Historicamente, a fisioterapia e a enfermagem, durante muito tempo, foram dois exemplos de semiprofissões ou atividades paramédicas que nasceram de um processo de especialização vertical ou indireta, que mais tarde desenvolveram o seu próprio campo de competência. O processo de especialização teve como partida o componente auto-defensivo, defendendo o seu campo de competência e delimitando sua responsabilidade e área de atuação. O processo de especialização médica e em particular da fisioterapia, não pode ser visto apenas como um produto de estratégia profissional nem como um reflexo direto do desenvolvimento científico e técnico. Desde a primeira metade do século XIX, nos países europeus mais evoluídos e nos EUA, começaram a ser adotadas com relativa rapidez e precisão algumas importantes descobertas no campo das ciências e técnicas biomédicas. Os fatores que influenciaram o processo de especialização foram primordialmente induzidos pela procura da especialidade. Na última década do século passado, houve uma aceleração das mudanças na prática esportiva. Consolidou-se a idéia de esporte como direito de todos. Grupos até então pouco atendidos na questão da atividade física ganharam mais atenção. Como exemplos desta transformação, temos a terceira idade e os portadores de deficiência. As áreas ligadas aos esportes e à reabilitação dos atletas têm crescido significativamente, devido à profissionalização desses campos. A fisioterapia esportiva no Brasil serve como referência para os demais países do mundo, apesar dos poucos recursos tecnológicos que dispomos no momento devido ao seu alto custo. Nivaldo Baldo foi um dos precursores da Fisioterapia esportiva no Brasil foi o primeiro profissional a aplicar os princípios da fisioterapia nas práticas esportivas, desenvolvendo novas técnicas de hidroterapia na prevenção e recuperação de lesões. Deu inicio ao trabalho isocinético em fisioterapia, desenvolvendo aparelhos isocinéticos e de cinesio/mecanoterapia junto a empresas nacionais. Introduziu uma nova técnica de recuperação pós-operatória de joelho, e foi o primeiro profissional brasileiro a levantar a discussão sobre exercícios provocativos em lesões musculares e articulares. A fisioterapia capacita o ser humano a se recuperar de seqüelas adquiridas por doenças e traumas, tanto após uma cirurgia quanto um traumatismo. O objetivo principal da fisioterapia desportiva é devolver o atleta a sua prática esportiva o mais breve possível dentro dos limites fisiológicos após uma lesão. O conhecimento das propriedades fisiológicas de cada fase é extremamente importante para o fisioterapeuta realizar um melhor diagnóstico e assim poder direcionar o tratamento a ser executado em todo e qualquer tipo de lesão. Isto serve como base para a melhor compreensão dos processos patológicos e assim indicar e utilizar as melhores ferramentas para o tratamento. Em qualquer lesão, ocorrem eventos fisiológicos específicos em resposta ao traumatismo. Cabe ao fisioterapeuta reduzir a gravidade desses efeitos fisiológicos, otimizar o tempo de cicatrização e devolver o atleta à competição o mais cedo possível sem comprometer seu bem-estar. Os objetivos principais e/ou rotineiros, de um programa de fisioterapia incluem: • melhora do quadro sintomatológico; • aceleração cicatricial; • melhorar mobilidade articular; • ganho de ADM; • melhorar resistência muscular; • restabelecer a propriocepção; • retorno aos esportes. O uso de várias modalidades pode ser essencial no controle e na redução dessas respostas, permitindo ao atleta iniciar precocemente os exercícios de amplitude de movimento e de fortalecimento. O uso dos protocolos de reabilitação preestabelecidos como diretrizes para a progressão do atleta através do programo de reabilitação pode ser valioso. Os protocolos deverão fundamentar-se em princípios derivados da pesquisa sobre o tempo de cicatrização e cinemática articular. Entretanto, os protocolos de reabilitação são apenas diretrizes e os indivíduos toleram a dor diferentemente e cicatrizam com ritmos variáveis. O avanço da reabilitação no atleta deverá basear-se na avaliação diária do fisioterapeuta quanto aos relatos subjetivos e achados objetivos. A progressão de uma fase para outra somente deverá ocorrer depois que o atleta alcançou os objetivos esboçados na fase atual. Um dos mais graves problemas do atleta e do esportista de uma maneira geral é o seu retorno tardio e o medo de reiniciar sua atividade esportiva. Com isso, a fisioterapia desempenha cada vez mais um papel importante para a autoconfiança do atleta em retornar ao esporte de forma rápida e segura, sem riscos de novas lesões; uma vez que o treinamento do gesto esportivo incorpora-se ao tratamento na fase final, onde o atleta juntamente com o fisioterapeuta e o treinador entram em acordo com relação às atividades propostas. O tratamento fisioterápico tem evoluído muito nos últimos anos, a fisioterapia esportiva vem ganhando destaque com a 'explosão' de grandes atletas que contam a cada dia com mais tecnologia e avanços na área médica. As intervenções iniciais, as diversas fases de recuperação e um bom treino proprioceptivo são "a chave da vitória" no quadro esportivo. Um exemplo conhecido foi a lesão capaz de afastar "para sempre" o fenômeno sagrado do futebol, Ronaldo, que felizmente teve seu retorno brilhante graças à fisioterapia e sua