segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Musculação para fortalecer o cérebro dos idosos



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Musculação para fortalecer o cérebro dos idosos.


Não é só para evitar lesões e facilitar as tarefas do dia a dia que recorremos à musculação. De acordo com um estudo publicado no periódico científico European Geriatric Medicine, a academia pode contribuir para a melhora da memória, da atenção e de outras funções cognitivas na terceira idade.

Os pesquisadores, vinculados à Universidade da Finlândia Oriental, submeteram 338 pessoas com mais de 60 anos a uma bateria de exames neuropsicológicos. Quem se saiu melhor? Aqueles que, antes da prova, apresentaram maior potência muscular em uma sequência de exercícios.

Para ser mais específico, a força dos voluntários foi colocada à prova em um circuito fitness que trabalhava, isoladamente, os punhos e os membros superiores e inferiores. O curioso é que, só ao considerar os três resultados juntos, foi possível relacionar o desempenho físico a um cérebro mais ativo. Geralmente, apenas os exercícios de punho são utilizados nesse tipo de avaliação.

Para o time de cientistas que conduziu o trabalho, isso mostra que o treino dos idosos precisa ser mais abrangente, englobando todos os grupos musculares, para conferir benefícios mais significativos.

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Pular corda: benefícios, como começar, treino e cuidados



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Pular corda: benefícios, como começar, treino e cuidados.



É provável que ela tenha feito parte da sua infância, acompanhada de cantigas, como uma brincadeira. Agora que você já está crescido, ela pode ser um exercício físico e te ajudar a entrar em forma. Pular corda é um exercício fácil, barato e muito eficiente, principalmente quando o assunto é gastar calorias.

Isso porque a atividade queima cerca de 15 delas por minuto, média maior que a da natação e de muitas lutas, como o boxe e o MMA. Fazendo as contas, em meia hora de exercício dá para torrar 450 calorias.

Benefícios de pular corda

  • Emagrece
  • Trabalha a musculatura dos glúteos
  • Trabalha a musculatura das pernas
  • Melhora o condicionamento físico
  • Melhora a coordenação motora

De acordo com o educador físico Cleuton Nunes, da Body Systems, pular corda trabalha os músculos do corpo, como os glúteos, e a musculatura das pernas, além de melhorar o condicionamento físico. Mas para chegar lá é preciso muito esforço e suor, afinal o exercício não é dos mais leves, ao contrário, dependendo do ritmo, pode ser muito intenso.

Por isso, quem tem problemas nas articulações da perna, hipertensão ou está acima do peso deve procurar o médico antes de começar a pular corda. Pronto para colocar em prática? Antes de fazer da corda seu treino, confira o passo a passo para garantir um exercício físico seguro e eficaz.

Como começar a pular corda

Escolha a corda ideal

Existem cordas de todos os tipos e tamanhos, portanto, a escolha entre elas deve ser individualizada. O educador físico Cleuton Nunes explica que existe um truque para adequar o tamanho da corda a você: "segure a corda com as mãos, pise no centro dela com os pés unidos, estique até que o cabo em que você apoia as mãos esteja na altura do peito, próximo às axilas".

Se cumprir este padrão, a corda tem o tamanho perfeito para você. Vale lembrar que a maioria das cordas atualmente é ajustável. Quanto ao material, o ideal para iniciantes é que procurem cordas de material leve, como as cordas de nylon. Cordas de aço revestido com tecido, de sisal e de couro, por exemplo, também são boas, mas são mais pesadas e demoram mais para lacearem.

As cordas com peso maior são boas opções para quem já está num nível mais avançado. É uma forma de intensificar o treino. As manoplas - o cabo em que você segura a corda, devem ser de material resistente, como o PVC, e preferencialmente emborrachadas, evitando que as mãos fiquem machucadas ou com calosidades. Quando for comprar, veja se as manoplas podem ser repostas quando se desgastarem.

Tênis e roupas

Pular corda pode ser um exercício caseiro, mas isso não dispensa o uso de um bom tênis e de roupas confortáveis e arejadas. Cleuton Nunes lembra que o pulo é uma atividade que gera grande impacto nas articulações, por isso o uso de um calçado com amortecimento é fundamental.

Uma boa opção são os tênis específicos para esportes que envolvam pulos, como o basquete. Por se tratar de um exercício aeróbico, em que a transpiração é uma forma de regular a temperatura corporal, as roupas devem ser leves e arejadas, permitindo a evaporação das gotículas de suor, além de confortáveis.

Consiga o espaço

Para começar a pular corda em casa, você vai precisar arranjar um cantinho próprio para a prática. É importante que o local seja bem arejado e fresco, pois os pulos farão seu corpo esquentar. O teto deve estar a uma distância do chão de aproximadamente o dobro da sua altura. O mesmo vale para o espaço na sua frente e atrás de você: ele deve ter, ao menos, duas vezes o seu tamanho.

Mantenha pelo menos um braço de distância das paredes laterais. A escolha do piso também é importante. A educadora física Fernanda Andrade conta que pisos duros, como os de cerâmica e de concreto, aumentam o impacto sobre as articulações. Uma boa opção nesse caso é pular sobre tapetes e carpetes, que amortecem o contato dos pés com o solo.

Não se esqueça do aquecimento

Nada de começar o exercício bruscamente, antes pular corda, faça um aquecimento. A educadora física Fernanda Andrade orienta a começar com pulinhos sem a corda por um ou dois minutos.

"Esse exercício vai aumentar a frequência cardíaca de forma gradual e preparar o corpo para os pulos mais intensos", explica. Para aquecer os braços, faça o movimento de giro com a corda por cima da sua cabeça, batendo a corda, e apenas passe por cima dela, sem pular.

Iniciantes

Se você é iniciante nos exercícios físicos e na corda, é importante respeitar o seu ritmo até que se sinta seguro para progredir o exercício. O educador físico Cleuton explica que uma boa forma de começar é passar um minuto pulando e um minuto descansando. Faça isso por aproximadamente 12 minutos. Pratique entre três e cinco vezes por semana e intensifique o treino uma vez por semana ou quando se sentir seguro para fazê-lo.

Progrida no treino

Cleuton Nunes explica que existem três formas de modular a intensidade do exercício: pelo tempo, pela velocidade ou pela quantidade de saltos. Lembre-se que a progressão do treino deve ser feita uma vez por semana.

- Tempo: comece saltando por doze minutos de seis a dez minutos de pulos e de dois a seis de descanso - e aumente o tempo de pulo progressivamente. Você pode correr ininterruptamente por seis a dez minutos se preferir.

- Velocidade: os pulos começam lentos e vão se tornando mais rápido, nesse caso a percepção é subjetiva. Algumas cordas têm um contador de pulos acoplado, para saber se você está aumentando a velocidade basta verificar se a quantidade de pulos para um mesmo tempo de atividade está crescendo.

- Quantidade: Marque uma quantidade de saltos para começar, 100, por exemplo, e vá aumentando a quantidade semanalmente. O melhor critério para determinar quanto você intensificará o treino é a sua própria percepção do esforço. É normal que você se sinta cansado depois do exercício, mas não deve haver dor, falta de ar, enjoo ou mal estar.

Para incrementar o exercício

Quando você já estiver num nível avançado do exercício, completando cerca de meia hora de pulos ou dando cerca de 250 pulos a cada três minutos, você poderá incrementar um pouco o treino com corda. O educador físico Cleuton Nunes recomenda saltar alternando as pernas - assim apenas um pé toca o chão a cada giro da corda - ou mesmo pular com o mesmo pé de cinco a dez vezes e em seguida trocar pelo outro pé.

Com esse movimento, além de trabalhar a coordenação motora, você estará colocando todo o peso do corpo em apenas uma perna, oferecendo uma carga ainda maior aos músculos da perna e estimulando seu fortalecimento. Você pode também simular uma corrida com elevação dos joelhos até a altura da cintura, o que recrutará mais os músculos da parte inferior do abdômen. Também vale dar pulos mais amplos para a frente em um giro da corda e em seguida dar um pulo grande para trás, voltando à posição inicial, aumentando o esforço e gasto calórico durante o exercício.



quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Exercício físico na terceira idade trazendo qualidade de vida!



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Exercício físico na terceira idade trazendo qualidade de vida!.



Envelhecer corresponde a um conjunto de processos complexos e naturais que ocorrem desde o nascimento, no entanto as alterações inerentes são mais evidentes numa fase mais avançada da vida.

A par do crescimento global do número de idosos, aumentou também o interesse em descrever e compreender como envelhecer de forma mais ativa é um determinante de maior qualidade de vida. Dado que a qualidade de vida se encontra intimamente ligada a um bom desempenho motor, o aumento da aptidão física leva, independentemente da idade, a melhorias significativas no domínio específico do bem-estar físico. Atividades físicas são uma das práticas benéficas quando falamos em qualidade de vida, sobretudo, no processo de envelhecimento do ser humano.

