AVCA) (1997) indica exercícios específicos para o fortalecimento do tornozelo com o intuito de amenizar a possibilidade de lesão, mas não nos fornece exemplos de atividades.
    CHIAPPA (2001) recomenda sessões de dorsiflexão e flexão plantar para a fortificação do tornozelo, com o objetivo de diminuir as contusões ou recuperar o atleta da lesão.

Lesões no joelho dos voleibolistas
    Os saltos são os maiores causadores nas lesões do joelho nos voleibolistas (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). A fase de impulsão é a que mais esforço da musculatura do atleta de voleibol (COUTTS, 1982). Neste momento é que ocorrem a maioria das lesões das jogadoras, principalmente na cortada (LIAN et al., 1996). Para NYLAND et al. (1994) os atletas de voleibol se contundem na passagem da corrida horizontal para a elevação vertical. As lesões no joelho estão associados com a fadiga e com o impacto no momento da impulsão (NYLAND et al., 1994). A fadiga dificulta o amortecimento do impacto, gerando maior sobrecarga nos membros inferiores (UGRINOWITSCH & BARBANTI, 1998). GERBERICH et al. (1987) também chama atenção que as lesões no joelho também são freqüentes após a queda do salto, proveniente do impacto e ocasionadas por torção do joelho. As principais lesões no joelho são as tendinites e as ligamentares (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999). A síndrome do joelho do saltador caracteriza-se por uma tendinite patelar ou no tendão do quadríceps (GHIROTOCC & GONÇALVES, 1997). A maioria das contusões no joelho acontece em jogadores com 20 a 25 anos ou com 2 a 5 anos de prática no voleibol ou com mais de um turno de treinamento (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). Segundo GERBERICH et al. (1987) os homens se lesionam mais a partir dos 30 a 39 anos e as mulheres dos 15 a 24 anos, correspondendo a 61% das contusões, a segunda contusão mais freqüente. "Perdendo" apenas para as lesões no tornozelo, 92% (GERBERICH et al., 1987).
    A lesão do ligamento cruzado anterior no voleibol é comum no agachamento profundo do contramovimento do bloqueio ou da cortada (CHIAPPA, 2001). Ocorrendo com mais freqüência na zona de ataque (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). O desequilíbrio muscular dos membros inferiores podem gerar alto índice de lesões no joelho (CHIAPPA, 2001) porque o quadríceps é muito exigido no voleibol e os isquiotibiais geralmente praticam um trabalho compensatório insuficiente nas técnicas desportivas do voleibol (MAGALHÃES et al., 2001). Esta instabilidade muscular predispõe ao voleibolista de ter contusões no ligamento cruzado anterior (MAGALHÃES et al., 2001). Segundo GHIROTOCC & GONÇALVES (1997) as lesões no joelho podem ser crônicas ou ocasionam o fim da vida atlética do jogador.
    CHIAPPA (2001) informa que as lesões no joelho também estão associadas pela má coordenação, principalmente no salto das jogadoras, segundo BRINER JUNIOR & KACMAR (1997). Superfícies suaves diminuem as contusões no joelho, observamos que os jogadores do voleibol na areia possuem menos lesões no joelho do que os atletas da quadra (CHIAPPA, 2001). Mas no estudo de AAGAARD et al. (1997) as contusões no joelho nos desportistas voleibol na quadra e na areia não diferiram muito, sendo superior para os primeiros. A maioria das lesões do voleibol na quadra acontecem nos membros inferiores, principalmente na cortada e no bloqueio (AAGAARD et al., 1997).
    A prevenção das lesões no joelho consiste na redução do número de saltos nas sessões dos voleibolistas, em terrenos suaves devem ser praticados os treinamentos e os jogadores que flexionam o joelho a 45 a 60º e cometem um estalo, indica-se um tratamento adequado por causa da instabilidade fêmur-patelar, não sendo recomendado saltos para esse atleta (CHIAPPA, 2001). As centenas de saltos dos voleibolistas deixa o quadríceps mais forte do que os isquiotibiais, proporcionando risco de lesão no joelho (ACHOUR JUNIOR & GARCIA, 1996). Para reverter este fato recomenda-se um trabalho de compensação através de exercícios de alongamento para o quadríceps e de força para os isquiotibiais (ACHOUR JUNIOR & GARCIA, 1996). A tendinite patelar melhora mais rápido se o atleta praticar sessões de alongamento para os músculos anteriores e posteriores da coxa (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999).

