sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Recuperação da lesão do ligamento cruzado posterior



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O ligamento cruzado posterior (LCP) é um importante estabilizador do joelho, e está localizado no interior da articulação.
Dispõe-se em diagonal desde a parte posterior e lateral da superfície articular da tíbia até à parte anterior e medial do sulco inter-condiliano do fémur. O LCP controla os movimentos de deslizamento posterior da tíbia sobre o fémur.
As lesões no ligamento cruzado posterior são raras e requerem a aplicação de uma força considerável. Acontece sobretudo quando o joelho dobrado bate contra o painel do carro num acidente de viação, ou bate contra o chão quando um atleta cai para a frente sobre o joelho. Devido ao seu mecanismo lesivo, as rupturas do LCP são mais frequentes em jovens que praticam desportos de contacto, como futebol, andebol ou basquetebol.

Habitualmente, o tratamento inicial para lesões de LCP é conservador (não-cirúrgico). Repouso e anti-inflamatórios, podem ajudar a diminuir esses sintomas. A maior parte dos pacientes são liberados para caminhar apoiando a perna no chão. Acho de suma importância o uso de um "brace" articulado nas duas primeiras semanas para que o joelho seja protegido de outros possíveis traumas e que outros ligamentos e outras estruturas possam cicatrizar.

À seguir, inicia-se um programa de reabilitação progressiva. A meta envolve:
- Controle da dor e inchaço no joelho
- Analgesia e estímulos de cicatrização para outras estruturas do joelho lesionadas.
- Manutenção do arco de movimento
- Reforço muscular com ênfase no ganho do músculo quadríceps, pleo fato deste ser o principal sinergista do LCP

Havendo melhoria dos sintomas, da resposta neuro-muscular e sinais de estabilidade articular, os exercícios podem então passar a serem feitos em uma academia de ginástica sob a supervisão de um educador físico experiente e que entenda das alterações biomecânicas sofridas pelo joelho. Esta parte da reabilitação considero fundamental para os pacientes que desejam retornar ao esporte, pois o ambiente de treinamento melhora a autoestima e colabora (e muito) na fase de retorno pleno ao esporte.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Como realizar o treinamento resistido com os alunos hipertensos?



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Como realizar o treinamento resistido com os alunos hipertensos? Por Prof. Dr. Newton Nunes.

Em alunos hipertensos e cardiopatas, o treinamento físico aeróbio produz um importante efeito hipotensor, razão pela qual é recomendado no tratamento da hipertensão arterial. Mais recentemente, porém, tem aumentado o interesse científico acerca dos efeitos cardiovasculares de outro tipo de exercício físico: os exercícios resistidos.

A recomendação no treinamento resistido é trabalharmos com o objetivo de resistência muscular localizada, ou seja, um número maior de repetições e cargas moderadas. Com isso, promovemos gradativamente a diminuição da pressão arterial dos nossos alunos hipertensos e cardiopatas após algumas sessões de treinamento físico.

Contudo, o treinamento físico que tem por objetivo melhora da força/hipertrofia muscular proporciona grandes elevações da pressão arterial durante sua execução, podendo até levar ao rompimento de aneurismas cerebrais preexistentes. Além disso, durante o treino de hipertrofia, ocorre o fenômeno da Manobra de Valsalva, a qual não é indicada para essas pessoas.

O treinamento resistido é uma modalidade de exercício importante para a população hipertensa e cardiopata, visto que se mostrou eficiente para aumentar a força muscular, uma das principais habilidades físicas que contribuem para a melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida dessa população.

Estas são as principais adaptações fisiológicas ao treinamento resistido que nossos alunos (populações especiais) poderão adquirir a partir das primeiras semanas de treinamento:
Melhora do equilíbrio estático e dinâmico.
Melhora da tolerância a estressores ortostáticos.
Aumento da capacidade aeróbia máxima.
Aumento da densidade óssea.
Aumento do armazenamento do glicogênio muscular.
Aumento da sensibilidade à insulina.
Aumento da amplitude de movimentos.
Aumento da área da fibra muscular e da massa muscular total.
Aumento da força, resistência e potência muscular.
Aumento da taxa de síntese proteica miofibrilar.
Aumento da capacidade de enzimas oxidativas.
Aumento do gasto total de energia.
Diminuição da massa de tecido adiposo total.
Diminuição da isquemia induzida pelo exercício aeróbio, ou seja, aumento do limiar de angina (aumento da frequência cardíaca de positivação).
Melhora na composição corporal.
Melhora no metabolismo de glicose.
Melhora na sensibilidade à insulina.
Melhora nos níveis dos lipídios séricos (aumentando os níveis do HDL e diminuindo os de LDL).
Diminuição na pressão arterial sistólica e diastólica em repouso e em cargas submáximas.
Diminuição do duplo produto (pressão arterial sistólica x frequência cardíaca) em repouso e em cargas submáximas

Por Prof. Dr. Newton Nunes. @nunesnewton

Formado em Licenciatura em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP) em 1992. Mestrado na USP em 2000 e Doutorado na USP em 2005. Servidor Público pelo Hospital das Clínicas (HCFMUSP) desde Março de 1994. Professor de Educação Física pelo Instituto do Coração (InCor) desde Março de 1994. Aprovação em concurso público na USP leste em 2008 e 2009. Especialista em Reabilitação Cardiovascular pelo Instituto do Coração (InCor) (1993 a 1994).
Criador do site www.areadetreino.com.br Instagram: @nunesnewton

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Quem precisa fazer um Teste Cardiopulmonar do Exercício?