Estamos perante uma sociedade com hábitos sedentários e portanto o risco do aumento da prevalência de doenças relacionadas com o sedentarismo é elevadíssimo. Sabemos que o exercício físico é importante para a saúde e bem-estar da população em geral, contudo muitas vezes o tempo escasseia para abordar diversos temas numa só consulta e não temos uma preparação técnico-científica adequada.

A necessidade de mudança de comportamentos em relação ao exercício físico é dupla. Os indivíduos devem realizar uma revisão às prioridades na sua vida e os médicos devem rever o seu papel na promoção da saúde e na prevenção da doença.

Está demonstrada a eficácia do aconselhamento de exercício físico baseado nos modelos de mudança de comportamentos e nos instrumentos/protocolos de apoio. Existem estratégias definidas para a realização de aconselhamento de exercício físico durante as consultas em cuidados de saúde primários.

Presentemente prescrever exercício físico é «imperativo ético», tão importante como a prescrição de um plano alimentar ou de um fármaco.

Independente da faixa etária e da expectativa, você deveria começar já uma atividade física! Isso vai repercutir na sua qualidade de vida e no envelhecimento ativo. Hoje nós não temos a menor dúvida de que a prática de atividade física está sempre relacionada a uma melhor desempenho no seu dia-a-dia, melhor desempenho nas atividades de instrumentais e uma diminuição de determinados tipos de doenças crônico-degenerativa

Para quem é profissional, não pode deixar de conhecer o Curso Prescrição do Exercício para Idosos baseado em Evidências Científicas. Clique aqui e saiba mais sobre como se aperfeiçoar nesse assunto! 



segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Alterações psicológicas e exercício físico em pacientes com artrite reumatóide



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Alterações psicológicas e exercício físico em pacientes com artrite reumatóide.

 

A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica, de origem auto-imune, com etiologia ainda desconhecida, que causa danos progressivos no sistema musculo-esquelético (Plasqui, 2008). A sua prevalência é de aproximadamente .5 a 1.0% na população em geral, com taxa de incidência de duas a três vezes maior em mulheres, principalmente acima de 40 anos (Ottawa Panel, 2004). O início da doença geralmente acontece na fase mais produtiva da vida, entre os 20 e 50 anos, gerando deformações físicas e limitações dolorosas. Essas manifestações prejudicam a realização das atividades profissionais, sociais e de vida diária, aumentando o impacto da doença sobre a qualidade de vida, bem como, sobre a saúde mental dos pacientes, aumentando o risco de mudanças negativas nos parâmetros psicológicos (Salaffi, Carotti, Gasparini, Intorcia, & Grassi, 2009).

De fato, foi constatado um aumento na ocorrência de algumas desordens na saúde mental em pacientes diagnosticados com AR, com uma frequência bem acima da média da habitualmente encontrada na população em geral (Isik, Koca, Ozturk, & Mermi, 2007). Porém, atualmente não há consenso na literatura sobre a origem dessas alterações na saúde mental dos pacientes acometidos por essa patologia, sendo que isso poderia ocorrer em razão de sequelas de uma doença incapacitante ou da própria atividade clínica de uma doença inflamatória crônica, como a AR (Costa, Brasil, Papi, & Azevedo, 2008).

Recentemente foi demonstrado que a evolução da AR está intimamente relacionada com o aumento de ansiedade e depressão (Costa et al., 2008). Na pesquisa de Isik et al. (2007), a prevalência total de desordens de ansiedade, depressão e ambas (ansiedade-depressão) foi de 70.8% em pacientes com AR e de 7.3% em indivíduos saudáveis. Já num estudo realizado no Brasil, encontrou-se uma prevalência em torno de 34% de transtornos depressivos e ansiosos nesses pacientes (Costa et al., 2008).

Uma forma de amenizar estes problemas de ansiedade e depressão em pacientes com AR poderia estar relacionada à prática regular de exercício físico, pois são evidentes os dados da literatura quanto aos benefícios do exercício no controle da depressão e da ansiedade na população em geral (Coyle & Santiago, 1995; Raglin & Wilson, 1996). Adicionalmente, a prática de exercício físico parece ser imprescindível para indivíduos com AR, no sentido de aprimorar sua saúde física (capacidade aeróbia, capacidade funcional e força muscular) (Gaudin et al., 2008; Jong & Vliet Vlieland, 2005; Noreau, Martineau, Roy, & Belzile, 1995). Porém, existem poucos estudos que evidenciam os benefícios do exercício físico sobre variáveis psicológicas em pacientes com AR.

Diante do exposto, o presente estudo de revisão teve por objetivo verificar quais alterações psicológicas são mais prevalentes em pacientes com AR, bem como descrever o impacto do exercício físico sobre esses parâmetros psicológicos, expondo quais os protocolos de exercício mais empregues. A seleção das publicações foi realizada entre os meses de Maio e Julho de 2009, sendo utilizados os bancos de dados da biblioteca virtual SciELO (http://www.scielo.br) e o banco de dados da PubMed Central (http://www.pubmedcentral.nih.gov). Artigos de outras bases de dados foram eventualmente incluídos, de acordo com sua relevância e abordagem, de modo a fortalecer e aprimorar a discussão. Foram definidas três fases para a análise dos estudos encontrados. Primeiramente, a análise do título, que deveria possuir o termo "artrite reumatóide" ou o respectivo termo no idioma inglês. Em seguida foram analisados os resumos e, por fim o texto completo, para verificação da adequação do conteúdo à temática. A cada etapa os estudos que não corresponderam aos critérios de seleção foram excluídos. Tal como verificamos na figura 1, da totalidade dos artigos encontrados, apenas 46 se encaixaram nos critérios para integrarem a pesquisa.

 

Figura 1. Sumário de inclusão e exclusão dos estudos selecionados para a pesquisa

 

ARTRITE REUMATÓIDE E SAÚDE MENTAL

Há mais de 100 anos que a AR figura como um desafio para profissionais da área da saúde, sendo que as formas de prevenção, tratamento e cura não estão totalmente estabelecidas e parecem ser metas sem prazo para serem alcançadas (Külkamp, Dario, Gevaerd & Domenech, 2009). Atualmente, os principais objetivos do tratamento são diminuição e controle da dor articular, prevenção de perda de função e melhoria da qualidade de vida do paciente (American College of Rheumatology - Subcommittee on Rheumatoid Arthritis Guidelines, 2002). Pouco é investigado no âmbito da avaliação e manutenção da saúde mental dos artríticos.

A ocorrência de alterações nos parâmetros psicológicos em indivíduos acometidos por AR foi descrita desde o início do século XX. No final da década de 1950 a doença era interpretada como multifatorial, sendo apontadas, inclusive, causas de caráter emocional (Cormier & Wittkower, 1957). Porém, esses achados parecem não ter despertado suficiente atenção no meio científico, o que pode ser evidenciado pela falta de abordagem deste tema em diversos estudos e diretrizes sobre o diagnóstico e o tratamento da AR (American College of Rheumatology - Subcommittee on Rheumatoid Arthritis Guidelines, 2002; Bértolo et al., 2007; Costa Pinto, Miguel, & Resende, 2006; Laurindo et al., 2002; Ottawa Panel, 2004).

Adicionalmente, até o momento não existe consenso na literatura sobre quais alterações psicológicas estão prevalentes em pacientes com AR. Somente alguns manuscritos relatam e evidenciam esses distúrbios psicológicos, isoladamente (Costa et al., 2008; McGowan, 1990; Pincus, Griffith, Pearce, & Isenberg, 1996; Robinson, Hernandez, Dick, & Buchanan, 1977; Shih, Hootman, Strine, Chapman, & Brady, 2006; Sleath et al., 2008).

Segundo Shih et al. (2006), depressão, transtorno de ansiedade generalizada e psicose são graves distúrbios psicológicos, cuja prevalência é três vezes maior em portadores de AR, do que em indivíduos sem a doença. Os autores encontraram nesses pacientes associações entre esses distúrbios e dor recorrente, baixo nível sócio-econômico, obesidade, inatividade física, limitações funcionais ou sociais e uma ou mais co-morbidades. Além disto, estes distúrbios psicológicos tendem a ser mais prevalentes em mulheres.

Os estudos de Costa et al. (2008), Pincus et al. (1996) e Robinson et al. (1977), também relataram que a depressão e sintomas depressivos são frequentemente encontrados em pacientes com AR, especialmente entre idosos (McGowan, 1990). Porém, Sleath et al. (2008) salientaram que esse tema raramente é abordado, concluindo que a avaliação dos sintomas depressivos deveria ser considerada, especialmente entre aqueles pacientes com menor capacidade funcional.