Lesões no ombro dos desportistas do voleibol
    As lesões mais freqüentes dos membros superiores acontecem no ombro dos jogadores de voleibol (CHIAPPA, 2001). Cerca de 8 a 20% em voleibolistas (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). Sendo mais comuns em jogadores do voleibol de duplas, cerca de 42%, para atletas do voleibol na quadra a porcentagem está em torno de 15%%(AAGAARD et al., 1997). Os jogadores de duplas se machucam mais nos membros superiores, embora a defesa é a que ocasiona a mais contusões, 32% (AAGAARD et al., 1997).
    As contusões nos jogadores geralmente são por overuse, resultando em tendinites nos rotadores do ombro ou manguito rotador e no tendão do bíceps braquial (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). MATOS (2002) escreve que os músculos pertencentes aos rotadores mediais (internos) do ombro são compostos pelo redondo maior e o subescapular. O redondo menor, o supraespinhal e o infra-espinhal pertecem aos rotadores laterais (externos) (MATOS, 2002). Para RASCH & COLABORADORES (1991) os músculos do manguito rotador são compostos pelo redondo menor, infra-espinhal, supra-espinhal e subescapular. Os mesmos músculos determinados por BLEVIN (2000).
    O manguito rotador tem a função de fixar a articulação glenoumeral, contribuindo para a estabilização articular (HALL, 1993; RASCH & COLABORADORES, 1991). WANG et al. (2000) informam que os voleibolistas são predispostos para se machucarem nos rotadores do ombro. O motivo é que os atletas realizam uma rotação externa e interna do ombro no saque e na cortada por muitas vezes (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).
    A maneira eficaz de prevenirmos as contusões nos músculos rotadores consistem de sessões de força e de flexibilidade (WANG et al., 2000; WANG & COCHRANE, 2001). Para CHIAPPA (2001) os jogadores de ponta atacam mais, merecendo mais atenção no trabalho de força para os ombros. CIBRARIO (1997) indica os seguintes movimentos articulares no trabalho de força para prevenir as lesões no manguito rotador: rotação externa do ombro acompanhado da rotação externa da cintura escapular (CE) , rotação interna do ombro acompanhado da rotação interna da CE , elevação do ombro acompanhado da rotação externa da CE em seguida acontece elevação da mesma (hiperelevação do ombro), abdução do ombro acompanhado e rotação externa da CE, adução do ombro acompanhado rotação interna da CE, extensão do ombro acompanhado da rotação interna da CE e abdução horizontal do ombro acompanhado da adução da CE.
    BRINER JUNIOR & BENJAMIN (1999) recomendam exercícios de força e de flexibilidade para o manguito rotador, e são: no treino de musculação devemos praticar rotação externa do ombro acompanhado da adução da CE, rotação interna do ombro acompanhado da abdução da CE. No trabalho de flexibilidade, uma ação para cima e para baixo segurando uma toalha com o intuito de alongar os músculos da rotação interna e externa (similar ao enxugar as costas com uma toalha) (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999).

