sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Praticando atividade física após tratamento de coluna



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Praticando atividade física após tratamento de coluna.

Para especialistas a prática de exercícios físicos é importante até mesmo para quem apresenta problemas na coluna.

A busca pelo bem-estar através do esporte já é uma prática bastante difundida. Mas, e quando se tem problemas de saúde ou restrições de mobilidade, os exercícios podem ajudar na recuperação e no desenvolvimento dessas pessoas? Ao contrário do que muitos pensam o exercício físico - mesmo no caso de pessoas com problemas de coluna - acompanhado por profissionais ajuda a reabilitar pacientes nessas condições, além de oferecer bom condicionamento.

O pilates, tratamento criado na década de 20 e muito desenvolvido e aperfeiçoado nos dias de hoje, atrai cada vez mais pacientes em clínicas de fisioterapia. A técnica consiste em tratamento, que estimula o fortalecimento e alongamento do corpo, assim como proporciona uma postura adequada e alinhamento articular através do fortalecimento da musculatura estabilizadora profunda.

As atividades realizadas pelo pilates são indicadas como extensão do tratamento de Reequilíbrio da coluna vertebral, no qual o fisioterapeuta utiliza aparelhos para promover ganho de força muscular, alongamento e resistência da musculatura profunda da coluna, que tem a função de promover a estabilização e boa postura.

Outros exercícios também podem ser realizados, mesmo que o paciente tenha passado por uma cirurgia ou por tratamentos intensos, desde que acompanhados por especialistas. Os exercícios vão depender do tipo e tamanho da lesão. No geral, o paciente deve evitar exercícios e esportes que envolvam muitas rotações de tronco, flexão constante da coluna lombar e impacto.

Segundo Rodrigo Garcia, fisioterapeuta do Instituto RV - especializado no tratamento de coluna - a flexibilidade para fazer exercícios varia conforme o tipo de cirurgia que o paciente foi submetido. "Se o paciente realizou uma grande intervenção como a artrodese lombar [fixação de 2 ou mais vértebras] ele fica limitado para todas as atividades que envolvem flexão e rotação lombar [esse é um dos poucos casos em que muitas atividades serão contra-indicadas]. No entanto, cirurgias mais simples têm uma limitação menor e devem ser avaliadas caso a caso" – completa.

Desta forma, uma pessoa que se submete ao tratamento conservador de coluna com bom resultado terá um prognóstico melhor no que se refere às limitações pós-cirúrgicas. "Geralmente é solicitado ao paciente que faça um acompanhamento com terapias posturais e que trabalhe a musculatura vertebral como no pilates e na musculação. Uma vez que a musculatura estiver equilibrada e o problema mecânico restaurado, o paciente terá poucas contra-indicações com relação à atividade física", explica Rodrigo Garcia.

Em ambos os casos é importante que as pessoas que passaram por um processo cirúrgico tenham em mente que a atividade física deverá ter retorno gradativo, com ausência de dor e com a musculatura estabilizadora da coluna ativada constantemente para prevenir novas lesões.

"O fato de o paciente ter uma lesão na coluna não significa que ele não possa praticar esporte. Na maioria das vezes, se o paciente fizer um tratamento bem feito é possível que ele volte ao esporte normalmente, assim como praticava antes da lesão. Temos pacientes que tinham hérnias extrusas, que são difíceis de tratar, e que hoje jogam futebol", finaliza Garcia.|

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Programas de exercício físico: 5 passos para começar



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Programas de exercício físico: 5 passos para começar.

Você está pensando em começar a realizar atividades físicas? Ótimo para você! Você está apenas a 5 passos de ter sua qualidade de vida muito mais saudável

Temos o benefício de morar em um país com clima maravilhoso. E porque não optar agora para começar, não é mesmo?

O pessoal da Mayo Clinic, importante centro americano, elaborou um pequeno roteiro que foi adaptado pela Clínica Colunar, uma clínica especializada no tratamento das doenças da coluna vertebral, e que vai ajudar você a começar a se exercitar. Uma das melhores coisas que você pode fazer para sua vida!
Após a permissão do seu médico, as atividades físicas podem reduzir os riscos de doenças crônicas, melhorar seu equilíbrio, e coordenação e ajudar a diminuir o peso - além de melhorar a qualidade do seu sono, sua auto-estima e muitos outros benefícios . E tem mais boas notícias! Para que tudo isto ocorra você deve apenas seguir estes 5 passos.

Passo 1: Avalie você mesmo em que nível de condição física você está
Você provavelmente tem alguma idéia de como deve estar suas condições físicas. Mas existem algumas medidas que você mesmo pode fazer para que possa usar como parâmetro para identificar de forma um pouco mais precisa como está seu preparo físico hoje, e ir reavaliando durante a sua progressão.
Para ter uma noção de como está a sua condição aeróbica, seu estado muscular, flexibilidade e a sua composição corpórea anote os seguintes dados:

* A sua pulsação antes e depois de caminhar um quilômetro
* Quanto tempo você leva para caminhar um quilômetro
* Quantas flexões de braço você consegue fazer de uma vez só
* Qual o local mais distante que você consegue tocar na sua perna, quando estiver sentado com as pernas esticadas?
* Qual a medida da sua cintura na altura do seu umbigo?
* Seu índice de massa corpórea (peso dividido pela altura vezes a altura)

Anote tudo isto e deixe bem guardado.