A prevalência de depressão em indivíduos com AR varia substancialmente, dependendo do instrumento com que os sintomas são mensurados (Martens et al., 2005), podendo variar de 37% (Suárez-Mendonza, Cardiel, Caballero-Uribe, Ortega-Soto, & Marquez-Marin, 1997) até 66% (El-Mieddany & El-Rasheed, 2002). Entretanto, evidências sugerem que alguns itens de questionários representam melhor os aspectos de dor e incapacidade do que propriamente a depressão, justificando a discrepância entre valores encontrados (Pincus et al., 1996). Essa prevalência pode também variar de acordo com o gênero. Robinson et al. (1977) verificaram alta prevalência de depressão em pacientes com AR, sendo que mulheres parecem ser mais afetadas do que homens, com percentuais de 60% e 35%, respectivamente.

Com relação à associação entre depressão e outras variáveis, Robinson et al. (1977) apontaram que em mulheres portadoras de AR os fatores associados foram menor mobilidade nas articulações, diminuição na capacidade funcional e maior dependência, sendo que nenhuma associação foi encontrada entre depressão e dor. No estudo de Costa et al. (2008), foi verificado que o nível de depressão está diretamente relacionado com o nível de atividade da doença, ao contrário dos pacientes em remissão, que não foram diagnosticados com alterações na saúde mental.

Segundo Parker et al. (2003) outras variáveis que podem interferir no quadro emocional, como a fadiga (definida como a sensação de exaustão e diminuição da capacidade para o trabalho físico e mental por NANDA, 2002) e perda de energia, estão presentes na rotina dos acometidos por AR. Esses sintomas podem estar relacionados a um maior nível de depressão, o que foi posteriormente confirmado pelo estudo de Pollard, Choy, Gonzalez, Khoshaba e Scott (2006). Outro dado relevante desse último estudo foi a relação entre saúde mental e fadiga, sendo que foi verificado que quanto melhor o nível de saúde mental, menor era o nível de fadiga.

Os transtornos de ansiedade também estão entre as alterações psiquiátricas mais frequentes em pacientes acometidos por doenças crônicas (Grigsby, Anderson, Freedland, Clouse, & Lustman, 2002; Karajgi, Rifkin, Doddi, &Kolli, 1990). A prevalência de ansiedade entre os pacientes com AR é alarmante, apresentando-se superior a 70% em algumas amostras (El-Mieddany & El-Rasheed, 2002). Num estudo realizado no Brasil a prevalência de ansiedade e depressão foi de 33.7% dos casos, sendo que os pacientes relataram que essas alterações surgiram somente após o início da doença (Costa et al., 2008).

Estresse e agressividade são distúrbios psicológicos que também podem ser encontrados em pacientes com AR. Muitos portadores da doença convivem com alto nível de estresse, devido à soma do estresse trivial com o estresse provocado pela patologia (McGowan, 1990). Estudos sobre estresse e AR têm mostrado associação entre estes parâmetros, porém sem indicativos de causa-efeito (Wallace, 1987). Cormier e Wittkower, em 1957, comparando irmãos com e sem AR, verificaram que os artríticos apresentavam um quadro de agressividade mais acentuado. Foi recomendado no estudo que os pacientes com distúrbios emocionais fossem avaliados e tratados por psiquiatras, principalmente durante momentos de crises emocionais.

Diante das evidências citadas acima, é importante que os profissionais da área de saúde estejam atentos às alterações psicológicas dos pacientes com AR, pois este diagnóstico influenciará no estabelecimento de metas para o tratamento global do paciente. Adicionalmente, isso pode contribuir para a redução do sofrimento imposto por prejuízos na saúde mental, principalmente a fadiga, por estar mais relacionada a fatores psicossociais do que a marcadores inflamatórios laboratoriais (Riesma et al.,1998).

 

ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS E EXERCÍCIO FÍSICO NA ARTRITE REUMATÓIDE

Os primeiros estudos relacionando AR e exercício físico foram realizados na década de 1950 e pela primeira vez a prescrição de exercício foi vista como uma forma de tratamento para estes pacientes. Porém, o objetivo dessa intervenção era direcionada à manutenção da amplitude de movimento das articulações (Robinson, 1949).

A tendência do uso do exercício físico como terapêutica para corpo, sem mencionar os benefícios sobre variáveis psicológicas, manteve-se até o início da década de 1980. A partir de então, a terapêutica da AR começou a apresentar uma visão biopsicossocial do paciente, passando a utilizar, além do uso de drogas e cirurgia reconstrutiva, a fisioterapia e o exercício físico, a terapia ocupacional e a educação ou conscientização dos acometidos (Jurisson, 1991; Patterson, 1987; Tucker & Kirwan, 1991).

Especialmente na última década, um grande número de estudos tem sido conduzido com o intuito de verificar os efeitos do exercício no tratamento de pacientes com AR. Ao contrário do que classicamente foi difundido no meio médico quanto à importância do repouso no tratamento da doença (Baker, 1960; Blair, 1969), estudos indicam que a prática de exercício físico é imprescindível (Bértolo et al., 2007; Gaudin et al., 2008) e que, por meio do mesmo, os portadores de AR podem aprimorar sua saúde (Jong & Vliet Vlieland, 2005; Mayoux-Benhamou, 2008; Shih et al., 2006).

A prática de exercícios regulares acarreta benefícios psicológicos, tais como: melhor sensação de bem estar, humor e auto-estima, assim como redução da ansiedade, tensão e depressão (Costa, Soares, & Teixeira, 2007). Já a falta do exercício físico é considerada um fator de risco em pessoas com AR e tem sido associada à depressão e sintomas de depressão (Strine et al., 2004).

Alguns pesquisadores defendem a inclusão incondicional do exercício físico no tratamento da AR (Finckh, Iversen, & Liang, 2003; Mayoux-Benhamou, 2008), e diversas propostas são apresentadas na literatura especializada e atual que, embora se mostrem divergentes com relação ao tipo de exercício, frequência, duração e intensidade, parecem concordar que o exercício, inclusive protocolos de alta intensidade, são seguros e efetivos no tratamento da doença (Jong & Vliet Vlieland, 2005; Van den Ende et al., 1996, 2000). No entanto, um estudo que objetivou descrever discussões sobre exercício entre indivíduos com AR e seus reumatologistas, verificou que em somente 53% das consultas o tema exercício foi abordado, sendo o exercício do tipo aeróbio o mais comentado e apenas 26% destes pacientes saíram com prescrição para realizar exercícios (Iversen, Eaton & Daltroy, 2004). É importante observar que esse trabalho revelou haver grande influência do reumatologista sobre a atitude do paciente em realizar exercício, fato que evidencia a necessidade de iniciativa desses profissionais em sugerir a prática de exercício físico como parte integrante da rotina e do tratamento desses pacientes.

 

PROTOCOLOS DE EXERCÍCIO FÍSICO

Ainda hoje a grande maioria dos protocolos está baseada no modelo de prescrição de exercícios para a população saudável (Gaudin et al., 2008), não existindo consenso quanto a um modelo padrão de programas de exercício físico para indivíduos com AR (Külkamp et al., 2009). Embora exista um grande número de estudos experimentais com exercício físico em artríticos, poucos focam nas alterações dos parâmetros psicológicos provocadas pelo exercício. Porém, alguns que tiveram essa pretensão mostraram evidências positivas sobre aspectos psicológicos (ver Quadro 1) (Bilberg, Ahlmen, & Mannerkorpi, 2005; Eversden, Maggs, Nightingale, & Jobanputra 2007; Jong et al., 2003).

 

Quadro 1

Estudos experimentais sobre exercício físico e alterações na saúde mental em pacientes com AR

 

Numa comparação entre exercício aquático (piscina aquecida a 35°C) e exercício físico em solo em pacientes com AR, usando uma escala visual analógica de 7 pontos para medir o efeito do tratamento sobre o bem estar, foi verificado que imediatamente após completar o tratamento, os indivíduos que realizaram hidroterapia relataram sentir-se melhor ou muito melhor do que os que praticaram atividades em solo. Os protocolos utilizados no estudo eram similares, continham sessões de 30 minutos que iniciavam com aquecimento (mobilização e alongamento), seguido de exercício com foco em mobilidade articular, força muscular e atividades funcionais e finalizavam com atividades de volta à calma. Ambos protocolos tiveram 6 semanas de duração (Eversden et al., 2007).

Outro estudo experimental de 12 semanas de duração concluiu que o exercício aquático em piscina aquecida aumentou o nível de vitalidade, além de aumentar significativamente a resistência muscular das extremidades inferiores e superiores de pacientes com AR. Apesar da melhoria desses parâmetros, a saúde mental, analisada através do SF-36, não apresentou uma alteração significativa. Essa pesquisa seguiu o protocolo de 45 minutos de exercícios aeróbios (70% FC máxima), resistência muscular (com cadência estabelecida) e coordenação, realizados duas vezes por semana (Bilberg et al., 2005).