Contusões na mão dos jogadores de voleibol
    As contusões nas mãos representam pequena porcentagem nos jogadores de voleibol (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). Os jogadores recreacionais machucam mais as mãos no bloqueio e no levantamento por causa da hiperextensão dos dedos, geralmente a mão esquerda é a mais lesionada em todos os fundamentos (BHAIRO et al., 1992).
    Enquanto que os profissionais contundem-se mais as mãos no bloqueio e no levantamento em virtude de uma inadequada técnica das mãos na execução do fundamento (BHAIRO et al., 1992). Nos atletas, a mão direita é a lesionada com mais freqüência em qualquer fundamento (BHAIRO et al., 1992).
    Segundo BHAIRO et al. (1992), os jogadores recreacionais e competitivos contundem-se as mãos nos respectivos fundamentos: 37% no levantamento, 36% nas bolas batidas no bloqueio, 18% na defesa de peixinho e 8% na cortada. Enquanto que os jogadores de dupla machucam os dedos cerca de 4% e os da quadra, em torno de 18% (AAGAARD et al., 1997). Os tipos de lesão nas mãos são constituídas por deslocamentos e luxações (39%), fraturas (25%), machucados (16%), deslocamentos (12%) e outros (BHAIRO et al., 1992). Sendo que 44% das lesões envolvem os dedos (BHAIRO et al., 1992). As principais regiões anatômicas lesionadas são: metacarpofalângica (38%), a articulação interfalângica proximal (17%), a articulação radiocárpica (8%) e outras (BHAIRO et al., 1992).
    A prevenção da lesão nas mãos infelizmente não existe.

Contusões na coluna vertebral dos voleibolistas
    Nos atletas de voleibol acontecem 14% das lesões na coluna vertebral (BRINER & BENJAMIN, 1999). As contusões na coluna vertebral podem ser crônicas ou ocasionam o fim da carreira do jogador (GHIROTOCC & GONÇALVES, 1997). A lesão mais comum é a hérnia de disco (BRINER & KACMAR, 1997). Embora observamos poucos estudos sobre as lesões na coluna vertebral.
    A prevenção das dores nas costas é através do aumento da força dos músculos posteriores do tronco (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999). A AVCA (1997) indica todos os exercícios de musculação que movimente os ombros porque conseqüentemente acontece ação da cintura escapular, fortalecendo a musculatura das costas e possibilitando que o jogador de voleibol tenha menos chance de ter problemas na coluna. Outros exercícios imprescindíveis para a coluna vertebral são os abdominais (AVCA, 1997) porque eles nos beneficiam no equilíbrio postural e atenua a pressão intradiscal, decorrente de uma pressão intraabdominal aumentada (COSTA, 1996). Para atletas com dores na coluna vertebral, ZATSIORSKY (1999) prescreve exercícios abdominais com isometria.
    A AVCA (1997) considera fundamental atividade de alongamento para prevenir ou amenizar as dores nas costas dos voleibolistas. Greve (1995) acrescenta sessões de natação e caminhada para pessoas com algias na coluna, com cargas leves para proporcionar resistência muscular para o paciente.
    As dores na coluna vertebral também podem reduzir com a diminuição dos saltos do jogador e na queda do atleta em superfícies macias (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).

Conclusão
    As principais lesões no voleibol localizam-se no tornozelo, joelho, ombro, nas mãos e na coluna vertebral. Para prevenirmos ou amenizarmos a literatura indica redução da carga de treino, prescrever sessões de força e de flexibilidade. Entretanto, este artigo teve uma limitação, foram encontradas poucas referências e as lesões não estão relacionadas conforme a função tática (meio de rede, levantador) e específica (meio de rede que atua em todos os fundamentos, exceto no ataque dos 3 metros e na recepção do saque), e não são apresentadas de acordo com a categoria do atleta (mirim, infantil, profissional). Para futuras pesquisas, recomenda-se que as limitações dessa revisão sejam investigadas.


































A essência do Treinamento Funcional



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre A essência do Treinamento Funcional.

 

O functional trianing, ou treinamento funcional, é uma técnica de treinamento físico fulcrada no desenvolvimento de um sistema neuromuscular integrado, cujo objetivo principal é tornar o corpo humano uma máquina de locomoção mais eficiente.

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A maior virtude do functional training é a notória percepção de como a máquina "corpo humano" funciona. Há muitos anos, mantém-se uma cultura de treinamento voltada ao ganho de massa, à hipertrofia, à queima de calorias e, quase sempre, o fator qualidade de movimento é negligenciado.

O functional training surge exatamente da necessidade de se suprir a carência existente na integração dos movimentos do corpo quando da realização de exercícios. Com base nisto, parte da premissa de que o corpo humano é uma máquina criada para trabalhar em constantes ciclos de estabilidade e/ou mobilidade, variando conforme a área do corpo trabalhada no momento.