disciplina de treinamento. Antes de iniciar um programa de reabilitação, o fisioterapeuta, o técnico e o atleta deverão elaborar um conjunto de objetivos a curto, médio e em longo prazo baseados na lesão do atleta ou no procedimento cirúrgico realizado e na necessidade da competição. Reforça-se desse modo, a importância da participação do profissional de fisioterapia em equipes multi-profissionais de treinamento esportivo, o diagnóstico precoce das alterações posturais e a adoção de medidas profiláticas efetivas podem prevenir a ocorrência de lesões desportivas, bem como, contribuir para o aumento da performance do atleta. A Fisioterapia esportiva trabalha com um programa individualizado e dinâmico de exercícios prescritos para prevenir ou reverter às seqüelas, combinando exercício e as modalidades terapêuticas com a finalidade de restaurar os atletas ao seu nível normal de atividade. A reabilitação esportiva não inclui apenas a restauração completa do desempenho irrestrito, mas se esforça também para um nível de condicionamento maior do que o nível que o atleta possuía antes da lesão. Nos últimos anos, na área das ciências do esporte na qual a Fisioterapia hoje ostenta inegável posição de destaque, foram responsáveis por uma intensa produção científica na qual o Treinamento e a Reabilitação Excêntrica aplicados à maioria das modalidades esportivas foram temas amplamente pesquisados e esmiuçados, atualmente sendo concebidos como peças fundamentais e imprescindíveis a qualquer programa otimizado de reabilitação e recondicionamento muscular cientificamente embasado. Os recursos fisioterápicos usados são inúmeros: Crioterapia, Hidroterapia, Eletroterapia, Laserterapia, Termoterapia, Mecanoterapia, Cinesioterapia, Compressão Intermitente, Massoterapia, Treinamento Isocinético, Reavaliação e avaliação do plano de tratamento. |
O homem, em seus esforços para melhor entender a mais complexa e sofisticada de todas as criaturas, empregou todo tipo de experimentos, testes, descrições e pesquisas na busca contínua de um auto-conhecimento. A sociedade o treinou, preparou, dissecou e experimentou, mas um entendimento do mecanismo de aceitação do eu e de outros ainda o ilude. (ADAMS e col. 1985).
Parece óbvio que um indivíduo funciona satisfatoriamente dentro de seu ambiente quase em relação direta com a sua habilidade de aceitação de outras pessoas, da capacidade dos outros em aceitá-lo e de sua tolerância em aceitar a si próprio. E, obviamente, isto também vale para a pessoa com deficiência.
Na busca do processo do auto-conhecimento, a psicologia, como uma ciência comprometida com a compreensão do comportamento humano e suas características psicológicas, vem estruturar metodologicamente esse processo.
Aliando esse comprometimento com a questão da deficiência e percebendo a prática esportiva como uma possibilidade de integração e inclusão social, que colabora para a reabilitação física, social e psicológica do indivíduo, cria-se a tríade da psicologia do esporte adaptado para apoiar e complementar esse processo.
Antes da Segunda Guerra Mundial, não se conheciam os jogos organizados sobre cadeira de rodas. Tragicamente, esse advento da história da humanidade fez com que os soldados voltassem aos seus países com seqüelas permanentes. A guerra, com todos os seus horrores, trouxe à pessoa portadora de deficiência algo melhor do que ela possuía anteriormente. Eles eram heróis e tinham respeito por isso.
O pós-guerra criou uma situação de emergência, no que se refere à construção de centros de reabilitação e treinamento vocacional, particulares ou pagos pelo governo, em todo o mundo. Como parte de um vasto programa de reabilitação, os esportes, repentinamente, foram vistos como um auxiliar importante na reabilitação dos veteranos de guerra que portavam uma deficiência. Os programas de esporte com cadeira de rodas começaram em vários hospitais de veteranos nos Estados Unidos. As regras e os regulamentos do basquetebol regular foram adaptados para as necessidades específicas dos deficientes. Foram organizados vários times e com isso o basquetebol tornou-se o primeiro esporte em cadeira de rodas da história. (ADAMS e col.1985) .
À medida que o interesse pelo esporte crescia, a quantidade de participantes deficientes também aumentava. Além dos que ficaram deficientes por causa da guerra, havia as vítimas de acidentes, os seqüelados de poliomielite entre outros.
No ano de 1946, o desempenho das equipes de basquetebol em cadeira de rodas despertou interesse e apoio para a realização dos esportes em geral realizados em cadeira de rodas e, o que é mais importante, estimulou aqueles que viram as equipes em ação a compreenderem que uma pessoa deficiente pode ter força, coragem e habilidade para jogar basquetebol numa cadeira de rodas. Na realidade, não há limite para a capacidade de um indivíduo que seja adequadamente treinado, portanto, ele pode ser considerado uma pessoa normal. Esse pensamento foi a espinha dorsal dos entusiastas dos esportes em cadeira de rodas. (ADAMS e col. 1985)
A América do Sul entrou na arena dos esportes adaptados no final da década de 50, após uma epidemia de poliomielite que atingiu a região em 1957. Em 1960, após as Olimpíadas de Roma, realiza-se o encontro de atletas dos esportes em cadeira de rodas, iniciando-se, assim, as Paraolimpíadas, o segundo maior evento esportivo do mundo.