Passo 2: Planeje o seu programa de exercícios
É fácil dizer que você vai se exercitar todos os dias, mas você precisa de um planejamento simples para usar como um programa de exercícios para você.
Para fazer o seu programa de exercícios mantenha em mente os seguintes pontos:
Tente ser claro com seu objetivo em começar a se exercitar: Você está começando este programa para perder peso? Ou você tem alguma outra motivação, por exemplo, preparar para correr uma prova de cinco quilômetros?
Ter objetivos claros vai ajudar você a alcançar mais facilmente seus objetivos.
A maioria dos adultos deve tentar realizar, por semana, pelo menos 300 minutos (5 horas) de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 150 minutos (3 horas) de atividades aeróbicas intensas toda semana. E também devem fazer duas a três vezes por semana exercícios de fortalecimento.

Planeje a progressão das suas atividades. Se você estiver começando a se exercitar, após uma liberação médica, comece com cuidado e vá progredindo com calma. Se você teve alguma lesão no passado ou apresenta alguma doença, consulte o seu médico ou fisioterapeuta para ajudar a preparar um treino mais específico para você, assim você saberá o que deve ou não realizar. Desta forma poderá estabelecer um treino que gradualmente irá melhorar os movimentos que você vai realizar, e vai ainda melhorar a sua força e sua resistência.

Pense como você irá incorporar a atividade física na sua rotina. Encontrar o melhor momento do dia para se exercitar pode ser um desafio. Mas todos nós conseguimos encontrar. Para tornar mais fácil está tarefa, escolha os horários como se fossem compromissos que não se pode cancelar e faça junto com outras atividades que você esteja acostumado, por exemplo, caminhar numa esteira junto com um programa de televisão que você gosta, ou ler enquanto estiver em uma bicicleta estacionária, ou ainda num intervalo no trabalho tendo um local por perto.

Planeje incluir atividades diferentes. Diferentes tipos de exercícios ajudam a afastar o tédio de fazer toda vez o mesmo, e ainda podem reduzir a possibilidade de ocorrer lesões ou machucar determinados grupos musculares ou articulações se você mudar a região do seu corpo que vai ser trabalhada. Procure alternar as atividades que acabam usando mais um determinado grupo muscular. Por exemplo, altere corridas com bicicleta, natação, steps, entre si e com outros exercícios de fortalecimento muscular.
Permita tempo para sua recuperação. Muitas pessoas iniciam os exercícios com uma vontade e empolgação muito altas – malhando por longos períodos ou intensamente. Logo em seguida, desistem quando os músculos e articulações começam a ficar doloridos ou acabam sendo lesionados. Planeje algum tempo entre os treinamentos para o seu corpo descansar e se recuperar dos exercícios. Isto também é importante para os resultados.
Coloque num papel. Escreva o seu plano, para que você se sinta motivado e mantenha os focos nos objetivos.

Passo 3: Junte seus equipamentos
Você provavelmente irá utilizar um tênis para atividades físicas. No entanto, hoje em dias as opções são muitas e tenha certeza que estará utilizando o tênis adequado para a atividade física que você for realizar.
Se estiver pensando investir em alguns equipamentos para ginástica, escolha algo que seja prático, que você aprecie e que seja simples de usar. Você deve tentar usar alguns equipamentos antes de ir comprando, e ainda, avaliar a possibilidade de optar por usados bem conservados no inicio.

Passo 4: Vamos Começar
Agora você está pronto para iniciar. Quando você for começar seu programa, tenha algumas dicas em mente:
Comece devagar e vá intensificando lentamente. Guarde um tempo muito importante para ir realizando aquecimento para iniciar o treino e também para ir diminuindo ao final utilizando caminhadas mais lentas ou alongamentos leves. Então passe para um ritmo que você possa continuar por 10 minutos sem sentir-se muito exausto. Conforme você estiver controlando mais o seu cansaço, aumente a duração dos exercícios gradualmente. Vá tentando aos poucos atingir o treinamento de 30 a 60 minutos na maioria dos dias da semana.
Divida se for necessário. Você não precisa realizar todo exercício de uma única vez. Sessões mais curtas e freqüentes também têm benefícios aeróbicos. Quinze minutos de exercícios duas a três vezes ao dia pode ser uma boa opção para você, ao invés de uma sessão única de 30 minutos ou uma hora.
Seja Criativo. É melhor que sua rotina de exercícios já inclua diversas modalidades como, caminhada, bicicleta ou remo para que você vá alternando. Mas não pare por aí. Nos fins de semana ou quando aparecer uma oportunidade, realize outros tipos de esportes como dança de salão, passeios no campo entre outras. Mas lembre-se que dever ser feito sempre dentro de seus limites.
Escute o seu corpo. Se você sentir dor, dificuldade para respirar, tontura ou náusea interrompa o exercício. Você deve estar forçando demais os seus limites.
Seja Flexível com você. Se por acaso não estiver sentindo muito bem, com dores no corpo, fique a vontade com você mesmo para tomar uma pausa de descanso de um ou dois dias. Caso alguma dor persistir procure o seu médico.

Passo 5: Monitore seus progressos
Refaça as medidas da sua condição física descritas no passo número 1, seis semanas depois que você iniciou o seu programa e vá checando os mesmos parâmetros a cada 3 a 6meses. Pode ser que você note que precise aumentar a duração de seus exercícios para continuar melhorando seu condicionamento ou pode ser que tenha a deliciosa surpresa de saber que está exercitando a quantidade perfeita para atingir as suas metas.
Se você perder motivação estabeleça novas metas ou tente novas atividades. Exercitar com amigos ou realizar outros tipos de aulas, por exemplo, em academias, podem auxiliar também a quebrar a monotonia.