Assim, os maiores responsáveis por todo o suporte dessa cadeia cíclica são os músculos da parede abdominal que se estendem posterior e conjuntamente com os músculos estabilizadores da coluna lombar, conectando as atividades dos membros superiores com as atividades dos membros inferiores.

Funcionalmente falando, nenhuma atividade seria realizada em nosso corpo, caso estes músculos estabilizadores não trabalhassem eficientemente para que os membros, tanto inferiores quanto superiores, pudessem executar suas funções.

Com essa noção, é possível notar que o desenvolvimento da estabilidade do tronco é essencial para o desenvolvimento de qualquer atividade física, desde as simples, como caminhar, correr, sentar, levantar, agachar, subir e descer escada, às complexas, como a prática de esportes recreativos e de alto rendimento.

Para trabalhar-se o tronco, utilizamos algumas ferramentas de trabalho que conjugam o estímulo de estabilidade aos músculos que tem como funcao principal "estabilizcao" e prtotecao da espinha dorsal:

Bridges (pontes) - Exercício educativo de ativação muscular dos extensores do quadril, estimulando os músculos estabilizadores da cadeia posterior do tronco; (assistir vídeo)

Core Hold (estabilização de tronco com transição) - Exercício educativo cuja finalidade é ativar a musculatura da cadeia anterior do tronco. A parede abdominal aqui tem a função de prevenir a hiperextensão da coluna lombar. O trabalho em transição é um estimulo a mais para que os músculos da parede permaneçam executando sua função em movimento; (assistir vídeo)

Monster Walk (Passada Lateral) - a resistência oferecida pela liga exige que os estabilizadores do ombro sejam ativados, enquanto que os extensores da espinha dorsal mantêm estável o movimento, auxiliando também na estabilização da escápula durante a execução da passada lateral, onde ocorre recrutamento dos músculos do quadril; (assistir vídeo)

Airplane (Avião) - Exercício de estabilidade do tronco e dos ombros e de mobilidade para a articulação do quadril. Adotando uma posição em forma de "T", o exercício é executado unilateralmente com elevação de uma das pernas, algo como um pêndulo. Este é um dos exercícios mais funcionais dentre os existentes, pois, num mesmo movimento, realiza a ativação dos estabilizadores da escápula, dos extensores da coluna dorsal, dos músculos mobilizadores e dos estabilizadores do quadril. É um incrível estímulo proprioceptivo a toda cadeia posterior do sistema neuromuscular locomotor; (assistir vídeo).

Eis, portanto, uma pequena amostra do que o Functional Training pode oferecer. Um sistema neuromuscular locomotor mais eficiente se mostra primordial para o bom desempenho de qualquer atividade. Na maioria dos casos, um simples trabalho de autoconsciência corporal é o essencial para que se alcancem ganhos consideráveis de rendimento físico.


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A importância do abdomen bem trabalhado



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre A importância do abdomen bem trabalhado.


O desenvolvimento da parede abdominal constitui um dos objetivos básicos da maioria dos programas de exercícios de condição física geral. No entanto, muitos indivíduos têm como único objetivo ter uma "barriga de tanquinho", e não sabem o porque da importância de ter uma musculatura abdominal bem desenvolvida. Na mulher, o trabalho abdominal assume particular destaque, nomeadamente após algumas condições específicas da mulher, tais como a gravidez e parto, devendo, no entanto, ser encarado com certo cuidado, dado ao fato de estar associado ao aumento da pressão intra-abdominal e ao possível desencadeamento da condição clínica de incontinência urinária de esforço.

ANATOMIA DA MUSCULATURA ABDOMINAL

O abdômen humano é a parte do tronco entre o tórax e a pelve (quadril). É a maior cavidade que temos no nosso corpo. Ele "guarda" a grande maioria dos órgãos, como o estômago, intestino delgado, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, rins, bexiga, útero, óvarios; além da arteria aorta abdominal e da veia cava inferior. O abdomên não apresenta arcabouço ósseo, tendo suas estrutura composta por paredes musculares. Apenas a parte posterior é formada pelas vértebras, de T12 até a última sacral, pois há uma continuidade entre o abdomên e a pelve.