O esporte é um dos fenômenos socioculturais mais importantes do século XX, mobilizando um grande número de pessoas, materiais, instalações e recursos financeiros, de acordo com Cruz (1989, apud Becker e col. 1998). Para que todos estes recursos possam ser multiplicados, é necessário o sucesso nas competições e este está baseado na produção do atleta.
Becker (1998) afirma que, no esporte, há um momento em que toda a responsabilidade está nas mãos de um só atleta, e este tem a noção da responsabilidade que incide sobre ele e o ato motor que irá executar dentro de alguns segundos. Um destes momentos, por exemplo, é o da execução de um lance livre no basquetebol, em períodos cruciais da partida. Durante o lance livre, o atleta tem alguns segundos para tomar a postura prescrita no regulamento, fazer alguns ajustes táteis com a bola, regular sua ativação interna, bloquear os estímulos ambientais que o perturbam, colocar toda sua atenção no objetivo (fazer a cesta) e, finalmente, realizar o arremesso. Numa situação estressante como esta, os atletas podem apresentar diferentes reações de sucesso ou fracasso.
Uma observação que tem chamado muito a atenção dos treinadores é a diferença de rendimento que alguns atletas apresentam, comparando-se os períodos de treinamento e de competição.
A preparação de um atleta é composta por fatores físicos, técnicos, táticos e psicológicos. Embora estas quatros áreas sejam reconhecidas como importantes para aumentar o rendimento esportivo, devem ser apontadas algumas particularidades. Em primeiro lugar, temos a capacitação e atualização do treinador e, segundo, o equilíbrio psicológico dos atletas. Becker (1998) nos lembra que devemos levar em conta um fator muito importante que é a individualidade, pois cada um tem uma percepção do ambiente que o rodeia. Essa percepção varia de acordo com a personalidade de cada um, podendo haver, portanto, reações diferentes a situações semelhantes.
A questão esportiva incutiu nos pesquisadores o desejo pelo conhecimento sobre o movimento, o comportamento motor. Porém, com o passar dos tempos, notou-se que não apenas o corpo necessitava de um equilíbrio, o que comanda esse corpo também precisava estar envolvido nesse processo. O equilíbrio corpo e mente já se faz presente em quase todas as classes científicas. (CRATTY, 1984).
A personalidade será essencialmente concebida como uma unidade, uma totalidade dinâmica, cujas particularidades cognitivas (relativas às operações do conhecimento: percepção, inteligência, memória), afetivas (relativas à vida emocional, aos sentimentos e ao nível do vivido propriamente dito), conativas (relativas aos fenômenos da vontade ou esforços voluntários) e físicas (relativas ao próprio corpo e ao seu substrato biológico) estão em interdependência. Assim como não há operações intelectuais sem a implicação de sentimentos de êxito ou fracasso, prazer ou aborrecimento, também não existem esforços físicos sem intervenção das discriminações perceptivas e de fatores motivacionais ou de sentimentos. (THILL, 1989)
O ser humano é um ser de desejo e pulsão (FREUD, 1973). É atraído para finalidades invisíveis e tende constantemente a ultrapassar-se. Sendo assim, podemos considerar a afetividade como elemento dinâmico ou energético da personalidade, ou seja, como um conjunto de móbiles que desencadeiam e suportam a ação do indivíduo. (THILL, 1989)
Esses desejos não se diferenciam nas pessoas portadoras de deficiência, que vivenciam as diferenças impostas pela sociedade e se vêem na contingência de superar o estigma que as acompanha. A possibilidade de unir a prática esportiva ao processo de inserção e integração social é um bom indício de que a sociedade está buscando superar as barreiras invisíveis que ela mesma colocou na história do seu desenvolvimento.
No Brasil, os dados estatísticos existentes não são compatíveis com o real número de pessoas portadoras de deficiência, lembrando que aproximadamente 10 mil pessoas ficam deficientes por mês em nosso país. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que 10% da população de um país sejam de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência e que essa porcentagem pode chegar aos 15% em países subdesenvolvidos .
Frente a esses números alarmantes, e com a preocupação da inserção e integração social, busca-se caminhos, além da reabilitação física, que facilitem e fortaleçam a personalidade da pessoa portadora de deficiência. O esporte adaptado é um desses caminhos e vem ganhando espaço, credibilidade e respeito, não somente por parte do próprio portador de deficiência como também da sociedade.
Para o portador de deficiência, a prática esportiva possibilita o conhecimento e a vivência do significado da superação de limites e a confirmação de que ele pode conquistar e viver esse prazer. Esse é um simples convite à vida!