Começar a realizar atividades físicas é uma decisão muito importante. Não há necessidade de ser exercícios super intensos, que levem a exaustão. Ao realizar o seu planejamento e ir progredindo aos poucos, você poderá estabelecer um ritmo de exercício saudável e que irá durar não apenas para este verão, mas sim por toda sua vida.
Parabéns!

Dr. Rodrigo Junqueira Nicolau
Especialista em cirurgia minimamente invasiva da coluna.
Colunar (www.colunar.com.br/)


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Exercício físico como meio de redução dos sintomas da síndrome de fibromialgia



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Exercício físico como meio de redução dos sintomas da síndrome de fibromialgia.


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    A Síndrome de Fibromialgia (SFM) acomete geralmente mulheres na faixa dos 30 aos 60 anos, caracterizando-se pela presença de dores (crônicas e difusas), distúrbios de humor e do sono. Embora sua causa seja desconhecida, suas formas de tratamento variam desde o uso de medicamentos antidepressivos, passando por terapias alternativas (acupuntura e quiropraxia), até a prática orientada de atividades físicas.

    Diante desta informação questiona-se, como se apresenta na literatura a prática dos exercícios físicos para redução e controle da sintomatologia da fibromialgia? Neste sentido diversos autores propõem terapias baseadas na prática regular de diversas atividades (alongamento, condicionamento aeróbico, treinamento de força e atividades aquáticas), todos buscando demonstrar seus benefícios para o grupo de acometidos, com melhora focada especificamente nos índices de presença da dor (Marques et al, 2002; Bressan et al, 2008; Tarabayn e Carvalho, 2008; Benedetto, Vinhas e Magalhães, 1998).

    Em relação à prevalência da SFM no Brasil, essa foi a segunda desordem reumatológica mais freqüente diante de doenças reumáticas, com prevalência de 2,5% (Senna et al, 2004, apud Cavalcante et al, 2006, p 43). Tratando de sexo biológico, Cavalcante et al (2006) ainda afirmam que todos os estudos apontam sua maior prevalência entre mulheres, especial­mente na faixa etária entre 35 e 60 anos.

    Sabe-se que o indivíduo com SFM apresenta um conjunto de sintomas, tais como: dores músculo-esqueléticas difusas, distúrbios do sono, fadiga, rigidez matinal de curta duração, sensação de edema, parestesias, podendo apresentar também depressão, ansiedade, cefaléia crônica e a Síndrome do Cólon Irritável (MARTINEZ, 1997, p 100). Estes, por sua vez, interferem diretamente na sua vida pessoal e profissional, pois o fibromiálgico fica impossibilitado de executar tarefas relativamente simples e até mesmo atividades diárias (domésticas, laborais e recreativas).

    Deste modo, o presente trabalho tem como intuito verificar a partir de estudo da literatura especializada a eficácia do exercício físico na redução dos sintomas da SFM, colaborando para a organização dos achados científicos sobre a temática. Assim, tanto os fibromiálgicos, como estudiosos e comunidade em geral poderão obter mais facilmente conhecimento do exercício físico como tratamento na minimização dos efeitos da SFM, possibilitando sua retomada de atividades diárias, domésticas e profissionais.

Aspectos históricos da SFM

    Uma pesquisa histórica sobre dor muscular crônica mostra que padrões de referência de dor e pontos dolorosos, hoje característicos da SFM, têm sido relatados na literatura por vários séculos (KONRAD, 2005, p 7). Neste sentido, Martinez (1997, p 100), cita em seu estudo que tanto Balfour , em 1824, quanto Valleix, em 1841, descreveram pacientes com pontos musculares hipersensíveis à palpação e passíveis de desencadear dor irradiada.

    Moreira e Carvalho (2001) lembram que Gowers em 1904, foi o primeiro estudioso a denominar as alterações da SFM e a designou como "fibrosite". Suas observações clínicas identificaram vários pontos sensíveis, alguns dos quais são usados ainda hoje no seu diagnóstico (GOBI e CARVALHO, 2007). Complementando essa informação Zanini (2004, p5) relata que este estudioso propôs o termo fibrosite para designar as síndromes dolorosas sistêmicas, ou regionais, que cursavam com aumento da sensibilidade dolorosa músculo-esquelética, sem manifestações inflamatórias, acompanhadas de fadiga e distúrbios do sono.

    A autora anteriormente citada ainda informa que os termos fibrosite e reumatismo psicogênico foram utilizados durante as décadas de 50 e 60, porém sem muita discriminação e critério. Em 1968, Traut definiu fibrosite como uma síndrome dolorosa músculo-esquelética generalizada, acompanhada de fadiga, sono ruim, hipersensibilidade a palpação de certos pontos, localizados mais freqüentes na inserção de músculos e tendões (ANTÔNIO 2002 apud VILARTA et al 2006, p 22).

    Em 1976, Hench propõe o termo Fibromialgia (mio, prefixo grego para músculo + algia, sufixo grego para dor). Porém somente em 1987, quando a Sociedade Médica Americana reconhece a existência da síndrome, a nova nomenclatura é oficializada (BENNET, 2002 apud PIRES 2007, p 7).

    Desde 1980, um corpo crescente de conhecimento contribuiu para que a Fibromialgia viesse a ser caracterizada como uma síndrome de dor crônica, real, causada por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor (PROVENZA JR et al, 2004, p 3). Nesta mesma década, começou a se delinear alguma concordância quanto à terminologia associada a esta síndrome de dor generalizada, em virtude da realização de outros estudos propondo critérios (YUNUS et al., 1981; YUNUS, 1988, apud KONRAD, 2005, p7) que auxiliassem no diagnóstico diferenciando-a de outras condições dolorosas no sistema músculo-esquelético (KONRAD, 2005, p7).