O abdômen se subdivide em reto abdominal, os oblíquos interno e externo do abdômen e o transverso do abdômen.

O reto abdominal segue pelas quinta, sexta e sétima costelas e o processo xifóide do esterno à sínfise púbica. Ele flexiona as colunas lombar e torácica. Ou seja, ele realiza a flexão do tronco e do quadril.
O obliquo externo do abdômen segue entre os ângulos inferiores das últimas oito costelas ao ângulo externo da metade média da crista ilíaca. Ele flexiona contralateralmente (para o lado oposto) e faz a rotação das colunas lombar e torácica. O oblíquo interno do abdômen segue entre o ângulo exterior do meio dos dois terços da crista ilíaca e as sétima, oitava e nona costelas. Ele flexiona e, ipsilateralmente (para o mesmo lado), faz a rotação das colunas lombar e torácica.

O transverso do abdômen segue entre as seis costelas inferiores e a metade média do ângulo interno da crista ilíaca, a linha Alba (formada pela face sobreposta dos músculos abdominais) e o púbis. Sua principal função, envolvendo a coluna vertebral, é a de auxiliar a rotação lateral ipsilateral das colunas torácica e lombar. Além de promover a contenção dos órgãos e vísceras e auxiliar o diafragma no movimento respiratório.

A musculatura abdominal é responsável pela manutenção de nossa postura, associada à ação dos músculos eretores da coluna e dos membros inferiores. Alterações no padrão de força dessa musculatura podem prejudicar a postura, facilitando o aparecimento de eventuais problemas posturais e dores associadas.
  
Importância do Diafragma

O diafragma é um músculo estriado esquelético em forma de cúpula e é o principal responsável pela respiração humana (também é auxiliado pelos músculos intercostais e outros músculos acessórios); serve de fronteira entre a cavidade torácica e a abdominal; está coberto pelo peritônio em sua face inferior, e é adjacente à pleura parietal em sua face superior.

O diafragma possui tendões periféricos que se ligam anteriormente ao osso esterno ou ao processo xifóide do esterno; lateralmente às seis costelas inferiores (7ª, 8ª, 9ª e 10ª costelas, e ápices das 11ª e 12ª que são as costelas flutuantes) e às cartilagens costais correspondentes; e posteriormente às três vértebras lombares superiores.
Dos ligamentos periféricos saem feixes musculares que correm radialmente para unir-se no centro tendíneo. Os feixes musculares formam uma lâmina contínua, mas mesmo assim a musculatura do diafragma é dividida em três partes:
- a parte esternal, fixada na parte posterior do processo xifóide do esterno.
- a parte costal, cujos feixes se ligam às cartilagens costais inferiores e às costelas correspondentes. A lâmina muscular da parte costal se arruma de modo a formar um desenho "semi-esférico" como uma concha, que será as cúpulas diafragmáticas direita e esquerda.
- a parte lombar, que se liga às três vértebras lombares superiores, e forma os pilares diafragmáticos direito e esquerdo, que sobem para o centro tendíneo.
Superiormente ao diafragma, há os ligamentos frenicopericárdicos, que ligam a base do pericárdio à face superior do diafragma.

Aberturas no diafragma

Caso não houvesse aberturas no corpo do diafragma, o tórax seria totalmente isolado do abdómen. Contudo, existem algumas aberturas necessárias para permitir a passagem de certas estruturas, são elas:
o forame da veia cava, que se localiza no centro tendíneo do diafragma.
o hiato aórtico, estrutura que passa posteriormente ao ligamento arqueado mediano. Este hiato não chega a perfurar a musculatura do diafragma, e passa entre as vértebras torácicas inferiores e o diafragma.

Movimento do diafragma

Durante a inspiração, a cúpula diafragmática se contrai e desce, reduzindo a pressão intratorácica e comprimindo as vísceras abdominais. Esta manobra auxilia a entrada do ar nos pulmões e também a circulação sanguínea na veia cava inferior (que passa pelo forame da veia cava no diafragma). A descida do diafragma resulta também no aumento do diâmetro vertical do tórax.
Na expiração ocorre o processo inverso, o diafragma relaxa e sobe, aumentando a pressão intratorácica e expulsando o ar dos pulmões.
Seus movimentos são importantes para a tosse, espirros, parto e defecação.