(*) Eliane Assumpção - Psicóloga formada há 15 anos, Mestra em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista no Atendimento de Pessoas Portadoras de Deficiência pela Universidade de São Paulo. Professora de Psicologia Universitária da Alphacastelo. Coordenadora do Depto. de Psicologia da ADD - Associação Desportiva para Deficiente e Psicóloga do Clube Desportivo Magic Hands. Endereço para contato : eliane.a@sti.com.br ou pelo Telefone (0xx11) 3862-7143
Os instrumentos numéricos, são os elementos básicos para a comparação entre os valores obtidos. Os testes são instrumentos para mensuração, e são colocados em prática no momento da obtenção dos resultados por meio dos instrumentos de medida. Os testes podem ser divididos em qualitativos e quantitativos. Os testes qualitativos são aqueles que ostentam as características voltadas para analise das habilidades físicas.
Os testes quantitativos fazem comparação, julgamento e classificação por meio de tabelas estabelecidas previamente. As tabelas podem ser criadas a partir dos resultados alcançados individualmente ou em grupo e comparados por meio de tratamento estatístico. Após a obtenção dos resultados aplica-se a avaliação. Avaliar significa interpretar os resultados, comparando-os com tabelas ou com os resultados extrapolados.
A avaliação possui duas características distintas, estas são a objetividade e a subjetividade. A característica que confere objetividade é efetuada por meio de instrumental padronizado (numérico matemático) estabelecido por normas científicas, ou seja, julga-se utilizando padrões estabelecidos e comprovados. A característica que estabelece subjetividade à avaliação, é efetuada por meio do julgamento pessoal, o qual é impreciso, e desprovido de padrões e ou comprovações científicas, para possíveis comparações.
A avaliação no planejamento é o meio como verificamos o rendimento ou as respostas sobre as atividades aplicadas. Tenta-se averiguar se os critérios preestabelecidos no plano geral de treinamento, festão sendo atingidos durante o processo de treino. A avaliação no planejamento, deve ser dividida por etapas para facilitar o controle e a aplicação. As etapas que compõem a avaliação estão enumeradas abaixo para um melhor entendimento.
1. Definição de atributos.
2. Seleção de procedimentos.
3. Coleta dos dados.
4. Interpretação dos resultados.
5. Conclusão
A definição de atributos é realizada após o planejamento minucioso dos objetivos a serem atingidos, visando determinar o que queremos ou necessitamos medir. A seleção de procedimentos é parte integrante e principal, na ocasião da escolha das técnicas de medidas que serão adotadas e os instrumentos necessários ou seja como medir. A coleta de dados é realizada imediatamente durante a aplicação do teste e visa a catalogação dos resultados obtidos.
A interpretação dos resultados é feita por meio da análise e comparação dos dados obtidos nos testes. estes dados podem ser comparados com dados pessoais obtidos anteriormente, ou mesmo fazer uso de comparação com tabelas de pesquisas de grupos. A conclusão é para que haja a tomada de consciência dos estado atual do indivíduo ou grupo de indivíduos.
A avaliação no planejamento é composta por três fases distintas e compreendidas como: a primeira fase é a diagnóstica, a segunda é a fase formativa e a terceira e ultima é a fase somatória. A fase diagnóstica é realizada logo no início do processo de treinamento e objetiva caracterizar o indivíduo ou grupo a ser trabalhado. Assim como estabelecer as bases para a aplicação dos treinos, sobre bases conscientes de conhecimento do estado atual dos educandos.
A fase formativa é realizada durante o processo de aplicação dos treinos, visa o acompanhamento constante sobre a evolução/involução do indivíduo ou do grupo de trabalho. A fase somatória é aplicada ao final do processo de treinamento e objetiva concluir se a proposta de trabalho ou meta, foi alcançada ou mesmo quantifica-la em percentual.
Os critérios básicos para a seleção de testes são:
1. Validade.
2. Fidedignidade.
3. Objetividade.
A validade do teste relaciona-se ao fato de que devemos saber, se o teste que estamos aplicando, mede realmente aquilo que pretendemos medir. A fidedignidade do teste é obtida, quando da aplicação e reaplicação do teste em condições (grupos, indivíduos) idênticas, dentro de seus padrões diretivos ou protocolos legitimados, não se constata diferenças significativas, nos resultados colhidos.
A objetividade diz respeito ao fato de que independentemente dos indivíduos que aplicam o teste, não há diferenças significativas entre os resultados. Não basta medir, o importante é avaliar, ou seja, julgar e interpretar de forma justa, e além disso aplicar os resultados, visando o aperfeiçoamento da performance. O processo de avaliação é um importante meio para, controlar, transferir conhecimentos e motivar o aluno sobre o seu estado de condicionamento atual.
A avaliação para um grupo específico, visa identificar o indivíduo, dentro do grupo a que ele esteja inserido, e classifica-lo de forma percentual. Quando da identificação pode-se chegar numericamente a um fator de eqüivalência entre o resultado pessoal com o máximo encontrado no grupo.