    Em 1990, o Colégio Americano de Reumatologia publicou estudo realizado em 16 centros especializados localizados nos Estados Unidos e no Canadá, que foi conduzido por um período de 4 anos, envolvendo 293 pacientes com Fibromialgia e 265 controles, os quais apresentavam condições clínicas facilmente confundíveis com a Fibromialgia (WOLFE et al., 1990, apud ZANINI, 2004, p 6).

    Após esta pesquisa, foram propostos como critérios para seu diagnóstico a presença de queixas dolorosas difusas, por um período maior do que três meses, com distribuição somática nos quatro quadrantes do corpo e a presença de dor em pelo menos 11 de 18 pontos anatomicamente padronizados ( ZANINI, 2004, p 6).

    Para que esses pontos sejam considerados hipersensíveis é realizada uma palpação digital, devendo ser feita com uma força aproximada de 4 kg. Importante ressaltar que para um ponto ser considerado hipersensível "positivo" o indivíduo deve referir que a palpação foi dolorosa; hipersensível não deve ser considerado doloroso. (DE WOLFE 1990, apud Hall e Brody 2000, p 203)

Aspectos fisiológicos da fibromialgia

    O agente causador da SFM ainda é desconhecido, entretanto Kaufman (2005) informa que os níveis de serotonina são mais baixos em fibromiálgicos e que a SFM altera a regulação de neurotransmissores do sistema nervoso central (serotonina e a noradrenalina). A sua diminuição implica numa maior sensibilidade aos estímulos dolorosos.

    "A desregulação destes substratos pode levar ainda a anormalidades funcionais, neuroendócrinas e gerais, inclusive a perturbações do sono" (RUSSEL, et al., 1994 apud KONRAD 2005, p12). "Quando ocorre diminuição da serotonina, observa-se redução do sono de ondas lentas e aumento das queixas dolorosas, psicossomáticas e depressivas" (RUSSEL, 1995, apud ZANINI, 2004, p19).

    "A liberação da substância P é influenciada pela serotonina. Uma deficiência de serotonina, tanto no sistema nervoso central como no periférico, pode levar a uma percepção exacerbada de um estímulo sensorial normal" (ZANINI, 2004, p21).

    "A substância P (SP) é um neuromodulador presente em fibras nervosas do tipo C, não-mielinizadas. Quando excitadas por estímulos nociceptivos, essas fibras liberam SP num grupo específico de neurônios do corno posterior da medula, que passam a responder com potenciais lentos, prolongados e com somação temporal, num fenômeno chamado windup. Considerando a participação da SP nas respostas dos neurônios nociceptivos, qualquer distúrbio da sua produção, atividade funcional ou degradação pode resultar numa percepção dolorosa defeituosa" (Riberto e Pato, 2004, p 79).

    Ainda sobre os neurotransmissores pode-se apontar que:

    "a serotonina inibe a secreção de substância P na medula, fazendo o papel antinociceptivo (amortecedora na percepção da dor), logo a liberação de substância P é influenciada pela serotonina seja no sistema nervoso central, seja no sistema nervoso periférico. Assim, se os níveis de serotonina e substância P são normais, a amplitude de dor será moderada ou suave. Por outro lado, se os níveis de serotonina são mais baixos que o normal, ou se os níveis de substância P são mais altos que o normal, a transmissão da dor será ampliada" (RUSSEL, 1996 apud KONRAD 2005, p12).

    Complementando esta informação Riberto e Pato (2004, p79) informa que "as alterações do metabolismo da serotonina implicam na redução da atividade do Sistema Inibidor de Dor, com uma conseqüente elevação da resposta dolorosa frente a estímulos algiogênicos ou mesmo o aparecimento de dor espontânea".

    Confirmando a relação destas substâncias com o principal sintoma da SFM, o ACSM (2004) relata que as causas das dores podem ser diversas, tais como: fatores genéticos, microtraumas, anormalidades neuroendócrinas (baixos níveis de serotonina e altos da substância P), fatores imunológicos, e outros.

Aspectos psicológicos da SFM

    A incapacidade funcional dos pacientes com SFM reflete no desempenho ocupacional, pois dificulta a realização de tarefas motoras e cognitivas, causando assim grande impacto no cotidiano e ruptura da rotina, além disso, provoca sentimentos de vulnerabilidade e desamparo.

    Um fato importante é que a prevalência de anormalidades psicológicas, particularmente a depressão, é elevada entre esses indivíduos (GOBI e CARVALHO, 2007). Completando esta informação Berber, Kupek e Berber (2005, p.47) relatam que a "depressão pode influenciar negativamente a qualidade de vida dos pacientes, por aumentar a sensação de dor e incapacidade, tornar a adesão ao tratamento mais difícil e diminuir a qualidade das relações sociais".

Metodologia

    O estudo foi construído a partir de uma revisão bibliográfica, tendo como fonte de informações livros da área de sáude, além de periódicos especializados, utilizando-se a associação dos termos fibromialgia e exercício físico ou atividade física ou alongamento ou musculação ou caminhada ou exercício aquático, em português e espanhol. Encontrou-se um total de 31 artigos e 04 livros. Em seguida foi realizada a leitura dos títulos e resumos dos textos científicos, sendo utilizados para a redação aqueles que tratavam de questões particulares da síndrome, a utilização de exercício (isolado e associado a outro tipo de prática corporal) como tratamento.

