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Dor no quadril e a prática desportiva





Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre Dor no quadril e a prática desportiva.


A dor no quadril é um problema comum em consultórios de médicos do esporte. É importante para o atleta algum conhecimento a cerca de patologias nesta região. Os médicos certamente o indagarão sobre alguns aspectos de história clínica, farão exames físicos apropriados e solicitarão alguns exames de imagem e/ou testes laboratoriais.
          Em alguns casos o diagnóstico pode ser definido rapidamente, outros porém, necessitariam de acompanhamento, repouso, medicação e fisioterapia. Em alguns casos, mais raramente existe a necessidade de uma artroscopia para diagnóstico.


HISTÓRIA

        Quando o atleta tem dor no quadril é fundamental determinar o local, a frequencia, fatores de melhora ou piora. Aqueles que tiveram dores agudas precisam ser diferenciados daqueles que já veem com um longo tempo de dor. O local da dor é fundamental para saber se o problema é intra ou extra articular. Em geral dores intraarticulares teêm irradiação para o joelho. Dor na coxa, nas nádegas e abaixo do joelho são mais sugestivas de problemas na coluna.
       O atleta deverá informar se já teve problemas antes, a pouco tempo ou na infância, se já realizou qualquer procedimento cirúrgico ou se tem ou teve qualquer doença sistêmica. O consumo de bebidas alcoólicas também deve ser investigado. (A necrose avascular do quadril é causada entre outras causas pelo consumo excessivo de álcool).
         O tipo de esforço no dia a dia ou no esporte praticado deve também ser analisado.

 

EXAME FÍSICO

      O exame físico deve começar analisando a temperatura e os sinais vitais. Embora infecções sejam raras em adultos; pacientes com febre e dor no quadril podem ter pioartrite. Outras causas de desconforto no quadril envolvem abcesso no psoas (um dos músculos do quadril), prostatite, doença inflamatória pélvica, infecção trato urinário.
        A análise da marcha é um passo importante. Alterações podem sugerir problemas intra articular ou mesmo extra articular. A obliquidade pélvica sugerem discrepância em membros inferiores ou escoliose, que podem dar dor no quadril.
     A análise da coluna baixa para se observar a amplitude de movimento, exame motor e sensitivo e reflexos das extremidades inferiores podem descartar problemas como discopatias que poderiam irradiar para o quadril. O próprio posicionamento do quadril pode indicar alguns problemas. Ele fletido, abduzido e rodado externamente pode sugerir sinovites. O teste de Trendelenburg pode ser usado para avaliar a deficiência ou dor na musculatura abdutora. Consiste em colocar o atleta em pé com elevação do joelho e quadril contra lateral. Os atletas com músculos abdutores normais manterão-se em pé, os com doença não suportarão o peso do corpo pela instabilidade.
         O exame continua com palpação das estruturas ósseas, amplitude de movimento e testes provocativos. Dor no trocanter maior pode indicar bursite trocantérica. Pacientes com doenças intra articulares deverão ter amplitude diminuida. Testes provocativos incluem movimentação do quadril de várias formas diferentes, a positividade é com dor ou estalido.
      Para a avaliação completa deve-se examinar a virilha. Pesquisa-se hérnias inguinais ou femorais. Osteíte pubiana, pubalgia do atleta, tendinite dos adutores podem produzir dor na virilha e mimetizar dores no quadril.
         Outros quadros não ortopédicos como doença pélvica inflamatória, problenas renais ou urológicos, aneurismas femorais devem ser descartados.

 

EXAMES LABORATORIAIS

       Os exames laboratoriais tem pouca importancia na avaliação da dor no quadril. Um hemograma completo, VHS ou proteina C reativa podem ser utilizados na suspeita de infecções. Para pacientes com possíveis artrites ou espondiloartropatias, fator reumatóide e antigeno B27 podem ser solicitados.

 

EXAMES DE IMAGEM

        Radiografias simples são fundamentais na ajuda da pesquisa do diagnóstico. Uma visão antero posterior da bacia pode dar informações como presença ou não de doenças degenerativas ( artrose é a mais frequente) ou displásicas (alterações na forma, ou da cabeça femoral, ou do acetábulo).
           A ultrassonografia é utilizada principalmente para alterações extra articulares.
           A cintilografia tem sua importância para a detecção de doenças degenerativas ou tumorais.
           A tomografia computadorizada pode detectar anormalidades porém nos dá poucas informações quanto a partes moles.
         A ressonância nuclear magnética do quadril é útil para avaliar tecidos moles e alterações degenerativas na cartilagem. É importante também para avaliar os graus de necrose avascular. O uso de contraste pode favorecer a detecção de lesões labrais, mas ainda apresentam elevados índices de falsos positivos.

 

ARTROSCOPIA DO QUADRIL
        Em alguns pacientes o diagnóstico com o artroscópio pode ser necessário, principalmente se houver uma suspeita de lesão labral ou alterações na cartilagem ou corpo livre numa avaliação inicial.

 

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

         Cerca de 2,5% das lesões relacionadas a esporte acontece no quadril e o número aumenta para 5 a 9% em atletas adolescentes. Corredores e jogadores de futebol são mais propensos a lesão no quadril e virilha quando comparados a atletas de outros esportes.
           Lesões traumáticas ou por sobrecarga podem apresentar-se como problemas musculares, nas bursas, nos tendões ou ligamentos, contusões e entorses.
           Na parte óssea as lesões incluem as lesões de fise ou apófise em crianças, fraturas, luxações, subluxações, fraturas de stress, infecções e avulsões, nos adultos. Os atletas com dores não traumática devem ser investigados para doenças reumáticas, como artrite reumatóide, artrite juvenil, espondilite anquilosante, tumores e doenças metabólicas do osso. Dores persistentes no quadril podem ser de origem intra articular como por exemplo necrose avascular, osteoartrose, corpos livres, lesões labrais ou pioartrite.
          Lesões compressivas de nervos periféricos também podem ocorrer. Os mais comuns, apesar de raros são no trajeto do ilioinguinal, genitofemoral e do nervo cutâneo lateral da coxa.

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