Para colocarmos em prática a presente forma de avaliação deve-se colher os resultados dos testes em ficha catálogo (veja modelo no quadro 01), identificar o valor mais elevado e classifica-lo numericamente com o valor de 100%.
Quadro 01
Partindo-se dos resultados colhidos, podemos classificar e posicionar os integrantes do grupo em uma escala de valores percentuais do máximo atingido. Para a identificação dos indivíduos dentro do grupo, necessitamos efetuar uma equação simples, a qual esta disposta no quadro 02 abaixo.
Quadro 02
Fórmulas a serem utilizadas:
Quadro 03
A utilização da forma de classificação para grupo específico torna-se individualizada e bastante atraente pelo fato de não utilizar tabelas de outros grupos, tornando-se uma fonte real do estado atual do grupo.
Devemos tomar cuidado com as avaliações, para que as mesmas não se tornem elementos de desmotivação ou acomodação, porque trazem consigo resultados para a tomada de consciência do estado pessoal, que em alguns casos tornam-se barreiras negativas que motivam o desinteresse e a desistência. Atitudes de motivação excessiva, podem ser detectadas por meio da conduta pessoal após a divulgação dos resultados, e pode ser de auto-afirmação, gerando episódios relacionados com afirmações pessoais do tipo: já estou apto.
A desmotivação por meio de atos de autodesprezo, por não acreditar na possível evolução da condição física, produz reflexos de abandono da atividade ou empenho insuficiente durante os treinamentos. Deve-se ficar atento aos possíveis reflexos provocados pelos resultados dos testes, e colocar em prática, atitudes de controle sobre a motivação do comportamento de nossos educandos, para que as medidas e avaliações sejam elementos positivos e de ajuda permanente e racional, no momento da prescrição e aplicação do treinamento
A auto-confiança pode ser definida como a convicção que um atleta precisa ter para executar determinados comportamentos e alcançar com sucesso uma tarefa. A auto-confiança não se refere à habilidade do atleta em si, mas à avaliação que o atleta tem de sua própria habilidade, ou seja, na confiança que ele tem em sua capacidade para lidar com as necessidades do esporte. Esta auto-avaliação pode levar a comportamentos adaptados ou desadaptados.
Atletas com comportamentos adaptados se caracterizam por ter uma alta persistência frente ao fracasso, pelo constante esforço nos treinamentos e competições e pelo prazer de jogar e de executar as tarefas esportivas. Os atletas com comportamentos desadaptados, ao contrário, não se esforçam, fracassam em persistir frente às dificuldades e evitam os desafios. Isto significa dizer que a auto-confiança tem uma relação direta com a performance esportiva.
A auto-confiança deve ser analisada dentro de uma abordagem multidimensional, com aspectos cognitivos, sociais e fisiológicos. Dentro dos aspectos cognitivos (relacionados ao pensamento), um fator extremamente significativo é a percepção de sucesso e fracasso. Uma percepção de competência positiva originada do sucesso, aumenta o esforço do atleta nos treinamentos e competições, enquanto que uma percepção de incompetência advinda de insucessos, aumenta a ansiedade e diminui o esforço do atleta nas tarefas. Assim, deve-se garantir ao atleta a possibilidade de vivenciar o sucesso mesmo quando os resultados esportivos não são os esperados e isto vale também para os treinamentos.
Não se deve terminar os treinamentos com um erro, mas sempre com algo positivo. Isto cria uma perspectiva positiva para o próximo treino e uma conseqüente disposição psicológica e fisiológica adequadas. Esta avaliação cognitiva do atleta, com relação ao seu desempenho, não se constrói de um dia para o outro. Ela acontece durante a vida e tem sua origem na iniciação esportiva. Por isso, os técnicos das equipes de base têm uma importância tremenda na criação de uma percepção de sucesso em seus atletas, pois o que eles aprenderem a ser nas equipes de base refletirá na carreira profissional.
Clima ambiental
Um dos fatores mais significativos que influenciam a auto-confiança é o "clima ambiental" do contexto aonde ocorre a performance. A percepção que o atleta tem do clima ambiental do seu grupo esportivo tem um efeito poderoso sobre a percepção da dificuldade das tarefas a serem executadas e da conseqüente pré-disposição para executar essas tarefas desportivas.
O papel do técnico na criação do clima ambiental dos treinamentos e competições deve ser um importante fator de análise. Dentro do ambiente esportivo existem técnicos que motivam seus atletas segundo um fator competitivo e outros com o que chamamos de um fator de esforço. Como critério de sucesso, o fator competitivo refere-se aos técnicos que acreditam na vitória e o fator de esforço refere-se àqueles que crêem na melhoria do atleta jogo a jogo, onde torna-se cada vez melhor. O mais importante é que o tipo de estrutura motivacional criada pelo treinador seja compatível com a motivação de cada atleta com que ele trabalha.