    Valendo ressaltar que este texto representa um recorte do trabalho intitulado "ESTUDO SOBRE O EXERCÍCIO FÍSICO NA REDUÇÃO DOS SINTOMAS CAUSADOS PELA SÍNDROME DE FIBROMIALGIA EM RESIDENTES DE GUANAMBI/BA", registrado no Comitê de Ética Comitê de Ética de Pesquisa (CEP) da Universidade do Sudoeste da Bahia (UESB) sob nº de protocolo 238/2008.

Desenvolvimento

Exercício físico e SFM

De maneira geral:

    Existem diversas formas de tratar a SFM, variando de modalidades tanto farmacológicas (uso de medicamentos como analgésicos, anti-depressivos e até ingestão de hormônio) quanto não-farmacológicos (exercício, acupuntura e suporte psicológico) (PROVENZA et al, 2004).

    Segundo Konrad (2005) a prática regular de exercícios físicos pode ajudar no tratamento, pois o mesmo promove a melhoria da dor e reduz o impacto dos demais sintomas, restabelecendo a capacidade física, mantendo a funcionalidade e promovendo a melhora da qualidade de vida nestes indivíduos. Complementando essa afirmação Leite, Rogatto e Valim-Rogatto (2008, p34) acrescentam que "no tratamento da fibromialgia, a inserção da atividade física é fundamental, melhorando a disposição, o sono, auxiliando as respostas ao estresse e, após algum tempo, diminuindo a sensação de dor".

Exercício de Alongamento

    De acordo com Marques, De Mendonça e Cossermelli (1994, p234), no estudo que utilizou exercício de alongamento muscular a partir da reeducação postural global, "os participantes podem tolerar bem os exercícios de alongamento feitos com regularidade e atingindo os pontos críticos de dor, o que foi conseguido graças à avaliação prévia das condições de cada paciente individualmente e à programação igualmente individual".

    Tratando do objetivo e da importância deste exercício os autores ainda relatam que o "alongamento muscular visa recuperar progressivamente o comprimento dos músculos, com redução a tensão e aumento da flexibilidade, permitindo ao indivíduo realizar movimentos mais coordenados e eficientes" (MARQUES, DE MENDONÇA e COSSERMELLI, 1994, p234).

    Mesmo utilizando uma metodologia diferente da anterior, Bressan et al (2008) revelam que em seu trabalho, os fibromialgicos tratados com alongamentos, e avaliados pelo FIQ (Fibromyalgia Impact Questionnaire), mostraram diferenças estatisticamente significantes nos componentes sono e rigidez.

    Já no estudo de revisão de Marques et al (2002) é mostrado que o alongamento tanto trabalhado isoladamente quanto associado à outra prática (exercício de fortalecimento, aeróbicos e aquáticos) e ainda utilizando números de sessões diferentes (de 1 a 3 vezes por semana) foi benéfico aos fibromiálgicos.

Exercício aeróbico

    Justificando a importância da prática de atividades aeróbicas Bressan et al (2008), citando Meyer (2000) e Ramsay (2000), informam que pesquisas mostram que exercícios aeróbios trazem benefícios físicos, tais como: diminuição da tensão muscular, disfunção física e dor; e também psicológicos que incluem melhora da auto-estima e diminuição da depressão e ansiedade. Complementando esta informação Prando (2006) citando Richards (2002) e Valim (2001) relata que diante de modalidades como exercício aeróbico, alongamento e resistência muscular, a que se destacou como alternativa eficaz no tratamento do fibromiálgico foi o condicionamento aeróbico.

    O estudo de Marques et al (2002) traz informações importantes sobre a realização desta modalidade nestas pessoas, deste modo à autora cita alguns estudiosos que utilizaram metodologias distintas; e apesar das diferenças metodológicas empregadas, foi possível notar que quando o estudo tinha de 2 a 3 sessões semanais e uma duração maior que 8 semanas o treinamento mostrava-se benéfico.

    Sabbag et al (2000) intervindo com treinamento cardiovascular supervisionado (alongamento, corrida e exercícios aquáticos) durante 6 meses, revelou que a amostra no terceiro mês apresentou melhoria na reserva cronotrópica, explicando que isso aconteceu devido diminuição da freqüência cardíaca inicial, denotando maior adaptação cardiovascular ao exercício. Além disso, as mesmas pessoas neste período tiveram maior tolerância à dor muscular e ao esforço, e melhora da capacidade funcional cardiovascular e muscular periférica. Entretanto um fato que ficou ofuscado foi o resultado da avaliação subjetiva da dor, isso porque no terceiro mês 15,4% da amostra relatou a piora da dor e no sexto mês esse número aumentou para 28,4%.

    Prando (2006) no seu estudo revela efeitos positivos no quadro sintomático em fibromiálgicos durante uma sessão de caminhada numa esteira. Sua intervenção baseou-se em identificação de sintomas e sensações decorrentes da caminhada durante o início do treino, após 15 minutos, no final (aos 30 minutos), depois de 15 e 30 minutos do término da sessão. A autora revela que no início as pessoas não relataram nenhuma sensação, e que no decorrer da caminhada durante os 30 minutos numa intensidade moderada houve sentimentos de calor, dores e cansaço tendo seu ápice no término da sessão (aos 30 minutos). Entretanto, no período de pós-sessão as sensações de bem-estar e relaxamento aumentaram, retornando as condições iniciais e até mesmo apresentando valores inferiores aos valores bases, comprovando assim que uma sessão de exercício físico contribui para a diminuição momentânea da dor. Complementando este achado a estudiosa ainda cita um trabalho que mostra a eficácia do exercício (a caminhada) onde seu efeito (redução da tensão) foi mais duradouro que um medicamento.