Adicionalmente, um estudo verificou o efeito de atividades aeróbias de baixo impacto em pacientes com AR com idade entre 40 e 70 anos, envolvendo três grupos experimentais: (i) programa de exercício orientado; (ii) programa de exercício orientado indirectamente através de fita de vídeo no domicílio; e, (iii) sem prescrição de exercício, controle. Verificou-se que após 12 semanas de execução da atividade os grupos de exercício (i e ii) apresentaram redução nos sintomas de depressão, além de melhorarem os parâmetros de dor e fadiga, sem diferença significativa entre eles. Outros benefícios verificados foram a diminuição do tempo na execução do teste de caminhada de 50 pés (15.24 metros) e o aumento da força no teste de preensão manual, sendo que esses dados representam melhoria na capacidade funcional dos pacientes de ambos os grupos de exercício (Neuberger et al., 2007).

A partir de um estudo experimental com duração de dois anos, que se propôs a verificar a efetividade e a segurança de um programa de exercícios dinâmicos de alta intensidade e longa duração em pacientes com AR (Jong et al., 2003), surgiu o programa RAPIT (Rheumatoid Arthritis Patients In Training). Esse protocolo talvez represente hoje a mais completa tentativa de padronização de avaliação, controle e prescrição de exercício físico no tratamento da AR (Külkamp et al., 2009). Seus autores (Jong et al., 2003; Munneke et al., 2003) propõem exercícios aeróbios, fortalecimento muscular e jogos desportivos coletivos (como vôlei, basquetebol e futsal), totalizando 75 minutos por sessão, realizadas duas vezes por semana. O exercício aeróbio utilizado nesse estudo foi o ciclismo estacionário, realizado em duração e intensidade progressivas. Já para os exercícios de fortalecimento muscular os autores propõem o treino em circuito, com oito a dez exercícios realizados em 8 a 15 repetições e com um intervalo decrescente de 90 para 60 s.

Sugere-se, ainda, que a cada oito semanas a rotina dos exercícios deve ser substituída. Este estudo demonstrou que com a participação em um programa de exercícios de alta intensidade e longa duração, os pacientes com AR melhoram variáveis da saúde mental, como ansiedade e depressão, sem detrimento na atividade da doença (Jong et al., 2003).

Em outra publicação do mesmo grupo de pesquisadores do RAPIT, foi verificado que mesmo depois de 2 anos de exercício dinâmico intenso, a aderência e satisfação dos participantes ao programa foi alta (Munneke et al., 2003).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Historicamente, a AR é interpretada como uma condição clínica potencialmente grave, crônica e incapacitante, que acarreta alterações no âmbito físico e emocional dos pacientes. Apesar dos poucos estudos relacionados às alterações psicológicas desses indivíduos, parece haver um consenso em relação à maior prevalência de transtornos de ansiedade e depressão nessa população. Poucas evidências foram encontradas quanto ao maior risco de psicose, agressividade e alto nível de estresse nesses indivíduos.

Sobre o exercício físico e sua inclusão como parte do tratamento, apesar de já mencionado na metade do século XX, ainda percebe-se a necessidade de maior iniciativa por parte dos reumatologistas em incentivar a prática de exercícios físicos aos seus pacientes. Tal necessidade é evidenciada pela idéia do exercício como auxiliar terapêutico, podendo promover alterações positivas nas variáveis de saúde mental e com impacto direto na qualidade de vida.

Atualmente, não existe um protocolo de exercício mais recomendado para o tratamento da AR, muito menos um modelo focado no aprimoramento dos parâmetros psicológicos. Apesar disso, tem sido verificado que o exercício físico aquático parece ser bem aceite e apresenta bons resultados nessa população. Contudo, vale ressaltar que mais importante do que determinar qual o melhor tipo ou qual a intensidade ideal de exercício para esses indivíduos, é considerar que a doença apresenta-se de forma cíclica, em períodos caracterizados como ativo e de remissão, e que o protocolo de exercício deverá ser proposto de acordo com o estado geral do indivíduo e não apenas com base em normatizações ou exames clínicos. Além disso, os profissionais da área da saúde devem estar cientes que os portadores de AR podem apresentar momentos de crises emocionais e um profissional responsável nessa área deve estar presente para auxiliá-los.

Embora haja um número limitado de estudos que utilizaram o exercício físico como intervenção visando melhoria de variáveis psicológicas, evidências emergem em relação às alterações benéficas provocadas pelo exercício físico nessas variáveis. Todavia, para que essa proposta terapêutica de aprimoramento na saúde mental através do exercício seja incorporada na rotina clínica dos pacientes, mais estudos devem ser realizados de modo a confirmar criteriosamente essas evidências e possibilitar a utilização desse recurso terapêutico sem efeitos colaterais indesejáveis aos pacientes com AR.

 

REFERÊNCIAS

American College of Rheumatology - Subcommittee on Rheumatoid Arthritis Guidelines (2002). Guidelines for the management of rheumatoid arthritis: 2002 update. Arthritis and Rheumatism, 46, 328-346.

Baker F. (1960). Rheumatoid arthritis: Present-day physical therapy. California Medicine, 92, 330-333.

Bértolo, M. B., Brenol, C. V., Schainberg, C. G., Neubarth, F., Lima, F. A. C., Laurindo, I. M., et al. (2007). Atualização do consenso brasileiro no diagnóstico e tratamento da artrite reumatóide. Revista Brasileira de Reumatologia, 47, 151-159.

Bilberg, A., Ahlmen, M., & Mannerkorpi, K. (2005). Moderately intensive exercise in a temperate pool for patients with rheumatoid arthritis: A randomized controlled study. Rheumatology, 44, 502-508.

Blair, D. C. (1969). Physical treatment for rheumatoid arthritis and other amenable conditions. Canadian Family Physician, 15, 40-42.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Saiba mais sobre o Flexibilidade no Voleibol



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Saiba mais sobre o Flexibilidade no Voleibol.




Exercício físico pode melhorar a autoestima | Blog Selfit

Atualmente nos clubes observamos todas as modalidades esportivas iniciando seus treinamentos com um alongamento bastante conhecido pelos praticantes de qualquer atividade física. Durante vários anos em minha prática como preparador físico e na eterna busca do diferencial em condutas físicas que produzissem um alto rendimento de meus atletas e que por sua vez respeitassem seus limites e oferecessem vidas esportivas de melhor qualidade, não me contentava com os alongamentos iniciais e convencionais que realizava todas as sessões de treinamento.

Percebi que a flexibilidade era uma capacidade física deixada um pouco à margem das grandes importâncias no treinamento diário. O convencionalismo nas formas de trabalhar as posturas. A busca do estiramento analítico não satisfazia esta necessidade de novas conquistas no planejamento desta capacidade.
Algo ficava patente, a necessidade de incrementar o conhecimento em estratégias atualizadas e mais eficazes no treinamento da flexibilidade.
A revisão bibliográfica de trabalhos em flexibilidade nos oferta uma imagem muito simplista, na minha opinião, sobre desenvolvimento desta capacidade. Modelos de treinamento que fragmentam o corpo-atleta a cada articulação, ou seja, esta imagem do corpo ser um amontoado de músculo, tendões e ligamentos, acredito não corresponder à verdade. Discursos nada conclusivos, porém em sua maioria, convergem para um nível ótimo de flexibilidade como fator preponderante de uma boa qualidade de saúde para todas as tipologias corporais.
Os atletas em sua carreira estão expostos aos desvios posturais em duas situações: estruturais, que geneticamente estão determinados e os funcionais, relacionados aos gestos específicos e repetitivos da prática esportiva profissional. Sendo estes, os desvios funcionais, responsáveis por patologias conhecidas por várias modalidades. Podendo promover quedas de rendimento em que o fisiologismo pode estar imperando sobre outras questões globais do treinamento. Por exemplo a leitura do corpo-atleta reagindo à inúmeros fatores que estão alterando a sua estrutura, funcionamento, e por fim o rendimento e performance.
Reações das combinações entre força e flexibilidade, encurtamento e alongamento, treinamento e repouso, tensão e relaxamento, etc. Chego à idéia do equilíbrio. Equilíbrio das solicitações desta máquina corpo. Leitura do corpo atleta global.
O atleta deve e merece ser submetido à treinamentos que o enxerguem como um todo. Treinamentos que compensem o desequilíbrio muscular, realinhem o desalinhamento, reorganizem o desorganizado, e promovam o rendimento com saúde ou a mesma saúde que nos trará o desejado alto-rendimento.
Baseado nesta hipótese, venho sugerir estratégias de trabalho que promovam flexibilidade, fortalecimento, alinhamento, organização à este corpo-atleta tão solicitado.
A RPG (Reeducação Postural Global) técnica desenvolvida pelo francês Philippe Souchard que apresenta o SGA (Stretching Global Ativo) como possibilidade de trabalhar a técnica em grupo de atletas promovendo posturas associadas à necessidade do gesto desejado no esporte gerando relações mecânicas diretas entre a descrição das posturas e a necessidade específica do esportista.
O GDS, método de cadeias ósteoarticulares e músculo aponevróticas concebida pela biomecanicista, fisioterapeuta e osteopata Godelieve Denys Struyf. Segundo ela o corpo funciona por meio de grandes circuitos musculares traduzidos por cadeias e cada circuito é um caminho de tensão.
Outra estratégia bastante utilizada atualmente a FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva), é uma forma de alongamento que usa uma contração isométrica antes do alongamento para que sejam obtidos ganhos maiores em amplitude de movimento. Herman Kabat e suas experiências levaram-no a perceber que os movimentos ocorrem em padrões espirais – diagonais. Esses padrões se assemelham aos gestos esportivos e físicos, provocando reações de alongamento e encurtamento em muitos músculos em graus diversos.
A visão das fáscias, ou melhor fáscia, malha única de tecido conjuntivo formado por essencialmente colágeno e elastina. A elastina determinada e de difícil variação durante a vida do esportista, porém o colágeno e sua síntese dependerá dos estímulos ofertados nos treinos de força e flexibilidade. Podendo este colágeno estar organizado em série ou paralelo, favorecendo um nível de tensão maior ou menor. Sugerindo movimentos esportivos de maior ou menor amplitude. Amplitude esta extremamente necessária em movimentos explosivos.
Muitas outras estratégias de trabalho que estão surgindo, sendo desenvolvidas, estudadas, comprovadas deverão fornecer contribuições importantes na organização e planejamento de treinamentos.
Concluo que as estratégias de trabalho estão disponíveis, as universidades estão desenvolvendo condutas que estão auxiliando cada vez mais na ampliação do repertório de treinamentos que poderão ser ofertados aos atletas de alto nível. O profissional do esporte deve estar se atualizando cientificamente a todo momento e individualizando ao extremo os treinamentos, pois em uma equipe esportiva o técnico ou preparador físico recebe em suas mãos atletas de várias idades, de vários históricos de trabalhos diferenciados, e principalmente cada atleta é um corpo-atleta diferente e certamente solicitará leituras e orientações diferentes.
FONTE: http://www.treinamentoesportivo.com/artigosTE.com/volei002.html