Assim, um jogador altamente competitivo em um ambiente desafiador fará com que ele se motive cada vez mais para vencer. Ao contrário, um atleta com uma motivação de esforço elevada em um ambiente muito competitivo pode não motiva-lo adequadamente. Os estudos mostram que não há uma vertente melhor do que outra, mas a adoção do ponto de vista competitivo quase sempre leva a padrões desadaptados de comportamento em alguns atletas mais sensíveis, com elevados índices de ansiedade, estresse e maior probabilidade desses jogadores sofrerem contusões e lesões.
Técnicos bem informados sabem que o sucesso não é sinônimo de ganhar jogos e fracasso não é a mesma coisa que derrota. Mais do que isto, o tipo de sucesso mais importante é dar o máximo esforço. A única coisa que os jogadores podem controlar é a quantidade de esforço que eles fazem. Eles têm controle incompleto sobre o resultado, uma vez que este depende de múltiplos fatores. CoachingCoaching (atuar como técnico) é um desafio recompensador.
No entanto, de forma surpreendente, a importância desta atividade é quase sempre subestimada pelos técnicos, atletas e dirigentes. Através do coaching, os treinadores têm a oportunidade de guiar e modelar características dos atletas durante uma fase muito importante de suas vidas. Os técnicos têm um efeito significativo e a longo prazo sobre o desenvolvimento dos atletas principalmente se forem atletas jovens. Isto vale também para os atletas profissionais, uma vez que há um processo de influência recíproca entre o técnico e os atletas enquanto trabalharem juntos.
Não existe uma abordagem única que possa ser aplicada a todos os técnicos. Entretanto, certos princípios devem ser estabelecidos para ajuda-los a criar um ambiente efetivo para os atletas. Para *****prir este papel, o treinador precisa seguir uma abordagem positiva para influenciar o comportamento dos atletas. A abordagem positiva envolve o uso de elogios e encorajamento como uma tentativa de fortalecer e trazer comportamentos desejáveis. A abordagem negativa, ao contrário, usa várias formas de punição como uma tentativa de eliminar comportamentos indesejáveis.
Pesquisas indicam que abordagens negativas em geral geram estresse, diminuem o prazer do atleta pelo esporte e produzem antipatia para com o técnico. Recomenda-se o uso liberal de reforço para o esforço e para a boa performance. O reforço também é recomendado como uma forma de estabelecer e fortalecer suporte entre os companheiros de time e obediência às regras da equipe. Aos técnicos é recomendável responder aos erros dos atletas com encorajamento e com instruções corretivas mais do que punição.
Quando uma instrução técnica é dada após um erro, o treinador precisa primeiro reforçar o jogador por alguma coisa que ele tenha feito corretamente. A instrução deve ser dada em função do positivo e não das conseqüências do negativo ou do erro. Os técnicos desempenham um papel crítico e central no ambiente esportivo e conseqüentemente na auto-confiança dos atletas. Eles ensinam habilidades esportivas para o domínio do esporte e promovem melhoras no nível de aptidão física. Além disto, o técnico torna-se um adulto significativo na vida do atleta e pode ter uma influência positiva sobre o desenvolvimento pessoal e social, mas para isto precisa ter um estilo positivo de coaching.
É claro que muitos atletas responderão bem às críticas, procurarão melhorar nos aspectos abordados pelo técnico. Entretanto, muitas vezes podemos fazer o atleta responder da mesma forma sem o estresse da crítica e/ou da punicação. Isto não quer dizer que o atleta não deve ter limites. Ao contrário, devem haver normas e regras e estas devem valer para todos, independentemente do status alcançado pelo atleta em sua carreira. A quebra destas normas só deve ocorrer em situações muito especiais.
Este exercício serve para fortalecer a musculatura do ombro. O executante deve estar sentado em uma ca deira sem braços, com as costas retas (apoiadas no encosto) e os pés totalmente apoiados no chão, separados um do outro na largura dos ombros. O exercício deve se iniciar com os braços relaxados ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro (para o próprio corpo). Os braços então devem ser elevados lateralmente durante 3 segundos, até ficarem paralelos ao solo. A posição deve ser mantida por 1 segundo, e então os braços de vem ser abaixados durante 3 segundos, até ficarem extendidos ao lado do corpo novamente (finalizando assim uma repetição). A posição das mãos não varia durante o exercício, tomando como referência o braço. A carga deste exercício pode ser aumentada segurando pesos com as mãos. No caso de a carga estar muito grande, mesmo sem pesos extras, uma estratégia para diminuí-la é fazer uma flexão de cotovelo ao realizar o exercício. Quanto mais longe do corpo está o peso, maior será a força necessária para levantá-lo. Flexionar o cotovelo permite regular a distância da mão ao corpo durante a elevação lateral do membro superior, e, portanto, regular a força necessária para realizar o movimento. Quanto mais flexionado estiver o cotovelo, mais próxima do corpo estará a mão, e menor será a carga do exercício. Um outro ponto importante deste exercício é que ele pode ocasionar dores nos ombros. Ao invés de cessar a atividade, uma alternativa é não elevar os braços tão lateralmente. Quanto mais à frente do corpo forem elevados os braços, menor será a sobrecarga nos ombros, e menor será a carga do exercício. Mas essa adaptação deve ser feita com no máximo com um ângulo de 45º de diferença (à partir desse ângulo o exercício estará mais próximo de uma flexão de ombro, que será descrita mais adiante), e apenas se houver dor durante sua execução.