Exercícios resistidos

    Em relação ao exercício resistido são poucos os registros. Com isso têm ocorrido dificuldades em compreender qual o tipo de treinamento seria mais benéfico para o fibromiálgico. Sabe-se que um dos pontos favoráveis a esta prática é a acessibilidade, pois a mesma pode ser realizada nas academias, centro de estética e até mesmo em residências.

    Balsamo e Simão (2005) a respeito do treinamento de força para fibromiálgicos, revela que a avaliação e inclusão desta modalidade em programas de exercício físico ainda é algo recente, entretanto estes estudos por meio desta prática já têm conseguido ótimos benefícios como melhoria na qualidade de vida.

    As benfeitorias do exercício de força em pessoas com SFM são bastante restritos e recaem sobre o aumento da força muscular principalmente de membros (Hakkinen et al, 2001; Valkeinen et al, 2003 apud Konrad 2005). Há também relatos de redução do quadro depressivo (Hakkinen et al, 2001 apud Konrad 2005) e da sensação de dor (Jones et al, 2002 apud Konrad 2005).

    Marques et al (2002) em seu artigo revelam vários autores que utilizaram este exercício, isolado ou associado a outro, onde comprovaram o seu benefício; citando assim: Hakkinen et al (2001) que usou o treinamento de força 2 vezes por semana durante 21 semanas, Mengshoel et al (1992) utilizando exercício de endurance de baixa-intensidade durante 20 semanas, Jentoft et al (2001) usando exercício aquático e em solo (aeróbico, alongamento, fortalecimento e relaxamento) com sessão de 60 minutos 2 vezes por semana durante 20 semanas e Martin et al (1996) com um programa de exercícios (aeróbicos, alongamento e fortalecimento) com sessões 60 minutos 3 vezes na semana no período de 6 semanas.

Exercício aquático

    Tratando desta modalidade Tarabayn e Carvalho (2008) informam que a hidroterapia (exercício aquático) geralmente é praticada em água aquecida entre 32 e 35ºC, sendo também recomendada para o tratamento da fibromialgia; tendo como benefícios a promoção do relaxamento e diminuição dos espasmos musculares e da dor. Os autores ainda apontam que utilizando esta atividade a amostra teve uma eficácia parcial para a resolução da dor e da melhora da qualidade de vida, contribuindo apenas para a sua diminuição.

    Vilarta et al (2006) fazendo o uso da hidrocinesioterapia (tratamento em piscina terapêutica) uma vez na semana durante 1 hora entre os meses de julho a setembro de 2004; obtiveram resultados positivos como redução da intensidade da dor em 100% da amostra, além de ter melhorado também a qualidade de vida dos mesmos.

    Silva e Abramo (2007) num estudo que usa o mesmo método do trabalho anterior constatou que por meio desta modalidade os indivíduos tiveram redução da dor e do número de tender points, e também melhora na qualidade de vida.

    Já Linhares e Zaboti (2004) com este exercício físico, além dos resultados citados, conseguiram ainda contribuir no aumento da aptidão física, melhorar do nível de relacionamento social e a auto-estima.

    Salvador, Silva e Zirbes (2005) em estudo de caso usando a hidrocinesioterapia para o tratamento da SFM, reconheceram melhora na qualidade de sono, da flexibilidade, redução da média de intensidade da dor referida e redução do número de tender points, além de melhora na qualidade de vida (percepção subjetiva das condições físicas, psicológicas, de relacionamento e em relação ao meio ambiente).

Relação do exercício físico com o psicológico do fibromiálgico

    Sabe-se que a "prática do exercício físico apresenta um efeito analgésico e funciona como um antidepressivo, além de proporcionar uma sensação de bem-estar global e de autocontrole" (SABBAG et al, 2000; MARQUES, 2002 apud KONRAD 2005, p22). Sendo assim fica evidenciado que o benefício do exercício físico não restringe-se apenas ao aspecto biológico, contribuindo também nos aspectos psicológicos. Assim, Nieman (1999) aponta que o exercício regular está relacionado com uma boa saúde mental, e também social, pois possibilita um aumento do círculo de amizades.

Considerações finais

    Diante dos estudos percebe-se que o exercício físico, independente da modalidade, contribuiu para a redução dos sintomas da fibromialgia, isto porque os mesmos apresentaram como resultados diminuição dos índices de dor (principal sintoma), ansiedade, rigidez e depressão. Entretanto, ainda faltam esclarecimentos quanto às particularidades do treinamento das diversas modalidades de exercício, além disso, se faz necessário a elaboração de protocolos a serem seguidos como parâmetros dentro destas modalidades.

    Ainda cabe destacar os benefícios da prática regular de alongamentos na melhoria da qualidade do sono, na execução coordenada e eficiente dos movimentos, trabalhado tanto de maneira isolada ou combinada com outras modalidades.

    Já a atividade aeróbica (caminhada) apresenta resposta na diminuição da tensão muscular, disfunção física, dor; melhoria na reserva cronotrópica e na auto-estima; aumento de sensações de bem-estar, relaxamento. Além da diminuição de aspectos relacionados a depressão e ansiedade. Sendo importante destacar que estes benefícios foram apresentados quando realizados de 2 a 3 sessões semanais por no mínimo 8 semanas.

    Quanto aos exercícios resistidos, apesar de pouca referência, apontou-se como benefício aumento da força muscular principalmente de membros, redução do quadro depressivo e da sensação de dor, tendo resultados positivos trabalhando tanto de maneira isolada ou associada.

