terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A prática esportiva previne doenças?



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre A prática esportiva previne doenças?.

Mariah Simonato

É sempre muito importante praticar atividades físicas: seja para a formação social, para se livrar de vícios, seja para o desenvolvimento do corpo e mente, estimulando o raciocínio e reduzindo a ansiedade e estresse. E na prevenção de doenças, a prática física também é válida?

Exercícios simples, feitos regularmente, como pedalar ou caminhar, melhoram a eficiência do coração, pulmão e do sistema circulatório, permitindo ao corpo uma maior circulação de oxigênio e proporcionando uma maior resistência ao organismo. "Várias doenças já foram discriminadas como sendo prevenidas pela prática constante de atividades físicas. Por isso, é sempre válido prescrever exercícios", diz o professor de educação física Sérgio Orofino.

Sérgio Orofino defende que praticar atividades físicas pode combater a hipertensão arterial (pressão alta), a Diabetes do tipo 2 e, principalmente, as cardiopatias. "O hipertenso que pratica exercícios pode vir a deixar de fazer uso de medicamentos antidepressivos. O diabético pode reduzir a ingesta de insulina e as doenças do coração podem ser minimizadas e até evitadas com a prática física", fala Sérgio.

Para o professor Orofino, é importante que antes do indivíduo começar a se exercitar ele faça uma avaliação médica. Tal avaliação será importante para que o exercício adequado seja indicado. Além disso, é necessário que o indivíduo procure uma atividade da qual gosta, pois será mais fácil a sua adesão e dedicação a ela.

"A prática física, quando bem orientada, pode ser uma grande aliada na prevenção de doenças", afirma Sérgio Orofino. "Mas é importante que você não possua nenhuma contra-indicação para os exercícios, uma vez que existem doenças para as quais não se recomenda as atividades físicas", alerta o professor.

Colaboração:
Sérgio Orofino
Professor de Ed. Física
Academia Vitória Sports
(27)3315-6511



terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Reabilitação Cardíaca



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Reabilitação Cardíaca.


A esperança de vida da população aumentou, fruto da melhoria das condições de vida das comunidades. Por outro lado, estamos a comer mais e de uma forma menos saudável, para não falar do fato de o carro, a televisão e o computador nos terem afastado do exercício físico. Como consequência assistimos a um aumento assinalável do número de obesos e da prevalência da doença cardiovascular.

A Reabilitação cardíaca (RC) tem mostrado ser uma valiosa arma terapêutica em indivíduos com doença cardiovascular, nomeadamente no que se refere à capacidade funcional, controlo dos factores de risco global, lentificação do processo aterosclerótico, aumento do limiar de isquémia com melhoria dos sintomas de angina, e mesmo efeitos sobre a mortalidade e novos eventos cardiovasculares. No entanto, continua a ser subutilizada em Portugal, com taxas de referenciação de doentes muito inferiores à média europeia.

O que é a RC?

É todo o processo de desenvolvimento e de manutenção de um nível desejado de actividade física, social e psicológica, após a doença se ter desencadeado. Estudos de metanálises demonstram que os programas de RC baseados no exercício reduzem a mortalidade total em 27% e mortalidade cardíaca em 31%. Actua, ainda, beneficamente ajudando ao controlo dos factores de risco tradicionais, tais como a resistência à insulina, diabetes mellitus, obesidade, dislipidemia e hipertensão. Promove a redução de comportamentos de risco, nomeadamente a cessação tabágica, alimentação saudável e gestão de stresse.

Qual o objetivo de um programa de reabilitação cardíaca (PRC)?

O principal objetivo do PRC é aumentar a qualidade de vida, manter e optimizar a capacidade funcional do paciente, reduzir o risco de doenças cardiovasculares através do exercício físico, educação e aconselhamento. Mas para que os benefícios sejam duradouros, os pacientes têm de ser responsáveis por um estilo de vida saudável e reduzir os factores de risco.

A quem se destina?

Existe uma crença errada de que, após um evento cardíaco, a pessoa deve limitar a sua actividade física, de forma a evitar a recidiva. Os profissionais de saúde devem aconselhar os seus doentes de uma forma simples e pragmática acerca do estado de saúde. Os PRC, inicialmente desenvolvidos nos anos 60, destinavam-se a doentes com enfarte do miocárdio não-complicado. Mais recentemente, o leque de candidatos alargou-se, incluindo, actualmente, doentes submetidos a revascularização coronária, com angina estável, doença arterial periférica, doença valvular, insuficiência cardíaca, portadores de pacemakers ou CDI, ou transplante de coração.

E o médico de família?

O médico de família deve saber que o programa de RC é uma resposta global às necessidades de Saúde do seu doente. Deve envolver os seus familiares mais próximos, para que o doente devidamente enquadrado tenha mais capacidade de fazer escolhas correctas e mantê-las em relação ao estilo de vida, alimentação e observância da terapêutica farmacológica. No capítulo da actividade física o médico de família deverá incentivar os seus doentes, numa fase de estabilidade clínica, a serem activos e realizarem pelo menos 30 minutos de actividade aeróbia na totalidade ou na maior parte dos dias da semana, combinando com treino de força e flexibilidade. De facto, a combinação de exercício com intervenção psicológica e educacional constitui a metodologia mais eficaz de reabilitação cardíaca. Há maior tendência para se frequentar um PRC quando se é referenciado pelo médico assistente.
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