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Testes Funcionais: Como Extrair o Máximo de Informação para Seus Planos de Treino






 


Se você ainda monta planos de treino apenas com base na anamnese básica e em uma conversa informal com o aluno, pare tudo.
Você está deixando informações valiosas na mesa — e, pior, correndo o risco de oferecer um treino que pode ser ineficaz ou até lesivo.

A boa notícia é que você não precisa de aparelhos caros, nem de laboratórios avançados para mudar isso.
Com testes funcionais bem aplicados, você coleta dados precisos sobre mobilidade, estabilidade, controle motor e padrão de movimento, que ajudam a criar um plano de treino realmente personalizado e seguro.

Neste post, você vai entender:

  • O que são testes funcionais;

  • Quais são os principais protocolos;

  • Como interpretar os resultados;

  • E como aplicar esse conhecimento diretamente na sua prescrição.

O que são testes funcionais?

Testes funcionais são ferramentas práticas de avaliação, que têm como objetivo identificar limitações, compensações e assimetrias no movimento.
Eles vão além da força bruta ou da resistência cardiorrespiratória — analisam a qualidade do movimento.

A ideia é simples: antes de sobrecarregar, precisamos saber se o corpo consegue se mover bem. E esse é um ponto-chave na prevenção de lesões e otimização de resultados.

Por que aplicar testes funcionais?

Entender como o aluno se move;
Evitar erros comuns de prescrição (ex: agachamento para quem não tem mobilidade de tornozelo);
Avaliar progresso com base objetiva (não só em “achismo”);
Oferecer atendimento mais profissional, científico e valorizado.

Além disso, usar testes funcionais demonstra domínio técnico — e isso gera confiança imediata no aluno.

Principais testes funcionais e o que eles revelam

Vamos direto ao ponto. Aqui estão os testes mais úteis na prática diária, com o que eles avaliam e como interpretar.

1. Overhead Squat Test (Agachamento com braços elevados)

📌 Avalia: mobilidade de tornozelo, quadril, coluna torácica e ombros.
💡 Observações:

  • Joelhos em valgo? Investigar glúteo médio.

  • Calcanhares saem do chão? Provável encurtamento de tríceps sural.

  • Inclinação do tronco? Problemas de mobilidade torácica ou core instável.

2. Single Leg Balance Test (Equilíbrio Unilateral)

📌 Avalia: propriocepção, estabilidade de tornozelo e quadril.
💡 Importante para planejar exercícios unilaterais ou verificar riscos em saltos, corridas e mudanças de direção.

3. Teste de Mobilidade de Tornozelo (Knee to Wall)

📌 Avalia: dorsiflexão de tornozelo.
💡 Dorsiflexão <10 cm prejudica agachamento e corrida. Se não melhorar, o padrão será sempre compensado.

4. Teste de Flexão de Ombros em Pé ou Supino

📌 Avalia: mobilidade da articulação glenoumeral e cintura escapular.
💡 Ideal para alunos que vão treinar com pesos acima da cabeça.
Compensações podem gerar sobrecarga cervical ou lombar.

5. Teste de Core (Prancha + Estabilidade Lateral)

📌 Avalia: resistência e controle do core.
💡 Core instável = risco de compensações em praticamente todos os padrões de movimento.

6. Teste de Mobilidade de Quadril (Thomas Test modificado)

📌 Avalia: flexores de quadril e iliopsoas.
💡 Muito útil em alunos com dor lombar ou que ficam sentados por longos períodos.

Como aplicar e usar os resultados no treino?

O erro comum de muitos profissionais é fazer o teste… e depois não usar as informações.

Aqui está o caminho ideal:

1. Realizar os testes na avaliação inicial

Inclua-os como parte obrigatória do seu protocolo. Eles não levam mais do que 10 a 15 minutos bem aplicados.

2. Anotar padrões de disfunção ou compensação

Identifique desequilíbrios, como:

  • Assimetria entre lados

  • Valgo dinâmico

  • Falta de controle de core

  • Mobilidade reduzida em grandes articulações

3. Criar um plano de treino com base no diagnóstico

✔ Aluno com tornozelo travado? Inclua mobilidade articular específica antes do treino.
✔ Glúteo médio fraco? Faça ativação antes de exercícios com impacto.
✔ Core instável? Fortalecimento com prancha, dead bug, exercícios anti-rotação.

4. Reaplicar os testes após 6 a 8 semanas

Monitore o progresso com base objetiva. Isso valoriza seu trabalho e motiva o aluno.

O diferencial está nos detalhes

Enquanto muitos profissionais ainda se baseiam apenas no que “acham” que o aluno precisa, você pode oferecer uma abordagem baseada em evidências, com dados reais e aplicáveis.

Os testes funcionais são simples, acessíveis, e têm um potencial gigantesco para entregar treinos mais seguros, personalizados e eficazes.

Não é só sobre prescrever agachamento, supino ou HIIT.
É sobre entender se o corpo está pronto para fazer isso — e como ele faz.

Quer aprender a aplicar e interpretar tudo isso com excelência?

O ebook “Como Interpretar os Resultados de Testes Funcionais e Fisiológicos” foi feito para profissionais que levam a avaliação a sério.

📘 Nele, você aprende:

  • Como aplicar testes sem equipamentos caros;

  • Como ler os resultados com olhar clínico e prático;

  • Como transformar os dados em prescrição eficaz;

  • E como montar planos baseados em função e prevenção.

Quem avalia bem, prescreve melhor.
E quem prescreve melhor, entrega mais resultado.




Algumas dicas:
[GRÁTIS] Guia Fisiologia do Exercício Aplicada

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