Publicado 08/12/09 e revisado em 04/11/2019


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Prevenção de lesões do joelho na Corrida



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Prevenção de lesões do joelho na Corrida.

Exercício físico pode melhorar a autoestima | Blog Selfit

É sabido que o Joelho é uma articulação que tem como funções  absorver a energia cinética gerada pelo contato dos membros inferiores ao solo e transmitir o movimento aos demais seguimentos do corpo. Isto se deve a dois mecanismos básicos: a chamada contração muscular excêntrica, onde a fibra muscular contrai e alonga-se resistindo ao movimento e aos graus de flexão. Em uma corrida, por exemplo, a força de reação ao solo, que chega a ser duas vezes ao peso do indivíduo é absorvida pela flexão do Joelho entre 50 e 60 graus e pela resistência do quadríceps, ou músculo anterior da coxa. O restante é dissipado pelo quadril e coluna vertebral.

Desde o início dos anos 80, quando o joelho tornou-se a articulação em destaque na traumatologia do esporte devido à elevada incidência de lesões decorrentes da prática esportiva. Em estudos recentes de biomecânica, concluiu-se que é a articulação do corpo humano que mais trabalha próximo aos seus limites fisiológicos, ou seja, no coeficiente entre destruição tecidual e reconstrução, existe grande chance da segunda prevalecer e, consequentemente, haver lesão. Portanto, não só a prática esportiva, mas também atividades repetitivas da vida diária, como subir e descer escadas, andar, agachar-se podem desencadear dor e inchaço, sem causa maior aparente.

Quando o joelho sai dos seus limites fisiológicos e deixa de executar suas funções, deve-se levar em conta dois fatores: os extrínsecos e os intrínsecos. Os primeiros incluem o treino inadequado, geralmente sem o acompanhamento de um instrutor da modalidade e o aumento da freqüência, ou intensidade. Os outros são inerentes ao indívíduo: a pisada muito pronada ou supinada, joelhos em "x" ou arqueados, angulação e rotação anormais entre os ossos do quadril, diferença de comprimento dos membros e, principalmente enfraquecimento e encurtamento de grupos musculares, gerando desequilíbrio entre músculos agonistas e antagonistas. Juntos, fatores intrínsecos e extrínsecos contribuem para que haja perda da capacidade de absorção e dissipação de energia, gerando as chamadas lesões por sobrecarga. Na corrida, portanto, o joelho deve ter ter boa amplitude de movimento, força e flexbilidade.

A lesão disparadamente mais comum do joelho do corredor é a Síndrome do atrito ileotibial, onde a fricção da banda fibrosa lateral com a proeminência óssea lateral do joelho, o Epicôndilo causa reação inflamatória que, caracteristicamente, dói durante a corrida e melhora após o repouso.

A tendinite patelar, conhecida mundialmente como Jumpers Knee ou joelho do saltador e por acometer mais homens, é uma lesão que ocorre no início do tendão patelar, área denominada pólo inferior da Patela. Há caráter inflamatório inicial e, se não tratada, pode degenerar e levar à ruptura espontânea, descrita em alguns casos.

As bursites do joelho, caracteristicamente, acometem corredores à partir da 5.a década de vida. Embora existam várias bursas ao redor do Joelho com a função de reduzir o atrito entre tendões ou a fricção excessiva da pele contra proeminências ósseas, as que costumam causar sintomas são a pré-patelar, localizada bem à frente da rótula e a bursa anserina, entreposta entre os tendões Sartório, Grácil e Semi-tendíneo.

Outra lesão em voga,a condromalácia termo vem do latim e significa, em sua essência, "amolecimento da cartilagem". Postula-se que a doença desenvolva-se a partir do contato excessivo da cartilagem da rótula contra o seu "trilho", a tróclea femoral. A distribuição desigual dos pontos de pressão causaria, em longo prazo, morte celular e desarranjo da matriz extra-celular, com conseqüentes sintomas de dor, creptação ou sensação semelhante a "areia" dentro do joelho,estalos e,às vezes, falseios. No início, a lesão dá-se por amolecimento da cartilagem. A seguir, podem haver ulcerações, fissuras, terminando com o desgaste de toda sua espessura, evoluindo,assim como qualquer lesão cartilaginosa, para a osteoartrose. O tratamento é não cirúrgico na maioria dos casos e fundamenta-se na detecção e retirada de fatores causais como alterações na pisada, retrações e enfraquecimento de grupos musculares.

A pedra angular do tratamento da dor no joelho consiste na melhoria do trofismo, equilíbrio e flexibilidade muscular e na correção de fatores que possam alterar o deslizamento entre a rótula e o fêmur.Levando-se em conta o fato de que nenhuma articulação trabalha sozinha, faz-se extremamente necessário a avaliação do tipo de pisada, alterações anatômicas do joelho e problemas oriundos dos quadris. Todos estes fatores podem alterar a cinemática do joelho e predispor a lesões.

Em linhas gerais, aí vão algumas orientações aos atletas e esportistas que têm ou já tiveram dor no joelho:

a) Aos iniciantes: Realizar avaliação física pré-esportiva com um profissional da área médica de sua confiança para que fatores intrínsecos seja detectados e corrigidos, como, por exemplo, a pisada pronada, ou supinada, encurtamentos e desquilíbrios musculares. A próxima etapa será praticar o esporte orientado por um instrutor da área, para que seja evitada a técnica inadequada.

b) Aos praticantes: Dor é sinal de lesão. É seu organismo lhe dizendo que algo não vai bem. Portanto, se o joelho dói, ou está inchado é hora de parar, procurar um médico ortopedista, reabilitar-se e, posteriormente, retornar ao esporte.

c) Aos atletas: O acompanhamento periódico da equipe por um médico do esporte é indispensável. Apesar de muitas vezes, o exame físico estar dentro da normalidade, pode haver algum grau de desequilíbrio muscular, muitas vezes somente detectado através do dinamômetro da avaliação isocinética e que, cedo ou tarde, poderá levar a lesões e comprometer sua performance.

Publicada em 08/06/08 e revisada 01/11/19

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Pontos para se fazer uma boa Avaliação Física



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Pontos para se fazer uma boa Avaliação Física.



A avaliação física é um procedimento essencial no trabalho do profissional de educação física, porque através dela é possível reunir elementos essenciais para decidir sobre o método, tipo de exercício e demais procedimentos a serem adotados para prescrição de exercícios físicos e desportivos.

Assim, vemos claramente que a avaliação é uma ferramenta fundamental não só na hora de iniciar uma atividade física, mas também para quem já é praticante.

O processo revela as condições físicas da pessoa, indicando potenciais limitações, tal que muitas academias de musculação exigem uma avaliação física como uma forma de evitar colocar a saúde em risco.

O exame detalhado vai levantar o histórico de doenças pessoais e da família, além de lesões anteriores e desvios posturais significativos.
Existem alguns exames para realizar essa investigação. Como:

Anamnese:

Entrevista para identificar o histórico pessoal, problemas de saúde, restrições médicas, uso de medicamentos e objetivos do aluno.