Resumo:
Este exercício tem por objetivo fortalecer o músculo posterior do braço (tríceps). O executante deve estar sentado em uma ca deira, com os pés totalmente apoiados no chão e afastados um do outro na largura dos ombros. O braço deve ser elevado com o cotovelo flexionado, até que o cotovelo aponte para o teto (como na primeira figura). A mão do braço realizando o movimento deve inicialmente estar próxima ao ombro, com a palma da mão voltada para dentro. O braço deve ser sustentado pela mão do braço oposto, que deve fornecer um apoio logo abaixo do cotovelo (não apoiar na articulação). O cotovelo deve então ser extendido durante 3 segundos, até que fique completamente extendido, de maneira que a mão aponte para o teto. Apenas a articulação do cotovelo deve se movimentar. A posição deve ser mantida por 1 segundo, e então o cotovelo deve ser flexionado (durante 3 segundos), voltando assim à posição inicial (finalizando assim uma repetição). O apoio dado pela mão do braço oposto deve ser mantido durante toda a execução do exercício. Uma maneira de aumentar a carga deste exercício é segurando pesos extras na mão do braço executando o movimento.
Resumo:
Este exercício tem por objetivo fortalecer a musculatura anterior do braço (bíceps) e os músculos do antebraço. O executante de ve estar sentado em uma cadeira sem braços, com as costas apoiadas no encosto da ca deira. Os pés devem estar totalmente apoiados no chão e afastados um do outro na largura dos ombros. O braço deve estar extendido para baixo, ao lado do corpo, com a palma da mão voltada para a frente. O cotovelo deve então ser flexionado, mantendo a posição da mão em relação ao braço ( a articulação do ombro não se mexe, apenas a do cotovelo). Esse movimento deve levar 3 segundos para ser efetuado, e o executante deve tomar cuidado para que seu corpo não se movimente lateralmente durante a flexão de cotovelo. Atingido a flexão máxima, a posição de ve ser mantida por 1 segundo, e o cotovelo deve então ser extendido, voltando à posição inicial, em mais 3 segundos (finalizando assim uma repetição). Para aumentar a carga deste exercício, basta segurar um peso extra na mão do braço realizando a flexão.
Resumo:
Este exercício serve para fortalecer a musculatura dos ombros. O executante deve estar sentado em uma ca deira sem braços, com as costas retas apoiadas no encosto da cadeira. Os os pés devem estar totalmente apoiados no chão e afastados um do outro na largura dos ombros. Os braços devem, inicialmente, estar extendidos ao lado do corpo, com as palmas da mão voltadas para dentro. Os braços devem então ser levantados para a frente durante 3 segundos, mantendo-os extendidos e girando os punhos para que as mão fiquem voltadas para cima. Quando os braços ficarem paralelos com o chão, a posição deve ser mantida por 1 segundo. O executante de ve então descer os braços até a posição inicial, girando novamente os punhos para que as palmas das mãos fiquem voltadas para dentro, o que deve levar mais 3 segundos. Para aumentar a carga deste exercício basta segurar pesos extras com as mãos.
Resumo: 1. Sente em uma cadeira;
Este exercício serve para fortalecer os músculos da parte de trás dos braços (tríceps), das costas, do antebraço e do peito. O executante deve estar sentado em uma cadeira com braços, com o corpo pen dendo levemente à frente, com as costas retas (mas sem encostá-las no encosto da ca deira). O executante deve então segurar nos braços da ca deira, alinhando suas mãos e o tronco, ou posicionando-as levemente à frente do tronco. Os pés devem estar posicionados embaixo da ca deira, com os calcanhares levantados, de modo que o peso dos pés esteja distribuído somente sobre os artelhos ( dedos do pé) e sobre o a parte anterior do pé. Lentamente, o executante deve levantar seu corpo usando os braços, o mais alto que conseguir, tentando manter a posição em que o corpo se encontrava sentado (com flexão de quadril e de joelho). Mesmo que o executante não consiga se levantar, o esforço necessário para tentar é suficiente para fortalecer progressivamente os músculos em questão. O i deal é que os membros inferiores não sejam utilizados para ajudar o movimento de subida, ou ainda que sejam utilizados minimamente. A carga deste exercício po de ser aumentada colocando pesos extras sobre as coxas.