ENTENDENDO A EFICIÊNCIA DOS EXERCÍCIOS ABDOMINAIS

Para melhor entendermos como trabalhar o músculo abdominal é preciso primeiramente saber como ele é constituído em relação as suas fibras musculares e qual tipo de contração é mais eficaz para essa musculatura.
As fibras musculares esqueléticas diferem-se quanto ao tempo que levam para se contrair, podendo haver uma diferença de até cinco vezes mais tempo no estímulo e resposta de contração, se compararmos as fibras de contração lenta com as rápidas.
As fibras musculares lentas estão adaptadas à realização de trabalho contínuo, possuem maior quantidade de mitocôndrias (organelas responsáveis pela produção de energia), maior irrigação sanguínea e grande quantidade de mioglobina, capaz de estocar bastante oxigênio. As fibras rápidas, por sua vez, são pobres em mioglobina, estão presentes em músculos adaptados à contrações rápidas e fortes.
O abdomên por ter grande função de sustentação do corpo humano, mantendo o tronco ereto contra a gravidade, tem sua em sua composição uma maior quantidade de fibras lentas, porém é sabido que também tem muitas fibras rápidas, responsáveis pelos movimentos dinâmicos e velozes realizados pelo tronco e quadril, principalmente quando nos referimos aos desportos e atividades físicas.

No que se refere à contração muscular, devemos saber que existem dois tipos de contrações musculares: contração isotônica e contração isométrica.

A contração isotônica refere-se a uma contração em que um músculo encurta enquanto exerce uma força constante que corresponde à carga que está sendo erguida pelo músculo. Divide-se em concêntrica e excêntrica. Na concêntrica a contração vence a resistência e há o encurtamento muscular e na excêntrica a resistência vence a contração havendo o alongamento muscular.
A contração isométrica refere-se a uma contração em que o comprimento externo do músculo não se altera, pois a força gerada pelo músculo é insuficiente para mover a carga à qual está fixado. No corpo, a maioria das contrações é uma combinação de ambas contrações.

Ambos os estímulos são utilizados pela musculatura abdominal em nosso dia-a-dia. Então devemos trabalhar este grupamento muscular em sua especificidade, ou seja, devemos realizar exercícios dinâmicos e estáticos, para trabalhar todos os tipos de fibras musculares e nos prepararmos para as condições mais diversificadas do nosso cotidiano.

 Como Obter um Abdômen Definido

Primeiramente, é preciso avaliar a quantidade de gordura sobre os músculos abdominais (ou, em termos mais simples, o tamanho da "barriguinha"), pois como sabemos, é possível definir o abdômen com a prática de exercícios abdominais, porém a definição ficará escondida pela camada de gordura.
Se for o caso, deve-se avaliar a possibilidade de um programa de emagrecimento, associado a exercícios aeróbios, além de outros exercícios para promover a perda de peso. A prática de exercícios físicos ajudará na queima de calorias de maneira global, permitindo assim a diminuição do percentual de gordura na região abdominal, tornando a definição abdominal bem visível.

Na hora de escolher qual tipo de abdominal realizar, devemos ter em mente que o abdômen é um músculo como outro qualquer do nosso corpo, ele precisa do estímulo mais adequado, seguido de repouso e supercompensação para então desenvolver. Com isso, deve-se trabalhar esta musculatura como um todo, trabalhando todas as partes do abdômen, realizando os movimentos naturais de cada segmento muscular (flexão do tronco, flexão do quadril, flexão associada à rotação do tronco, flexão lateral do tronco), Uma outra área do abdômen de grande importância, que a maioria das pessoas freqüentemente se esquecem é o abdômen transverso. Esta parte do abdômen tem grande importância na respiração, na contenção de vísceras e órgãos, e no aumento da pressão intra-abdominal, que é uma força resultante da pressão do abdômen e do diafragma, que protegem a coluna lombar contra a pressão intra-discal, efeito nocivo exercido sobre a coluna pela força da gravidade.