    Em relação as demais modalidades e parâmetros de treinamentos físicos, existe grande presença científica dos exercícios aquáticos, associados à redução dos espasmos musculares, da média de intensidade da dor referida e redução do número de tender points, melhoria no nível de relacionamento social, a auto-estima, qualidade de sono, relaxamento muscular, aumento da aptidão física, da flexibilidade e também da qualidade de vida.

Fonte



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Atividade física x Obesidade



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Atividade física x Obesidade.


A obesidade atualmente é alvo de vários estudos por ser considerada umas das principais causas de morte em todo o mundo.


Segundo TEIXEIRA (apud MENDONÇA e ANJOS), a obesidade pode ser definida de forma simplificada como uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo conseqüência de balanço energético positivo e que acarreta repercussões à saúde. Balanço energético (calórico) positivo – significa ingestão calórica maior do que gasto calórico = indivíduo engorda.


A sociedade vive em ritmo acelerado, mesmo com todo o estereótipo atual de corpo perfeito e seus padrões de beleza, o excesso de peso e a obesidade tornaram-se uma epidemia mundial. (pandemia). Nos Estados Unidos, a população obesa e como sobrepeso (tendência à obesidade) alcança 65%. No Brasil, esses números alcançaram entre 35% e 40% (IBGE, 2004).


A moda dos "fast-food" pode ser um dos vilões desse crescimento desordenado da obesidade mundial, as culinárias tradicionais estão sendo trocadas por "lanches" rápidos, frituras, e os famosos lanchinhos do mc'donalds. Atraídos pelo sabor, pela praticidade, conveniência e até pelo preço, muitas pessoas baseiam sua dieta em hambúrguer, batata frita e refrigerante. As conseqüências dessa alimentação são as piores possíveis, doenças crônico-degenerativas como cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes e outras. 


De acordo com pesquisas os tratamentos com dietas e medicamentos tem um efeito imediatos no paciente obeso, porém a longo prazo os resultados caem, e desestimulam o próprio paciente. Já o exercício físico apresenta uma série de benefícios e tem bons resultados á longo prazo, com a diminuição do percentual de gordura, a diminuição do apetite, e a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.


Segundo Reis (2009) apud Powers e Howley (2000), a atividade física constitui a parte mais variável do lado do gasto energético, representando de 5% a 40% do gasto calórico total diário. A combinação de exercício físico com restrição calórica representa um meio flexível e efetivo de conseguir uma redução ponderal. O exercício melhora a mobilização e o catabolismo de gorduras, acelerando a perda de gordura corporal.


Portanto, quando o objetivo é emagrecer a meta deve ser principalmente proporcionar balanço energético (calórico) negativo, diminuindo a ingestão calórica e aumentar o gasto calórico através de atividade física.


Vale destacar que, nesse caso, o papel do nutricionista e o educador físico é fundamental, não esquecendo que a disciplina do indivíduo pode colaborar com os resultados positivamente. 



Referências bibliográficas



GUEDES, D. P. 
Saiba tudo sobre musculação. Rio de Janeiro: Editora Shape. 2006

TEIXEIRA, T. 
Atividade Física x Obesidade. Disponível em: < http://thinformacoes.blogspot.com/2010/04/atividade-fisica-x-obesidade.html >. Acesso em: 01 fev. 2011.

LINARDI, M. 
Excesso de Peso / Obesidade e Atividade Física. Disponível em: < http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=8106>. Acesso em: 02 fev. 2011.

REIS, C. P. Obesidade e atividade física.
 Revista Digital. Buenos Aires, n.130, mar/ 2009.




Profª Cristiane dos Santos
Professora de Educação Física (FEFIS)
Email: cristiane.santos08@gmail.com

Profº Carlos André Barros de Souza
Professor de Educação Física (FEFIS)
Graduando em Fisioterapia (UNILUS)
Email: c.andrefisio@yahoo.com.br


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Exercício Físico x Reumatismo



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Exercício Físico x Reumatismo.

Esqueça as velhas receitas para tratar dores nas costas, nas juntas, nos joelhos... Nada de anti-inflamatório e repouso absoluto. 

Quanto menos você se mexe, mais aumentam a dor e a rigidez nas articulações. Tão importante quanto à medicação apropriada, os exercícios físicos devem, obrigatoriamente, fazer parte do tratamento dos pacientes reumáticos. 

Dor, rigidez, fadiga e o medo de piorar podem fazer com que o paciente reaja contra o exercício. No entanto, para o reumático, um programa de exercício apropriado é extremamente importante e saudável. 

Hoje, a maioria dos estudos revela que a atividade física moderada e com acompanhamento apropriado pode reduzir as dores musculares e melhorar os movimentos dos pacientes que sofrem de doenças reumáticas. 

O exercício físico é uma peça chave para esses problemas, pois o sedentarismo agrava muito o quadro das doenças reumáticas. 

A prática de atividades físicas - além de proporcionar prazer e relaxamento - contribui para o emagrecimento, reduz a dor e a rigidez nas articulações e aumenta a flexibilidade, a força muscular, a saúde do coração e a resistência. 

Um dos grandes benefícios da atividade física é o estímulo à produção de endorfinas, aumentando a sensação de bem-estar. As endorfinas também funcionam como analgésico, proporcionando alívio da dor no organismo. 

A produção de endorfinas é fator muito importante para os pacientes reumáticos, que apresentam propensão a desenvolver quadros de depressão e ansiedade. 

Antes de se exercitar, consulte seu médico 

Os exercícios físicos mais recomendados para os pacientes reumáticos são do tipo aeróbico ou dinâmico, como caminhar, correr, nadar e andar de bicicleta. 

