terça-feira, 15 de julho de 2025

Lactato e Performance: O Que Você Precisa Saber para Potencializar a Hipertrofia




Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Lactato e Performance: O Que Você Precisa Saber para Potencializar a Hipertrofia.

 


Durante muito tempo, o lactato foi tratado como um vilão do exercício. A culpa das dores, da fadiga e até das “travas” no treino caía sempre nele. Mas a ciência evoluiu — e com ela, a nossa forma de compreender o que realmente acontece dentro do músculo durante a atividade física.

Se você é personal trainer ou professor de Educação Física, entender o papel do lactato no processo de hipertrofia e desempenho físico pode ser um divisor de águas na forma como você estrutura seus treinos.

Neste texto, vamos explorar:

  • O que é, de fato, o lactato;

  • Qual a sua relação com a hipertrofia e o desempenho;

  • Como aplicar estratégias para manipular o acúmulo de lactato a favor dos seus alunos;

  • E, claro, o que a ciência diz sobre isso.

Afinal, o que é o lactato?

O lactato (popularmente conhecido como ácido lático) é um subproduto natural do metabolismo da glicose durante exercícios de alta intensidade, quando a demanda energética é tão alta que o corpo recorre a vias anaeróbias para produzir ATP rapidamente.

Ou seja, ele não é um resíduo tóxico, como se dizia antigamente. Muito pelo contrário: é uma fonte de energia secundária que pode ser reaproveitada por tecidos como o coração, cérebro e até os próprios músculos.

👉 O problema nunca foi o lactato, e sim a incapacidade do organismo de tamponar e reciclar rapidamente esse acúmulo durante esforços contínuos.

E onde entra a hipertrofia?

Para estimular a hipertrofia muscular, precisamos basicamente de três elementos:

  1. Tensão mecânica

  2. Dano muscular

  3. Estresse metabólico

E é nesse terceiro ponto que o lactato ganha destaque.

O estresse metabólico — aquela sensação de queimação muscular intensa no final da série — está intimamente ligado à produção de lactato. Quando treinamos até a falha, em séries moderadas a altas repetições (8–15 repetições), o acúmulo de metabólitos como lactato, íons H+ e fosfato inorgânico cria um ambiente celular que estimula a liberação de hormônios anabólicos, como o GH, e sinaliza mecanismos de hipertrofia.

Benefícios do lactato no treino

🔬 Estimula o hormônio do crescimento (GH):
Estudos demonstram que sessões com acúmulo de lactato promovem maior liberação de GH, hormônio com efeito lipolítico e anabólico.

💪 Ativa vias de sinalização celular:
O acúmulo de lactato está ligado à ativação da mTOR e outras vias envolvidas no crescimento muscular.

🔥 Promove estresse metabólico eficiente:
É uma alternativa inteligente ao aumento contínuo de carga. Ou seja, você consegue gerar estímulo mesmo com menor sobrecarga mecânica (ótimo para iniciantes e alunos com limitações articulares).

Como potencializar o acúmulo de lactato no treino?

Agora que você entendeu que o lactato é um amigo do ganho muscular, o próximo passo é saber como tirar proveito disso. Aqui vão estratégias práticas, com base em evidência:

1. Método de séries curtas com descanso reduzido

  • 4 a 6 séries de 10–12 repetições

  • Descanso de 30 a 45 segundos

  • Alta densidade de treino = mais acúmulo de lactato

2. Treinos em circuito ou agonista-antagonista

  • Alternar exercícios para músculos opostos sem descanso

  • Ex: Supino + Remada / Agachamento + Flexora

  • Isso eleva o acúmulo sistêmico de lactato

3. Restrição de fluxo sanguíneo (oclusão)

  • Técnica BFR (Blood Flow Restriction) aumenta o lactato local com cargas baixas (20–30% 1RM)

  • Excelente para alunos lesionados ou iniciantes

4. Treinos com foco no tempo sob tensão

  • Realizar as repetições de forma lenta (ex: 3s excêntrica + 1s concêntrica)

  • Aumenta o estresse metabólico e, consequentemente, o lactato

Cuidado: nem só de lactato vive o músculo

Apesar de todos os benefícios, é importante reforçar: o treino deve ser equilibrado.

Excesso de treino com alto acúmulo de lactato pode:

  • Gerar fadiga acumulada;

  • Reduzir a recuperação muscular;

  • Aumentar risco de overreaching se mal periodizado.

💡 A melhor estratégia é periodizar sessões com estímulo metabólico (acúmulo de lactato) com treinos mais neurais (força pura) ao longo da semana.

O profissional atualizado domina a fisiologia

Se você quer se destacar no mercado, entender o papel do lactato na fisiologia do exercício é um diferencial enorme. Não apenas para melhorar resultados, mas para orientar seus alunos com clareza e autoridade.

Quando você explica o porquê daquela “queimação absurda” estar ali, e mostra que isso é parte do processo de crescimento, o aluno confia mais no seu trabalho e se engaja mais com o treino.

Quer dominar de vez o tema?

Então você precisa conhecer o ebook “Lactato: O Combustível da Hipertrofia e do Emagrecimento”.
Nele, você vai aprender de forma didática:

  • Como o lactato realmente funciona no corpo;

  • Estratégias práticas para manipular o estímulo;

  • Aplicações tanto para hipertrofia quanto para perda de gordura;

  • E como isso impacta diretamente seus resultados.

Esse conteúdo vai te colocar na frente da maioria dos profissionais, entregando treinos com mais ciência, mais propósito — e mais resultado.


Espero que você tenha gostado da nossa abordagem.

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