Resumo: 1. Sente em uma cadeira com braços;
Por Adriano Vretaros Força no tênis? Será preciso?, perguntariam os mais céticos em relação ao título do artigo. Iniciei o texto com esses dizeres pelo fato de o conceito de força ainda não se encontrar arraigado no meio do tênis, levantando com isso a algumas especulações e mitos. Entre muitos, o que mais ouço é em relação ao ganho de massa muscular, que tornaria o biotipo do tenista mais para um fisiculturista, podendo prejudicar sua performance em quadra. Um trabalho de força realizado quer seja na sala de musculação ou na quadra, se bem orientado, não causaria nenhum excessivo ganho de massa muscular e muito menos alteraria drasticamente o biotipo. É preciso frisar que um aumento na força não implica necessariamente em aumento de massa muscular. Por exemplo, vocês já devem ter visto em uma sala de musculação aquele sujeito magro levantando quase o dobro do peso em relação ao colega que possui uma grande massa muscular. Pois é! Isso significa que o sujeito "forte" é o magro e não aquele dotado de massa muscular. Como se explica esse fato? A explicação reside no fato de que o indivíduo magro possui uma capacidade de recrutar um maior número de unidades motoras do seu sistema neuromuscular. Portanto, neste artigo tentaremos explicar e abordar melhor alguns aspectos ligados à força na preparação física dos tenistas. Os tipos de força A força vista na lei da Física é igual a todo aquele agente capaz de atribuir aceleração a um corpo. Já a força empregada na ação humana esportiva relaciona-se a uma atividade do sistema nervoso central, que permite nosso aparelho locomotor a reagir aos estímulos externos mediante a utilização da tensão muscular. A qualidade da força que é utilizada na preparação física dos jogadores de tênis é muito diferente do que se emprega em fisiculturistas. O trabalho de preparação de força no tênis visa aprimorar o recrutamento neural do músculo, como também suas propriedades elásticas, permitindo com isso uma melhor reação do músculo às forças de ação contrária. Segundo especialistas russos na área de treinamento de força, a mesma é subdividida em: resistência de força, força máxima, força explosiva, força rápida, força de impacto, força de tração, entre muitas. No jogo de tênis, a força manifesta-se na forma de resistência de força rápida, força explosiva e força máxima. Porém, no aspecto metodológico não bastaria apenas isso. É preciso criar condições para que estas manifestações da força possam ser transferidas para o movimento esportivo da modalidade. Para tanto, existe uma seqüência pedagógica de evolução do trabalho de força que pode ser empregado no tênis. Resistência muscular localizada O primeiro trabalho de força a ser desenvolvido é o da resistência muscular localizada, que objetiva criar condições nas estruturas musculares para permitir que o corpo do jogador suporte ações de longa duração e prevenir futuras lesões. Normalmente, esse tipo de trabalho pode ser feito na sala de musculação ou em um sistema de circuito, utilizando-se de quase toda a cadeia muscular agonista e antagonista, através de exercícios contendo muitas repetições e cargas baixas. Tais exercícios contribuem para reforçar os músculos que poderiam estar mais débeis e adequar grande parte da musculatura geral. A resistência muscular localizada propicia uma adaptação anatômica primária nas estruturas musculares para o trabalho de força que virá posteriormente. É muito utilizada na pré-temporada. Força máxima O segundo tipo de trabalho de força tem como premissa o fato de que somente com esforço máximo é que se pode adicionar cargas mais intensas. Vale ressaltar que este tipo de treinamento não se aplica para os atletas iniciantes. O treinamento de força máxima só pode ser iniciado em adolescentes após os 14 anos de idade sob a orientação de um especialista. O desenvolver da força máxima permitirá ao tenista transferir a força solicitada nos treinos em picos de aumento na potência. Devido às cargas serem muito próximas ao esforço máximo (85-95%), acabam ocasionando uma grande descarga de ativação neuromuscular que permite melhorar a coordenação intra e intermuscular. Resistência de força rápida Uma particularidade muito importante do jogo de tênis é que durante uma partida de profissionais são executadas uma média de 800-900 batidas (dependendo do tempo de duração do jogo). Esse fato, por si só, justifica o treino da valência resistência de força rápida, que permitiria ao jogador executar as batidas por um longo período de tempo (resistência), sem perder a velocidade de execução da sua ação motora (força rápida). Este tipo de trabalho pode ser efetuado na quadra através do uso de exercícios com a medicine-ball. Também, pode-se utilizar de raquetes adaptadas em um jogo-treino simulado. Força explosiva O saque que se converte em um ace denota a presença de uma grande força explosiva do tenista. A realização de um topspin implica no emprego da força explosiva. O treino de força explosiva requer tempo e cuidados especiais. A questão tempo é no sentido de que os períodos de recuperação dos exercícios em uma sessão de treinamento da força explosiva devem ser totais e quase nunca parciais. Já os cuidados especiais referem-se ao grande risco de lesões, se por ventura o trabalho não for bem conduzido ou a estrutura física do jogador estiver deficiente. No tenista, a força explosiva não deve ser limitada aos trabalhos nos membros superiores (braços), pois os membros inferiores (pernas) requerem o uso da força explosiva. Isso acontece principalmente nos jogadores que realizam constantes subidas à rede, como os de saque-voleio. Enfim, o trabalho de força no tênis torna o jogador apto a reagir a golpes potentes, assim como proporciona uma melhora no seu potencial de ação motora. Somando-se a isto, pesquisas constatam que um trabalho de força desenvolvido ao longo da temporada serve como um elemento preventivo contra eventuais lesões. |