Antropometria:

Exame para conhecer as medidas corporais como peso, altura e perimetria.
Composição corporal: através do compasso de dobras poderemos identificar seu peso magro e de gordura.

Análise postural:

Identificar possíveis desvios da coluna vertebral, além de desequilíbrios musculares.

Análise neuromotora:

Flexibilidade e amplitude articular.
Teste cardiorrespiratório: é o famoso teste da esteira, que vai monitorar a atividade cardiorrespiratória e determinar uma freqüência cardíaca adequada ao seu condicionamento físico atual.

Acompanhamento da evolução também é fundamental

É fundamental uma reavaliação após um período de prática das atividades para que sejam realizados os devidos ajustes no treino, de acordo com a evolução e metas reveladas na primeira avaliação física.
Ao comparar resultados anteriores, o professor vai avaliar o desenvolvimento do treino e fará alterações na ficha.
Isso pode resultar em variação de exercícios, intensidade e frequência, para estabelecer novas metas para a próxima etapa.

Uma das maiores vantagens é que a avaliação física e seus benefícios podem ser uma grande fonte de motivação.

Ela apresenta as possibilidades que temos de avaliar nosso estado físico, nossa forma física.

Além disso, permite conhecer nossos pontos fracos e também os pontos forte para que possamos comparar nossos resultados com outros de pessoas com biótipo semelhante.

DICA BOA:

Para você que trabalha com Avaliação Física e quer saber mais sobre o assunto, eu indico 2 cursos.

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Exercícios que podem ser feitos após a Artroplastia e Qadril



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Exercícios que podem ser feitos após a Artroplastia e Qadril.



A osteoartrite (OA) é a mais prevalente doença musculoesquelética, acomete 4% da população brasileira e associa-se a morbidades como quedas, depressão, obesidade. O risco de mortalidade é 50% maior em pacientes com limitação para marcha decorrente da osteoartrose em joelho e quadril se comparado com o da população geral

A osteoartrite do quadril ou coxartrose é uma doença caracterizada pelo desgaste articular do quadril. Nos indivíduos jovens, é causada por sequelas de traumas de alta energia, osteonecrose (perda da circulação da cabeça do fêmur) principalmente na infância, sequelas de infecções ou formas graves doenças autoimunes. Nos idosos, assim como qualquer articulação, está ligada à degeneração geneticamente determinada e desenvolvida ao longo dos anos.

O tratamento da artrose de quadril, assim como de outras articulações, deve ser individualizado, de acordo com o grau da doença e com as expectativas, modalidade esportiva e necessidades de cada paciente. Inicia-se com fisioterapia e, se possível, com hidroterapia, procurando fortalecer a musculatura regional e manter o arco de movimento. 

Exercícios de impacto devem ser evitados. A perda de peso também tem papel importante no tratamento, haja vista que o quadril suporta múltiplos do peso corpóreo. A decisão de quando submeter-se a um tratamento cirúrgico deve ser tomada pelo paciente em conjunto com seu cirurgião, ao analisar os prós e contras de cada opção.

Ao contrário do que a grande maioria dos pacientes pensa, o retorno ao esporte após a prótese de quadril é possível. Segundo alguns autores, ela acontece em cerca de 50% a 80% dos pacientes. Segundo esses autores, o retorno à atividade física é diretamente influenciado pela redução considerável na dor

Que exercícios evitar?

Exercícios de alto impacto como a corrida de rua, corrida de montanha, futebol e vôlei devem ser evitados, pois representam o dobro do risco de fratura ou falha dos componentes da prótese. Estudos mostram que problemas na prótese devido a atividades de alto impacto surgem em 10 anos, em média, após a cirurgia, sendo muitas vezes necessário refazer a cirurgia com potencial risco de complicações. 

Apesar das orientações quanto aos cuidados nas atividades de vida diária, a recolocação da prótese ocasionada por soltura, danos ou fratura de algum componente ocorre em apenas 14,3% do total de pacientes. Esse dado reforça ainda mais a necessidade de orientação para um retorno e a manutenção saudável e segura da atividade física, esportiva ou de lazer. Seguir as orientações do ortopedista reduz a possibilidade de participação em atividade inadequada ou que possa ocasionar danos futuros aos componentes da prótese.

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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Esporte com Saúde e Diabetes



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Esporte com Saúde e Diabetes.



A prática de atividade física é benéfica e fundamental a todo ser humano, e muito mais para o portador de diabetes.

Do ponto de vista do controle da doença, o principal benefício esperado é a redução dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, mas é importante ressaltar que outros efeitos relevantes para sua saúde também podem ser alcançados, como a redução da pressão arterial, o aumento do colesterol HDL (colesterol "bom"), o condicionamento cardiorrespiratório, o aumento da massa muscular e da força muscular, que podem aumentar substancialmente sua funcionalidade diária e que diminuem as suas chances de ter doença cardiovascular.

Do ponto de vista do controle da doença, o principal benefício esperado é a redução dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, mas é importante ressaltar que outros efeitos relevantes para sua saúde também podem ser alcançados, como a redução da pressão arterial, o aumento do colesterol HDL (colesterol "bom"), o condicionamento cardiorrespiratório, o aumento da massa muscular e da força muscular, que podem aumentar substancialmente sua funcionalidade diária e que diminuem as suas chances de ter doença cardiovascular.

A prática de exercícios físicos regulares (no mínimo 30 minutos três dias por semana) provoca um aumento da ação da insulina, aumenta a captação de glicose pelo músculo, diminuição da glicose circulante e aumento da sensibilidade celular a insulina. Com isso, muitas vezes há diminuição da quantidade de medicações hipoglicemiantes, insulina e melhor controle do diabetes.

É de conhecimento de todos que a prática de atividade física diminui o "colesterol ruim" (LDL) e "aumenta o colesterol bom" (HDL), fato que diminui o risco de doenças vasculares.

Outro beneficio é a perda de peso. Esta é favorecida com a prática regular de atividade física. A perda de 5 a 10 quilos proporciona melhora no controle do diabetes, melhora no perfil lipídico (colesterol), melhor controle da pressão arterial, além de melhorar a auto-estima, diminuir a ansiedade e os riscos de depressão.

Com a perda de peso, há menor sobrecarga em quadris, joelhos, tornozelos e pés, o que diminui o risco de lesões ou dores nesses locais. Além disso, há melhora no padrão respiratório principalmente o noturno e maior facilidade a movimentação.

Cursos para profissionais para trabalhar Atividade Física e Saúde:

Atividade Física e Envelhecimento
Atividade Física para Hipertensos
Atividade Física para Gestantes
Obesidade e Atividade Física
Prescrição de Exercícios para Renais Crônicos
Prescrição de Exercícios para portadores de HIV

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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Aulas de Pilates para quem tem Fibromialgia



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Aulas de Pilates para quem tem Fibromialgia.



A Fibromilagia é uma síndrome clínica é caracterizada por dores praticamente em todo corpo, principalmente no sistema muscular, sem uma causa única.

Além disso, também apresenta sintomas como fadiga, insônia ou sono pouco repousante e intolerância a fazer exercícios físicos.

Da mesma forma, há muitos relatos do surgimento ou manifestação deste quadro após situações de traumas ou estresse intenso, por exemplo.

Essa síndrome afeta mais mulheres do que homens, numa proporção de 9 mulheres para cada homem acometido.

É possível tratar e desenvolver uma forma de intervenção positiva, através do Pilates, para melhorar a qualidade de vida de nosso aluno e ou paciente?

Primeiramente, é preciso que o aluno saiba que, por se tratar de uma doença ainda sem cura, deve ter uma rotina regular de exercícios físicos.

No Pilates, devemos então ter como principais cuidados, manter uma rotina de exercícios de alongamento das musculaturas mais utilizados, bem como fortalecimento das mesmas.

A liberação de hormônios e neurotransmissores é estimulada e, ao término da aula de Pilates, o indivíduo se sente revigorado, com uma sensação de bem-estar e ainda observa melhoras no sono, possibilitando uma diminuição da dosagem dos medicamentos.

À partir do momento que o corpo aprende a fazer o movimento com maior eficiência motora, menos esforço e compressão da musculatura e nervos, e aplica isso em suas atividades de vida diária, as crises de dor fibromialgias tornam-se mais espaçadas e menos intensas.

m dos princípios básicos do Método Pilates que nos ajudará muito no tratamento é a respiração. Normalmente, pacientes com fibromialgia têm a musculatura tensa e fadigada. Então, a respiração vai ajudar a melhorar a oxigenação das fibras musculares. Devemos sempre trabalhar uma boa musculação ao aplicar o Pilates na fibromialgia.