O abdômen transverso é desenvolvido através de exercícios respiratórios e posturais, realizados de forma voluntária e consciente, através de atividades como yoga, tai chi chuan, pilates, rpg, entre outros.

O restante da musculatura abdominal deve ser trabalhada em dias alternados, ou separar a fase de treinamento intercalando as áreas do abdômen a serem trabalhadas. Numa fase do treinamento é aconselhável utilizar um volume grande com pouca intensidade, ou seja, muita repetição e praticamente nada, ou muito pouca sobrecarga. E numa outra fase do treinamento, deve-se diminuir o volume e aumentar a intensidade, invertendo todo o processo. Em relação à velocidade de execução do movimento, deve-se trabalhar com baixas velocidades no intuito de gerar um estímulo tênsil, para hipertrofiar o abdômen – neste caso, a fase excêntrica deve ser bem mais lenta que a fase concêntrica, numa escala de 2:1 ou 3:1 – e usar velocidade média a alta, no intuito de gerar um estímulo metabólico e de resistência da musculatura. Também é aconselhável desenvolver a força estática da musculatura, através de sustentação em flexão do tronco e quadril, assim como através de exercícios posturais.

Realizando os exercícios regularmente e conseguindo diminuir o percentual de gordura abdominal, você terá um abdômen definido e bem desenhado, promovendo uma boa postura, uma boa capacidade respiratória, um bom equilíbrio na relação postural no que diz respeito à região anterior e posterior do tronco, assim como também terá um melhor controle urinário, por ter bem desenvolvido a musculatura do assoalho pélvico.

RISCOS DA GORDURA LOCALIZADA NA REGIÃO ABDOMINAL

Um estudo cientifico constatou que pacientes ignoram que gordura abdominal aumenta risco de enfarte – A maioria dos pacientes, e até mesmo alguns médicos, não sabe que a circunferência da cintura é um importante fator de risco para doenças cardíacas, que matam 17 milhões de pessoas todos os anos no mundo. Uma pesquisa internacional divulgou que apenas uma minoria dos pacientes e que cerca de 60% dos médicos sabem que, quanto maior a cintura, maior o risco de ter um enfarte.
Uma cintura de mais de 88 cm para mulheres e 102 cm para homens, considerando a América do Norte, representa um risco maior de doença cardíaca. Os números são ligeiramente menores para as Américas Latina e Central, para o Oriente Médio, para a Índia e para a Ásia, com 80 cm para mulheres e 90 cm para os homens.

O sobrepeso e a obesidade são calculados pelo índice de massa corporal (IMC), obtido pela divisão do peso em quilos pela altura em metros ao quadrado. Um IMC acima de 25 representa sobrepeso, e acima de 30, obesidade. Mas a circunferência da cintura tem se mostrado um indicador mais preciso, porque também está ligada a outros fatores de risco como o colesterol alto, a diabete tipo 2 e a hipertensão.

Mais de metade dos pacientes sob risco de doenças cardíacas disseram que nunca foram informados por seu médico sobre a ligação entre a gordura abdominal e o risco elevado de problemas cardíacos.
Os cardiologistas estão vivamente interessados no problema da obesidade. Não que antes eles não estivessem preocupados, mas é que os últimos achados científicos mostram claramente que o excesso de gordura no abdômen (e em particular dentro do abdômen) é um dos fatores mais importantes para o infarto do miocárdio e o derrame cerebral.

De acordo com esses estudos, se no Brasil hipoteticamente ninguém tivesse excesso de gordura no abdômen, haveria uma redução de 45% no número de infartos.

E por que esse tipo de gordura causa problemas cardiovasculares? De uma maneira didática, porque, em excesso, as células de gordura abdominal produzem substâncias que podem causar hipertensão arterial, diminuição do colesterol bom, aumento os triglicérides e diabetes, entre outras alterações que são grandes fatores de risco cardiovascular.

Tenha Exercícios de Treinamento Funcional