As pessoas fisicamente ativas têm uma qualidade de vida melhor comparada com as sedentárias, e isso também se aplica a pacientes portadores de doenças reumáticas comoartrite, espondilite, artrose. 

No entanto, a prática de exercícios físicos deve ser supervisionada e não deve ser iniciada antes da avaliação do médico que acompanha este paciente. 

O reumatologista poderá indicar a necessidade da prática de atividade física por doentes com acometimento articular de membros ou coluna vertebral. 


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Exercícios evitariam 25% dos casos de câncer de mama e cólon



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Exercícios evitariam 25% dos casos de câncer de mama e cólon.


Cerca de 25% dos casos de câncer de mama e de cólon poderiam ser evitados se os pacientes praticassem exercícios físicos por pelo menos 150 minutos por semana, advertem as novas Recomendações Mundiais sobre Atividade Física apresentadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

As novas recomendações foram apresentadas no marco do Dia Mundial do Câncer, celebrado nesta sexta-feira.

Segundo os últimos dados disponíveis, de 2008, 7,6 milhões de pessoas morreram de câncer, 460 mil das quais foram mulheres vítimas do câncer de mama e 610 mil pessoas que sofreram câncer de cólon.

Recentes pesquisas mostraram que dessas 7,6 milhões de mortes, 3,2 milhões estão relacionadas à ausência de atividade física.

De fato, calcula-se que 31% da população mundial não pratiquem nenhuma atividade física, o que torna a falta de exercício o quarto maior fator de risco para contrair câncer.

O primeiro fator é a pressão alta, seguido do tabaco e do excesso de glicose no sangue.

"O câncer pode ser prevenido e evitado porque muitos dos fatores que o provocam são conhecidos, mas são feitos muito poucos esforços para controlá-los", indicou em entrevista coletiva Eduardo Cazap, presidente da UICC (União Internacional para o Controle de Câncer).

Cazap assinalou que a cada ano são detectados 12 milhões de novos casos de câncer, 80% deles nos países em desenvolvimento, um número que deve duplicar até 2020.

Dos novos casos, 30% têm origem viral e somente 10% têm origem genética.

Diante deste panorama, a OMS decidiu estabelecer as Recomendações Mundiais para que se transformem em políticas públicas adaptadas a cada país.

Doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes, nesta ordem, causam 60% do total de mortes no mundo, o que equivale a mais de 35 milhões de mortes anualmente.

Já os tipos de câncer que mais matam são: de pulmão, de mama, de estômago, de fígado e de cólon.

"Não é importante falar apenas de prevenção, mas também de tratamento. Avançamos muito em diagnóstico e em tratamento, o problema é que só 10% da população mundial têm acesso a ele", disse Cazap.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Destreinamento na musculação



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Destreinamento na musculação.

O treinamento físico implica em estresse fisiológico, que provoca adaptações funcionais no músculo para resistir a tal estresse. Por outro lado, o processo inverso, ou seja, o destreinamento gera a reversão total ou parcial das adaptações funcionais alcançadas em treinamento.

Os motivos para o destreinamento podem ser causados por interrupção espontânea, ou presença de lesão, passível ou não de imobilização.
Com essas ocorrências haverá reduções nas adaptações funcionais e morfológicas.

Adaptações funcionais são àquelas ocorridas no desempenho entre as quais podemos citar o aumento da força muscular e suas diversas manifestações (força máxima, força de resistência e força rápida ou explosiva) como sendo as principais alterações funcionais.

As adaptações morfológicas referem-se àquelas ocorridas em nível estrutural. A principal alteração morfológica observada em decorrência da pratica da musculação é a hipertrofia muscular, ou seja, o aumento da secção transversa das fibras musculares.

A hipertrofia pode ocorrer de duas maneiras:

Hipertrofia sarcoplasmática ou aguda é enfatizado quando o treino conta com alto número de repetições com baixa carga e intervalos pequenos de descanso entre as séries (sobrecarga metabólica).

Hipertrofia miofibrilar ou crônica ocorre quando há freqüência de treino regular, priorizando o componente tensional de sobrecarga (cargas mais elevadas, menor número de repetições e maior tempo de descanso).

Outros prejuízos causados pelo destreinamento que podemos observar é a redução da densidade mineral óssea (DMO) adquirida com um programa de treinamento.

Em muitas situações em que ocorre ausência de carga ou destreinamento (intervalos regulares, repouso ou inatividade), o treinamento de força pode ser um importante interventor para melhorar o estado fisiológico e a proteção contra a perda mineral óssea.

Estudos mostram que a hipertrofia miofibrilar ou crônica, pode resistir mais a períodos de destreinamento, quando comparados a hipertrofia sarcoplasmática ou aguda.

Portanto, para quem for se ausentar dos treinos procure enfatizar o componente tensional de sobrecarga (cargas mais elevadas, utilizar menor numero de repetições e intervalos de descanso maiores).

Referências bibliográficas

TEIXEIRA, C.V.L.S.; GUEDES JR. D.P. Musculação: perguntas e respostas: as 50 duvidas mais freqüentes nas academias. São Paulo: Phorte Editora, 2010.
 
KRAEMER, S.J.; FLECK, S.J. Fundamentos do Treinamento de Força. 3ª Ed. Editora Artmed, 2006.

BRENTANO, M. A.; SANTI, T. Características funcionais e fisiológicas do destreinamento: força e morfologia muscular. Revista brasileira de fisiologia do exercício. vol. 8, n. 3, p. 152, Atlântica editora. 2009.

Artigo enviado por:

Carlos André Barros de Souza
Profº de Educação Física (FEFIS)
Graduando em Fisioterapia (UNILUS)

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