É possível tratar e desenvolver uma forma de intervenção positiva com o Método Pilates na fibromialgia. Ele é uma ferramenta importante que ajuda a melhorar a qualidade de vida dos alunos e pacientes com fibromialgia. Um de nossos principais cuidados é manter uma rotina de exercícios de alongamento e fortalecimento dos grupos musculares mais utilizados.

Pacientes com fibromialgia que chegam até o Studio de Pilates em busca de tratamento vem um pouco desacreditados. Eles provavelmente já testaram vários tratamentos isolados sem muitos resultados. Dentre eles temos o tratamento medicamentoso, um dos mais procurados antes do Pilates.

Atividades indicadasfibromialgia-pilates

Podemos iniciar com um aquecimento moderado para aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos em geral.

Capriche nos alongamentos, mas peça para que o aluno/paciente os faça com movimentos lentos e controlados, observando seu limiar de dor para que execute com qualidade.

A rotina de exercícios deve ser feita com pesos entre leves e de média intensidade equilibrando as musculaturas, principalmente as da coluna.

Trabalhe exercícios que tenham relação com as atividades cotidianas dele(a), pois o ajudará bastante.

Finalmente, relaxe-o com mais alongamento, ou terapias manuais, sempre cuidando para que não haja dor – e sim relaxamento.

Nesse final de texto, vou te fazer uma pergunta, se for profissional: você já estudou a biomecânica do Pilates? Você sabia que Dominar a Biomecânica irá promover uma transformação radical na sua visão do Pilates e um incrível salto em qualidade nas suas aulas? Conheça esse curso online sobre Biomecânica do Pilates que tem conteúdo para você mudar o patamar da sua carreira. Clique aqui!


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Atividade física reduz doses de medicamentos utilizados pelo diabético



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Atividade física reduz doses de medicamentos utilizados pelo diabético.


O exercício físico faz bem para quem quer prevenir diversas doenças como obesidade, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, osteoporose. Frequentar uma academia ou ter uma atividade física frequente ajuda até mesmo para quem tem diabetes, já que é possível melhorar o aproveitamento da glicose pelos músculos.

A atividade física reduz muitas vezes as doses dos medicamentos utilizados pelo diabético e ajuda a prevenir problemas como alterações na retina, vasos sanguíneos, nervos, rins e coração

Ainda assim, é preciso tomar cuidados e consultar o médico antes de começar a atividade. O exercício físico melhora a sensibilidade à insulina, mas  se não tiver cuidados básicos, a hipoglicemia pode mesmo ocorrer até o dia seguinte após a prática.

Se considerarmos o exercício físico como um "medicamento" a ser utilizado pelo diabético, ele terá uma "dose ideal" para cada pessoa. Genericamente recomenda-se que sejam realizados exercícios de 30 a 60 minutos por dia, cinco a seis vezes por semana, de intensidade leve a moderada.

Dependendo do horário da atividade física, o ajuste da dose de medicamento/insulina da refeição anterior já é suficiente, apenas ajustando a relação insulina: carboidrato daquela refeição. Para os usuários de bombas de infusão de insulina pode ser necessário utilizar o basal temporário e em algumas situações retirar a bomba. A alimentação antes, durante e após a atividade física também é determinante para evitar a hipoglicemia.

Na hora da atividade física, o especialista diz que o carboidrato tem um papel fundamental para quem busca uma vida mais saudável. É ele que mantém a energia e glicemias do paciente estáveis.

Mas não é por isso que pode abusar, pensando apenas em reduzir os episódios de hipoglicemia. A estabilidade das glicemias durante seu treino, fará com que a sua performance seja preservada. Claro que as quantidades de cada alimento devem ser estipuladas de maneira individual, por isso  consultar um endocrinologista   é de extrema importância.

Antes de pensar sobre ingerir suplementos, é indicado que o paciente faça um check list nutricional para avaliar sua alimentação atual. "Alguns ajustes na alimentação já são o suficiente para que sua performance seja preservada" diz.

O tema preferido nas academias são os suplementos, especialmente os 'whey proteins'. No nosso dia todo, a necessidade de proteína varia de 12-15%,  equivale a dois bifes e 02 copos de leite. Então não adianta comer 08 claras de ovo, vários scoops de whey protein para ganhar massa muscular. O que faz ganhar massa muscular é justamente a combinação dos carboidratos e proteínas nas quantidades e horário correto. Tratando-se de Diabetes especialmente, o consumo exagerado de proteína pode sobrecarregar os rins No caso de atletas profissionais ou que participam de competições, os suplementos podem ser utilizados com cautela, sempre orientados pelo profissional pelo medico.



segunda-feira, 6 de maio de 2019

Treinamento Funcional para Idosos



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Treinamento Funcional para Idosos.




Talvez pareça loucura querer introduzir exercícios funcionais para idosos porque ainda existe aquela velha ideia de que o Treinamento Funcional é para atletas que querem melhorar o desempenho. Mas não é. Os exercícios funcionais possuem diversas outras utilidades.

Entre elas está trabalhar com idosos para melhorar sua qualidade de vida e torná-los mais independentes. Através de padrões de movimentos funcionais conseguimos recuperar diversas características importantes e fortalecer as musculaturas. Isso ajudará muito mais tarde quando a pessoa precisar fazer alguma atividade sozinha.

É importante entender que o treinamento funcional pode, não apenas ser adaptado para idosos, como também possui ainda uma série de benefícios que vão ajudar o idoso a conservar ou, quando for o caso, recuperar grande parte de suas capacidades funcionais e melhorar a qualidade de vida. Além disso, o treinamento funcional ajuda a diminuir riscos de acidentes e até a prevenir uma série de doenças, como as doenças reumatológicas, por exemplo.

No treinamento funcional para idosos, os exercícios são propostos de acordo com as limitações físicas de cada paciente, levando em consideração todas as recomendações médicas, de maneira que o aluno se sinta seguro e consiga aproveitar cada uma das atividades. No mais, o treinamento funcional é uma ferramenta saudável, bastante recomendada e considerada essencial para manter a atividade e a saúde em alta na terceira idade.

Os benefícios do treinamento funcional são inúmeros, não apenas para idosos, justamente por proporcionar aos alunos o que chamamos de movimento funcional de qualidade – uma série de movimentos básicos, mas que trabalham partes específicas e importantes do corpo.

São esses movimentos os responsáveis por melhorar, na terceira idade, a habilidade em agachar e levantar, além da estabilidade necessária para se movimentar com segurança no dia a dia.

No caso de alunos que possuam doenças como hérnia ou alguma outra limitação, é possível aliar os exercícios do treinamento funcional aos do tratamento para essas doenças, ajudando na recuperação do idoso. Sempre, é claro, considerando as recomendações médicas.

Se você quer prevenir quedas, lesões e até dores nos alunos dessa faixa etária use e abuse dos exercícios funcionais para idosos.


Movimentos como o agachamento e a prancha fazem maravilhas pelo corpo de pessoas de qualquer idade. Não existem motivos para deixar de fazê-los nas aulas com o público mais velho.

A ideia no treinamento para idosos é fazer com que eles consigam trabalhar as limitações, conservar as capacidades que ainda estão presentes e recuperar outras já perdidas.

Os exercícios para os jovens e para os idosos funcionam como uma espécie de manutenção da saúde e funcionalidade do corpo humano – auxiliando em cada uma das necessidades individuais do indivíduo.

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sábado, 20 de abril de 2019

A importância da atividade física para diabéticos tipo II



Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre A importância da atividade física para diabéticos tipo II.

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Diabetes é uma doença metabólica que tem por principal caracteristica o aumento anormal do açúcar (glicose) no sangue. A glicose nada mais é do que umas das principais fontes de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer complicações e doenças à saúde humana.

    A doença causada pelo excesso de glicose no sangue é conhecida como Diabete Mellitus (DM). Uma doença crônica que está afetando a população de forma cada vez mais crescente, tornando-se um sério problema de Saúde Pública em todo o mundo, que se não tratada e controlada de forma eficaz pode acarretar em sérias doenças como infarto do coração, problemas renais, dificuldade na cicatrização de ferimentos dentre outras.

    No Brasil, o Diabetes Mellitus está sendo reconhecido atualmente como um importante problema de saúde pública. Nos países desenvolvidos e também em alguns dos que estão em desenvolvimento, o DM tem ocupado um percentual de 30 a 40% das causas de morbidade entre indivíduos adultos. Realmente é um dado preocupante e que requer a intervenção do sistema de saúde do país.

    Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a população de doentes diabéticos no mundo vai aumentar cada mais. Até 2025 a estimativa é que aumente em mais de 50%, passando para o assusador número de 380 milhões de pessoas a sofrerem com os problemas desta doença crônica.

    Existem dois tipos de Diabetes Mellitus: tipo I e tipo II. A que mais afeta a população no mundo todo e alvo deste trabalho é o DM do tipo II, que além de todos os problemas provocados pela própria doença em si, normalmente é acompanhada pelo agravante da obesidade.