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O VO2 seria a maior capacidade de oxigênio que uma pessoa consegue utilizar do ar inspirado enquanto faz um exercício físico aeróbico. Ele pode ser estimado por uma série de testes e fórmulas, mas seu valor exato só pode ser medido através do Teste Cardiopulmonar do Exercício (TCPE) também conhecido como Ergoespirometria. Esse exame feito pelo Cardiologista ou Médico do Esporte, acopla os dados obtidos no tradicional Teste Ergométrico, a análise dos gases expirados durante o exercício.

Quem precisa fazer um Teste Cardiopulmonar do Exercício para medir o VO2?

- Atletas amadores para prescrição adequada de exercícios
- Atletas profissionais para acompanhamento de treinamento
- Pessoas com queixas de cansaço ou falta de ar no exercício.
- Avaliação de resposta de medicamentos (em hipertensos, por exemplo)
- Para prescrição de exercícios para cardiopatas ou pneumopatas
- Seleção de pacientes para transplante cardíaco ou pulmonar
- Avaliação da gravidade e prognóstico da insuficiência cardíaca ou pneumopatias crônicas.
- Grandes obesos e aqueles que vão ser submetidos a cirurgia bariátrica
- Para risco cirúrgico ou pré-operatório


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Saiba mais sobre o VO2 Máx.



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O VO2max se caracteriza por ser a quantidade máxima que um organismo estimulado tem de captar oxigênio do ar atmosférico, transportá-lo pelo sistema cardiovascular e utilizá-lo a nível celular em uma unidade de tempo.

5 dicas e uma SUPERDICA para o Teste de Aptidão Física

Podemos resumir a importância de medir o VO2max da seguinte maneira:

·      É aceito internacionalmente como o melhor parâmetro fisiológico para avaliar, em conjunto a capacidade funcional do sistema cardirespiratório;

·      É um parâmetro fisiológico e metabólico para avaliar a capacidade metabólica oxidativa (aeróbia) durante trabalhos musculares acima do metabolismo basal;

·      É um parâmetro ergométrico utilizado para avaliação da capacidade de trabalho do homem, em diferentes atividades ocupacionais (Medicina do Trabalho);

·      É um parâmetro fisiológico para prescrever atividades físicas sob forma de condicionamento físico normal (sedentários, obesos e idosos) ou sob forma de treinamento físico (preparação física de atletas) ou ainda sob forma de atividades ocupacionais no ambiente de trabalho;

·       É usado em estudos epidemiológicos para comparação de capacidade física entre povos e atletas.

O VO2max  pode ser  e expresso em valores absolutos em litros por minuto (l.min-1), sendo nesse caso mensurado de uma forma bruta ou relativo em mililitros por kilograma por minuto (ml.kg.-1min.-1) que para ser encontrada basta dividir a medida absoluta pela massa corporal do indivíduo avaliado.

A Tabela abaixo mostra a classificação do VO2max de forma relativa em ml.kg.-1min.-1 da American Heart Association, para homens e mulheres em diferentes idades.

Idade

Muito fraca (média)

Fraca

Regular (média)

Boa

Excelente

Homens:

 

 

 

 

 

20-29

< 24

24-30

31-37

38-48

49 ou >

30-39

< 20

20-27

28-33

34-44

45 ou >

40-49

< 17

17-23

24-30

31-41

42 ou >

50-59

< 15

15-20

21-27

28-37

38 ou >

60-69

< 13

13-17

18-23

24-34

35 ou >

Mulheres:

 

 

 

 

 

20-29

< 25

25-33

34-42

43-52

53 ou >

30-39

< 23

23-30

31-38

39-48

49 ou >

40-49

< 20

20-26

27-35

36-44

45 ou >

50-59

< 18

18-24

25-33

34-42

43 ou >

60-69

< 16

16-22

23-30

31-40

41 ou >


Para mensurar o VO2max é necessário à aplicação de testes ergométricos que podem ser máximos e submáximos, diretos e indiretos utilizando diferentes ergômetros como a bicicleta ergométrica (mecânica ou eletromagnética), a esteira rolante, o banco de madeira, o remo-ergômetro (específico para remadores), a piscina ergométrica (específica para nadadores) entre outros que podem ser adaptados para se aproximar o máximo possível de algumas modalidades esportivas.

Para o teste direto é necessário o emprego da ergoespirometria, um procedimento que analisa de uma forma direta e precisa diversas variáveis como consumo de oxigênio (VO2), a produção de gás carbônico (VCO2) e a ventilação (VE) associada ao controle de carga, geralmente esses testes são realizados com protocolos de cargas progressivas que levam o avaliado até a exaustão. Esse tipo de analise é um procedimento mais utilizado em laboratórios devido ao custo bem elevado, e por se tratar de um teste máximo automaticamente exige a presença de um médico em sua aplicação.

Os testes indiretos em sua maioria são baseados na relação linear entre consumo de oxigênio (VO2) e frequência cardíaca (FC), e para estimar o VO2max utiliza-se à resposta da FC relativa à sobrecarga de trabalho que o indivíduo avaliado foi submetido. Esses testes exigem menos recursos financeiros, geralmente são submáximos, os protocolos são de fácil aplicação e por isso são muito utilizados em academias, clubes e outras instituições que prestam serviços de atividade física.

Retirado daqui