Fisiopatologia do diabetes

    Os sintomas que podem caracterizar o DM tipo II podem ser específicos, como poliúria (urinar muito), polidipsia (beber muita água), polifagia (comer muito), hiperglicemia, glicosúria (glicose na urina), infecções cutâneas e genitais redicivantes, impotência sexual, alterações visuais, renais ou neurológicas. Ainda, os sintomas podem ser inespecíficos, como sonolência, cansaço físico e mental, dores generalizadas, desânimo, perda de peso, cãibras e sensações de adormecimento nas extremidades.

    Segundo GARCIA (1989) o cuidado com o corpo, muitas vezes é dado somente quando há sintomas que dificultam a execução das tarefas diárias. Analisando a afirmação anterior então pode-se entender que o índice de indivíduos com diabetes é elevado pois a doença é silenciosa e como não apresenta sintomas em sua fase inicial evita muitas vezes o tratamento precoce e procedimentos preventivos diminuindo seu efeito negativo no organismo.

    A Insulina é utilizada como um meio de controlar a glicose no ser humano. A mesma é um hormônio produzido pelas Células Beta do Pâncreas e sua função é facilitar e permitir o transporte de glicose do sangue para as células a fim de gerarem energia.

    O DM tipo II também chamado não-insulino-dependente, caracteriza-se por aparecer no inicio da maturidade, está associado a uma resistência às ações da insulina, a secreção de insulina anormal e a níveis de insulina plasmática anormais e elevados. Os pacientes do diabetes tipo II são portadores de dois defeitos fisiológicos: secreção anormal de insulina e resistência à ação do hormônio nos tecidos.

    O diabetes tipo II é definido como o tipo de diabetes habitualmente não cetótico, que responde ao regime alimentar e ao exercício físico, sendo desnecessária normalmente a administração de insulina, pois a mesma é produzida pelo organismo, porém sua ação é diminuída por algum motivo.

    As principais causas do diabetes tipo II são:

Hereditariedade;

Obesidade;

Efeitos da dieta;

Sedentarismo;

Stress;

Idade avançada;

Utilização de fármacos.

    Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência insulínica".

    O DM tipo II é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo I e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.

    Alguns fatores são mais visíveis nas pessoas que possuem DM, como o caso de sentir fome em excesso. Isso ocorre devido à tentativa de fornecer ao corpo mais energia para que este não acabe por vez as reservas da mesma. A sede também ocorre nesse caso, justamente para repor as quantidades de água eliminada.

    O Diabete Mellitus tipo II pode ocorrer em crianças e adolescentes, mas geralmente aparece a partir dos 30 anos de idade e se torna cada vez mais comum no decorrer da idade avançada.

Tratamento do diabetes

    Segundo as modernas tendências, o tratamento se fundamenta em cinco aspectos essenciais que devem ser especificamente individualizados (DULLIUS, 2003):

Alimentação saudável e equilibrada com baixo consumo de carboidratos de alto índice glicêmico;

Atividade física e terapêutica orientada e prescrita a partir de avaliação física para detectar as necessidades, capacidades e interesses desse diabético;

Autocuidados, incluindo especialmente automonitorização da glicemia, a fim de acompanhar possíveis alterações nas condições de saúde;

Medicação quando necessária;

Educação em saúde do diabético, para que seja possível administrar o tratamento com conhecimento e adequação, desenvolvendo-se a capacidade de observação e automanejo.

Prescrição de exercícios físicos para diabéticos

    A prática de exercícios físicos proporciona inúmeros benefícios para qualquer ser humano, visando qualidade de vida e bem estar da população em geral. Particularmente no DM tipo II, os exercícios possuem qualidades marcantes tanto na prevenção quanto no tratamento.

    Os efeitos diretos e indiretos da atividade física ocorrem porque o exercício normaliza a glicose sanguínea, diminuindo a resistência de insulina e melhorando a sensibilidade a ela.

    A atividade física é sempre um assunto bastante questionado quando se trata de pessoas com DM, por ser uma doença delicada e se não bem tratada pode ocasionar diversos outros problemas a saúde do individuo.

    A falta ou o excesso de exercícios podem ser prejudiciais ao organismo do individuo, principalmente em se tratando de pessoas com problemas metabólicos, como a DM. Devido a isso, aconselha-se que qualquer tipo de atividade física, esporte ou exercício físico sempre seja orientado e prescrito por um profissional de Educação Física com conhecimento a respeito da doença.

    Tão importante quanto à conscientização do próprio diabético é "a conscientização dos profissionais da área de saúde acerca da realidade do diabetes como um problema de saúde individual e coletiva. Daí a necessidade da educação para o autocuidado. [...]".

    Antes de iniciar um programa de exercícios físicos, indivíduos diabéticos, devem passar por uma avaliação médica detalhada com métodos diagnósticos adequados. A seguir, uma avaliação física completa para informar as reais condições de físicas do indivíduo.

    O programa de exercícios físicos para diabéticos é extremamente complexo, e necessita ser complementado e interpretado por uma série de exames clínicos e laboratoriais, que ajudam a equipe do programa (médico, nutricionista e professor de educação física) a concretizar e adaptar as exigências específicas de cada diabético as suas reais condições de saúde (NUNES, 1997).

    O individuo diabético tipo II deve se exercitar de 5 a 7 dias por semana, com a duração entre 30 e 40 minutos e a intensidade variando entre 60 à 70% da freqüência cardíaca máxima ou 50 à 60% do VO2 máximo. A atividade predominante deve ser a aeróbia. Entretanto atividades neuromusculares como força e flexibilidade tendem a ajudar nos resultados positivos no controle da doença.

    A prática de exercícios físicos somente poderá ser realizada quando os níveis de glicose no sangue do aluno estiverem dentro dos padrões normais, evitando uma hipoglicemia, que no portador de diabético tem conseqüências mais sérias que em pessoas sem a doença.

    O profissional que estiver trabalhando com essa população deve sempre levar controlado o nível de açúcar no sangue, e principalmente tomar cuidado com a hipoglicemia que pode ocorrer antes, durante, logo após atividade ou ate mesmo nas 24 horas seguintes ao término da atividade física, pois o nível de glicose continuará a cair.

    Outras atividades como caminhadas, corridas, esportes e jogos recreativos também são benéficos ao portador dessa doença. O importante é a conscientização desses indivíduos em relação à melhora e controle da doença, bem como na qualidade de vida através das atividades físicas oferecidas e dirigidas especificamente para este grupo e pro profissionais qualificados.

Benefícios dos exercícios físicos para DM tipo II

    A seguir, serão apontados diversos benefícios proporcionados pela prática regular, sistemática, direcionada e orientada de exercícios físicos para indivíduos com DM tipo II. Tais benefícios são apontados por diversos autores e pesquisadores e possuem de certa forma grande aceitação na literatura pertinente.

Aumento da ação da insulina;

Reduzem a quantidade diária de insulina exógena;

Aumento da captação e queima de glicose pelo músculo;

Captação de glicose em períodos pós-exercício;

Aumentam a ação da insulina de hipoglicemiantes orais;

Aumento da sensibilidade celular à insulina, inclusive tecidos e células periféricas;

Incremento das funções cárdio-respiratórias;

Aumentam a circulação periférica e diminuem o risco de aterosclerose;

Diminuição da gordura corporal;

Diminuição da incidência de doenças cardiovasculares;

Diminuição da incidência de doenças músculo-esqueléticas;

Redução dos fatores de risco de doenças coronarianas;

Auxiliam na redução da pressão arterial;

Diminuem a concentração de colesterol e triglicerídeos no sangue, principalmente logo após as refeições;

Reduz a perda de massa óssea;

Decréscimo da ansiedade e da depressão;

Melhoram a sensação de bem estar e a disposição geral. Podemos afirmar com segurança que o grande benefício dos exercícios físicos para indivíduos com DM tipo II está relacionado com a sensibilidade à insulina.

Considerações finais

    De certa forma já se tornou algo corriqueiro assistir a televisão, ler jornais, revistas e outros informes e se deparar com textos apontando a importância da prática regular e sistemática de exercícios físicos. Mas, para indivíduos portadores de DM tipo II, muitas vezes esta prática regular, sistemática, orientada, direcionada e individualizada pode significar alguns anos a mais de vida e uma vida com qualidade, alegria e sem limitações consideráveis.

    Como descrito anteriormente o DM é devastador e é uma doença com morbidade impressionante, pois além de danificar o sistema cardiocirculatório, pode conduzir para amputações em casos de ferimentos não curados e também à cegueira. Situações preocupantes e que necessariamente diminuem consideravelmente a qualidade de vida de pessoas diabéticas, quando não conduzem à morte.

    Pesquisas apontam resultados animadores para o tratamento de diversas patologias através da utilização do exercício físico, e com o DM não poderia ser diferente. Porém, o exercício físico deve ser algo individualizado e responsável, pois caso contrário ao invés de produzir benefício poderá acelerar o processo devastador provocado pelo DM.

Fonte